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Ebola Now

Terça-feira, 11.11.14

Mais de 6% das vítimas mortais provocadas pelo vírus EBOLA são trabalhadores da saúde

 

Como era previsível o último surto de vírus EBOLA que abalou África (e o resto do mundo) parece estar agora em regressão. Apesar das insuficiências assinaladas a nível mundial na prevenção e combate à doença (com a OMS à cabeça, ausente no início deste surto em Abril do ano passado e paralisada há meses já o surto tinha disparado), o esforço desenvolvido no terreno durante as últimas semanas parece ter dado efeito.

 

sierra-leone.jpg

Serra Leoa – trabalhadores do sector da saúde

 

EBOLA
Organização Mundial de Saúde – Relatório de 7 de Novembro 2014

 

ContinentePaísesMortes (saúde)Mortes (totais)%
ÁricaLibéria-276655.77
 Serra Leoa-113022.78
 Guiné-105421.25
 Nigéria-80.16
 Mali-10.02
 Senegal-00
 (R.D. Congo)(8)(49)-
AméricaUSA-10.02
EuropaEspanha-0

0

Ásia-000
Oceânia-000
Total8 (+1)311 (+8)4960 (+49)100

 

 

A mortalidade provocada pelo vírus EBOLA é neste momento ligeiramente superior a 1/3

 

Os últimos dados transmitidos pela OMS (na passada sexta-feira) continuam a apresentar a Libéria como o principal foco de infecção, contabilizando neste momento mais de metade das mortes registadas. Quanto à R.D. Congo (cujos números não aparecem adicionados na tabela) apesar da quase meia centena de mortes aí assinaladas, ela aguarda apenas a passagem dos dias necessários (após o último caso assinalado) para ser considerada livre do vírus.

 

(imagem – WHO)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 01:52

EBOLA em desaceleração?

Quinta-feira, 23.10.14

A partir do último relatório divulgado ontem pela WHO (Organização Mundial de Saúde) a propagação da infecção provocada pelo vírus hemorrágico e mortal EBOLA parece estar em queda:

 

nigeria310.jpg

Depois do Senegal chegou a vez da Nigéria
Livres do vírus EBOLA

 

- O Senegal e a Nigéria já foram declarados livres do vírus;
- Na Guiné, Libéria e Serra Leoa tem-se observado (apesar de tudo) a uma queda nos números de casos/mortos confirmados, apesar de na Serra Leoa a situação continuar muito grave;
- No resto do mundo a situação mantém-se normal, com o registo de casos pontuais nalguns países (como os EUA e a Espanha) justificados, ou por o doente já vir infectado de outro país (os já falecidos), ou por ter sido contaminado directamente por outro doente infectado (os sobreviventes);
- No que diz respeito a Portugal a única notícia preocupante poderá residir neste momento num (para já pequeno) foco de infecção detectado na província de Boke, região da Guiné (Guiné-Conakry) fazendo fronteira com a Guiné-Bissau. É que Portugal tem relações privilegiadas com esta sua ex-colónia, além das ligações aéreas existentes entre os dois países.

 

Um relatório da WHO que apesar de continuar a assinalar a gravidade da situação actual (especialmente em África), parece apontar para um desaceleração da propagação do vírus.

 

Numa missão que deveria ter sido desencadeada há meio ano atrás!

 

(imagem – WHO)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:16

Despreocupados com o EBOLA

Sábado, 18.10.14

Nos Estados Unidos da América (onde o vírus EBOLA e pela ordem seguinte já chegou, matou e infectou) o conhecido juiz Clay Jenkins foi visto a entrar no passado dia 12 de Outubro no apartamento de Dallas do liberiano Thomas Duncan, já depois da morte deste e sem qualquer tipo de protecção pessoal.

Um homem com tantas certezas que até nos faz pensar.

 

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Jenkins à porta de Duncan

 

I want to stress an important fact. You cannot contract Ebola other than from bodily fluids of a symptomatic Ebola victim. You cannot contract Ebola by walking by people in the street or from contacts who are not symptomatic. There is nothing about this case that changes that basic premise of science. (Judge Jenkins – godlikeproductions.com)

 

E já depois de termos assistido à presença de um técnico do CDC no transporte de avião entre Dallas e Atlanta de uma doente infectada com o vírus EBOLA – vestido tal e qual um turista e introduzido inopinadamente no meio de um cenário de ficção científica com seres que pareciam mergulhadores – temos agora um juiz pelos vistos muito conhecedor da história passada, presente e previsivelmente futura deste vírus, procedendo normalmente e demonstrando sabedoria.

 

Uns sabem os outros olham.

 

(imagem – breitbart.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:32

EBOLA e Técnicos de Saúde

Sexta-feira, 17.10.14

If you do something once that has a very low probability of a very negative consequence, your risks of harm are low. But if you repeat that activity many times, the laws of probability—or more specifically, a formula called the "binomial distribution"—will eventually catch up with you. (John Villasenor – 17 de Outubro – medicalxpress.com)

 

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OMS declara (hoje) o fim do surto EBOLA no Senegal

 

Com mais de 4.000 mortos registados até hoje vítimas da infecção provocada pelo vírus EBOLA (com a maioria esmagadora dessas vítimas relacionadas com três países da África Ocidental – Serra Leoa, Guiné e Libéria), a propagação do vírus mantém-se sem dar sinais de querer abrandar.

 

Esta doença infecciosa e mortal que tem assolado a África Ocidental – com um número invulgar de vítimas neste novo surto registadas especialmente desde Abril deste ano – tem no entanto atacado simultânea e violentamente os técnicos de saúde instalados no terreno os quais, apesar de todos os protocolos de segurança, têm também sucumbido à sua rápida (e silenciosa) propagação.

 

Como se pode constatar na tabela seguinte com mais de 5% das vítimas (segundo a Organização Mundial de Saúde) a serem profissionais da saúde.

 

Doença

Total de Indivíduos Mortos

(TIM)

Técnicos de Saúde Mortos

(TSM)

(TSM/TIM) x 100Conclusão
EBOLA> 4.500236> 5%Em cada 20 Indivíduos que morrem com o EBOLA 1 é Técnico de Saúde

 

(dados – Organização Mundial de Saúde)

 

A mesma WHO/OMS apresenta entretanto previsões para a evolução desta doença/epidemia, projectando para este fim-de-semana a ultrapassagem dos 9.000 contaminados (entre eles mais de 400 profissionais de saúde a actuarem no terreno).

 

Relembra ainda que estes números poderão ser ainda mais elevados, dado o número de casos (por diversos motivos) não reportados.

 

Em África apenas 14 países se preparam convenientemente (com prevenção e acção imediata no terreno) para este novo surto de EBOLA.

 

Apesar de todo o alarmismo provocado na população mundial – seja por aqueles que desvalorizam a epidemia, seja por aqueles que já vêm o Apocalipse Final – ela ainda pode ser travada.

 

Ou não esteja a epidemia restrita a uma zona limitada de África e exclusivamente com casos pontuais assinalados noutros pontos do globo: todos justificados pelo transporte do doente ou pela infecção provocada noutro indivíduo pelo mesmo doente já infectado.

 

O que é na realidade necessário e fundamental é um maior investimento em África no sector da saúde: veja-se o caso de dois países africanos de referência na luta contra este novo surto do vírus EBOLA, que hoje já estão a ser recompensados pela sua estratégia de intervenção – a Nigéria e o Senegal.

 

E com o Senegal e a OMS a poderem anunciar hoje ao mundo, o fim do surto nesse território (muito provavelmente acompanhados pela Nigéria).

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:10

The Clipboard Man

Quinta-feira, 16.10.14

Clipboard/Área de transferência (conhecida popularmente como copiar e colar): é um recurso utilizado por um sistema operacional para o armazenamento de pequenas quantidades de dados para transferência entre documentos ou aplicativos, através das operações de cortar, copiar e colar bastando apenas clicar com o botão direito do rato e seleccionar uma das opções. (Wikipedia)

 

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The Clipboard Man

 

Quando olhamos duma forma distraída para as imagens de televisão que entram todos os dias e sem interrupção em nossa casa, por vezes deixamos passar duma forma inconsciente mas natural (dado o caudal tumultuoso de notícias) os pormenores mais importantes em cada um dos cenários apresentados. Foi o que deve ter acontecido a muita gente de todo o mundo quando ao observar as imagens na TV do transporte da enfermeira contaminada com o vírus EBOLA (do hospital de Dallas para o de Atlanta), se deixou levar e manipular pelo objectivo da reportagem (o transporte), não conseguindo ver nessas imagens (colocadas bem diante de si) algo completamente desenquadrado: “The Clipboard Man”. Na imagem seguinte podemos confirmar a sua presença.

 

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Em acção

 

Contrariando todos os protocolos de segurança impostos para estes casos de transporte de doentes com doenças perigosas (como é o caso do EBOLA) – por serem extremamente contagiosas, infecciosas e mortais – um indivíduo saído não se sabe de onde e como se fosse um alienígena acabado de chegar à Terra (ou em alternativa sendo um viajante do tempo com alguma missão), aparece num cenário completamente desenquadrado (para o tipo de vestuário obrigatório que deveria usar no momento) a acompanhar uma equipa de funcionários da saúde completamente equipada e protegida (e seguindo os protocolos), responsáveis pelo transporte de avião da doente com EBOLA de Dallas para Atlanta.

 

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Entrando no avião

 

É certo que os especialistas continuam a afirmar que este vírus não é transmitido pelo ar, mas neste caso o indivíduo acaba mesmo por manipular objectos a que não deveria ter acesso (esses objectos tanto são manipulados pelo indivíduo como pelos funcionários da saúde que acompanham a doente infectada) e por ser um dos passageiros do mesmo voo. Mas afinal de contas que tipo de protocolo é este em que o doente vai completamento isolado, o pessoal de saúde completamente equipado e protegido, com eles também indo alguém pelos vistos totalmente despreocupado e que poderia passar por um turista. Ou será que afinal de contas o contacto com os doentes/objectos possivelmente contaminados é aceitável?

 

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Acompanhando a chegada da doente

 

Não nos devemos no entanto preocupar muito com o sucedido nos EUA (entre as cidades de Dallas e de Atlanta) até porque o seu presidente demonstrando total confiança (e coragem) nos responsáveis de saúde norte-americana, afirmou de uma forma convicta e como bom conhecedor da doença não existir (para já) qualquer motivo para alarme: e quem o afirma é a mesma pessoa que numa visita ao hospital de Atlanta cumprimentou as enfermeiras envolvidas no acompanhamento de um doente infectado com EBOLA – Barack Obama. Pelos vistos The Clipboard Man poderá ser um responsável do CDC (Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças) enviado para acompanhar todos os procedimentos para a transferência da doente.

 

Espera-se (entretanto) que após a passagem deste trailer (e de todas as evidências aí contidas) o indivíduo seja imediatamente colocado de quarentena – tal e qual como aconteceu em ALIEN o 8.º Passageiro.

 

(imagens – dailymail.co.uk/NBCDFW.com/CBS DFW)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:52

EBOLA – Evolução do contágio deste novo surto

Quarta-feira, 15.10.14

O novo surto do vírus EBOLA continua a sua caminhada descontrolada na África Ocidental (com a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné a serem os países mais atingidos), com os números quase que a atingirem os 9.000 casos suspeitos e os 4.500 mortos. Mas como os valores devem estar subestimados (até porque a taxa de mortalidade média anda actualmente nos 70% e não nos aparentes 50%) os números deverão ser um pouco superiores (como parece querer demonstrar o gráfico seguinte em crescimento exponencial). O combate deveria ter sido anunciado no passado mês de Abril, ainda o número de casos suspeitos/infectados se encontrava controlado: agora (passado meio ano) tudo será muito mais difícil senão mesmo de fim imprevisível (relembre-se que o caos sanitário está instalado na Libéria e na Guiné e que a Serra Leoa está já de quarentena; com a ameaça da epidemia se poder estender a outros países vizinhos, como o comprovam os casos detectados no Senegal, na Nigéria e recentemente na R. D. Congo).

 

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Evolução do n.º de mortes em África
(em quatro dos países mais afectados – não inclui aqui o Senegal e a R. D. Congo)

 

Entretanto o vírus EBOLA já chegou a outras partes do mundo – seja pela chegada de indivíduos infectados ou pela infecção doutros indivíduos pelos primeiros. Temos assim três continentes envolvidos (África, América e Europa) e apenas dois ainda de fora (Ásia e Oceânia). No caso da América (EUA) e da Europa (Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Noruega) os casos referem-se a (como já referido anteriormente): indivíduos chegados a esses países já infectados ou indivíduos posteriormente infectados pelos primeiros. Relativamente a Portugal não há notícia de nenhuma suspeita confirmada, apesar do nosso país estar indirectamente ligado a alguns dos países mais afectados. Convém no entanto recordar que se a epidemia do EBOLA continuar a alastrar em África para outros países vizinhos ao foco deste novo surto, o cenário poder-se-á alterar completamente: é que logo ao lado está a Guiné-Bissau um dos países africanos com fortíssimas ligações com Portugal – e uma excelente porta de entrada para o vírus.

 

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Casos de doentes suspeitos/infectados tratados fora de África
(contaminados em África ou infectados em países fora desse continente)

 

Continuando de novo em Portugal verifica-se que apesar de nenhum caso positivo ter sido ainda detectado, já se começou a instalar entre os responsáveis do sector da saúde uma certa confusão quanto a protocolos e a outros procedimentos correctos a seguir (o que não deixa de ser grave aos olhos da população e do utente desses serviços), além de se notar desde já um certo atrito entre aqueles que repetem incessantemente o apelo à tranquilidade – já que tudo decorre (para eles o risco é baixo) segundo toda a normalidade (Direcção-Geral de Saúde) – e os outros mais alarmistas que os contrariam nessa posição, afirmando que os riscos do EBOLA em Portugal são elevados (Colégio de Saúde/pelos vistos só alguns elementos e Ordem dos Médicos/colaborando e apoiando).

 

No meio disto tudo o pessoal ligado ao sector da saúde e os próprios doentes continuam apenas a olhar (onde estão as tão necessárias e fundamentais acções de divulgação, informação e formação, até para em casos imprevisíveis e extremos se evitar o pânico e o caos) sem saberem verdadeiramente o que pensar ou o que fazer, suscitando o aparecimento de situações caricatas e extremamente perigosas (nestes casos não confirmadas e sem consequências) como as que já sucederam no Hospital S. João do Porto (ainda por cima a norte o hospital de referência para os casos de EBOLA): num caso com um possível caso suspeito a não ser inicial e correctamente identificado e a aguardar duas horas nas urgências; no outro caso com um doente também suspeito de contaminação pelo vírus a chegar tranquilamente a pé à zona de atendimento público do mesmo hospital. Pelo menos na capela (do hospital) ainda poderemos rezar (ou não)!

 

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Previsão para Novembro da evolução do número de casos detectados em África
(gráfico de 12.2013 a 11.2014: evolução do n.º de casos e previsão – intervalos V de 2.000)

 

E no meio de toda esta tragédia (cada vez menos de âmbito regional) na qual mais de 20.000.000 de pessoas já estão a viver a pobreza, a miséria, a fome e agora a epidemia mortal do vírus EBOLA (e com a Organização Mundial de Saúde a rever em alta o número de casos suspeitos/infecções), nada parece fazer conter a rápida propagação da doença: 20.000 mortos previstos no final de 2014, números agora revistos face às projecções que apontam para o mês de Dezembro e que indicam entre 5.000/10.000 mortos por semana (actualmente cerca de 1.000 mortos/semana).

 

Com as últimas notícias vindas do continente africano a darem a entender que existem algumas indicações de que a epidemia do vírus poderá estar a alastrar a outro país situado na mesma região: a Costa do Marfim.

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:30

Sobre o EBOLA Zaire

Terça-feira, 14.10.14

Em função das notícias que tem vindo a ser veiculadas sobre a possibilidade do vírus EBOLA poder ser transmitido pelo ar, não poderão os protocolos de segurança ter sido já ultrapassados pela própria evolução da doença (e pelas próprias mutações do vírus)?

 

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Transmissão através da respiração?

 

"In 2012, a team of Canadian researchers proved that Ebola Zaire, the same virus that is causing the West Africa outbreak, could be transmitted by the respiratory route from pigs to monkeys, both of whose lungs are very similar to those of humans." (Michael T. Osterholm – Director do CDC – 11.09.2014)

 

(imagem – elrobotpescador.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:09

Vírus – O EBOLA & Os OUTROS

Sábado, 11.10.14

O combate contra o EBOLA devia ter sido (desde o início deste novo surto) assumido pela comunidade internacional (com a OMS à cabeça), tendo como único objectivo a imediata e eficaz protecção das populações locais mais afectadas pelo vírus. Mas como era em África e se tratava de um problema crónico e regional tal não sucedeu. E chegados a Julho o novo EBOLA cresceu perigosamente (a intervenção deveria ter sido levado a cabo três meses antes) e então o vírus caiu-nos subitamente nas mãos: um caso na América do Norte (mortal) e outro na Europa (internado).

 

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Evolução do número de mortos provocados por este novo surto do vírus EBOLA
(em quatro dos países africanos mais afectados; não inclui outros países próximos – com indicação de casos de infectados, como o Senegal e a R. D. Congo)

 

Quando observamos na TV as imagens vindas de África tendo como referência a rápida (e mortal) disseminação do vírus EBOLA, ficamos espantados com a reacção e forte presença da população africana em torno de qualquer caso detectado pelas autoridades sanitárias locais, demonstrando com a sua forte presença e envolvimento estarem muito interessados (e nada preocupados) em observar tudo o que se passa em cada incidente ocorrido: tal e qual como acontece em Portugal quando ocorre um acidente automóvel, em que uma multidão de mirones cerca por completo (por vezes prejudicando o trabalho das equipas de socorro) o acontecimento. Só que se em Portugal a presença do mirone no local do incidente não comporta nenhuns riscos, no caso de África a sua presença pode ter consequências mortais.

 

Então qual será a razão desta despreocupação para nós considerada irresponsável, por parte da população local – especialmente quando as reportagens focam os três países mais violentamente atingidos e que são a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné? A resposta sobressai de imediato após rápida visualização da tabela seguinte:

 

Principais causas de morte em África

 

OrdemDoençaMortes
01HIV/AIDS1.088.000
02Infecções Respiratórias1.039.000
03Diarreia603.000
04Malária554.000
11Tuberculose218.000
...EBOLA3.000

(fonte: WHO2012/EBOLA 2014

 

Comparando os números da tabela é fácil de constatar a diferença registada entre o número de mortos (registados em 2012), num caso causados por infecção HIV/AIDS e no outro pelo vírus EBOLA (em 2014): com o HIV/AIDS a ter uma taxa de mortalidade superior a 350x ao EBOLA. E mesmo em infecções como a tuberculose com cerca de 70x mais casos registados relativamente ao EBOLA. Convêm no entanto registar que o ano de 2014 ainda não acabou (a OMS prevê – se este ritmo se mantiver – 20.000 mortos provocados pelo vírus até ao fim deste ano) e que a população dos três países africanos (mais) atingidos, representa apenas 2% da população do continente (África representa 1/7 da população mundial).

 

Para memória futura este novo surto do vírus EBOLA iniciou-se no fim do ano passado (Dezembro de 2013), sendo apenas “tomado a sério” e assinalado três meses depois (Março de 2014). É o surto recordista em número de infectados (até ao momento mais de 8.000) e de mortos (até ao momento mais de 4.000).

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:47

O EBOLA em números

Sexta-feira, 10.10.14

Organização Mundial de Saúde

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 EBOLA
10.10.2014

 

 

Estes são os últimos dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde sobre o recente surto do vírus EBOLA:

 

 

PAÍSCASOSMORTESMortes/Casos (%)
Guiné1350077858
Libéria4076231657
Serra Leoa2950093032
Total8376402448


(países onde o vírus está bastante disseminado e a sua transmissão é intensa)

 

 

PAÍSCASOSMORTESMortes/Casos (%)
Nigéria20840
Senegal01000
Espanha01000
EUA011100
Total23939


(países numa fase inicial ou localizada de transmissão do vírus)

 

 

PAÍSCASOSMORTESMortes/Casos (%)
R. D. Congo714361


(anexo relacionado a novos casos reportados a outro país)

 

 

Como se pode ver facilmente pela análise das diferentes tabelas anteriores, os três países (africanos) com maior incidência do vírus EBOLA resumem-se a três: à Guiné, a Libéria e a Serra Leoa. Dois outros estados vizinhos (a Nigéria e o Senegal) investiram na prevenção e no tratamento da doença e os resultados daí obtidos são bem visíveis. Um outro país revela-se agora no número de casos detectados: R. D. Congo.

 

De realçar a elevada percentagem de indivíduos que acabaram por morrer (face ao número de infectados) muito próxima dos 50%. E ainda a aparente fragilidade na informação e aplicação em situações extremas como esta dos conhecimentos e técnicas dos sistemas de saúde norte-americanos e europeus – em que um vírus desconhecido e mortal se introduz numa sociedade que todos cremos segura e protegida – como o parecem ter demonstrado os casos de Dallas (EUA) e de Madrid (Espanha): dois casos confirmados, um morto (para já) e dezenas de outros suspeitos (em observação/quarentena).

 

(dados: WHO/OMS)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:12

EBOLA: Contaminação por Via Aérea (e assintomática)?

Sexta-feira, 10.10.14

Face ao elevado número de vítimas registadas até agora desde o início deste novo surto do vírus EBOLA – 3.500 mortos e mais do dobro de infectados – e à forma bastante rápida como o mesmo se tem transmitido entre os seres humanos (mais virulento do que o previsto), as vozes cada vez mais numerosas dos especialistas nesta doença infecciosa e mortal (entre 50-100% de taxa de mortalidade) continuam a insistir na possibilidade desta nova mutação do vírus EBOLA poder ser transmitida pelo ar.

 

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No entanto devemos fazer aqui uma ressalva importante, que poderá também justificar a maior virulência e impacto regional deste novo surto do EBOLA: este novo surto epidémico gozou da complacência excessiva por parte de muitas das mais importantes organizações de saúde mundiais (como a OMS), que postas perante um novo surto deste vírus (já tão familiar) o consideraram passivamente como crónico e não evolutivo (nada fazendo). E assim foram ignorando durante vários meses o crescimento do número de infectados e de mortos em África (já as verbas atribuídas para estas missões eram baixas devido a cortes orçamentais) enquanto que o vírus alastrava para outras zonas e acabava mesmo por atingir a Europa (um caso em Madrid – internado) e os EUA (um caso em Dallas – já falecido).

 

Convêm relembrar (apesar de todos os aspectos negativos já atrás referidos) que o alastramento deste novo surto da doença em África que tem afectado sobretudo três estados – a Guiné, a Serra Leoa e a Libéria – foi desacelerado/interrompido noutros dois países vizinhos: no Senegal e na Nigéria. Apenas porque houve forte investimento no próprio terreno no ataque à doença e os resultados foram (logicamente) imediatos. No caso do aparecimento de casos de infecção concretizados fora de África, a justificação é muito semelhante: falta de investimento e de competência.

 

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Que se saiba o vírus EBOLA tem tido ao longo da sua vida (conhecida) diversos tipos de mutações. O que não deixa de ser natural porque uma das leis fundamentais para a preservação de qualquer tipo de espécie ou de organismo, é a do mesmo se adaptar ao meio ambiente que o rodeia – isso se quiser sobreviver. Entre os diferentes subtipos até hoje identificados sabíamos também que existia um que afectava primatas (não humanos), podendo a contaminação ser concretizada por via aérea. Logo o que é que estará a impedir o estudo mais pormenorizado desta possibilidade de transmissão e contaminação por parte do vírus EBOLA, sabendo que as mutações muitas das vezes (se não todas) acompanham a sobrevivência das espécies (tendo o fenómeno contrário e como consequência a sua extinção, por não adaptação “ao novo posto de trabalho”). Sempre que um vírus é sujeito a uma nova mutação passando de um animal para outro (por exemplo entre os humanos), é natural que a sua réplica se possa tornar mais violenta e até espalhar-se mais rapidamente utilizando outras formas disponíveis de transporte: e continuando assim (a olhar sem nada fazer ou inovar) só poderemos esperar o pior.

 

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"Modern research, using more sensitive instruments and analytic methods, has shown that aerosols emitted from the respiratory tract contain a wide distribution of particle sizes – including many that are small enough to be inhaled. Thus, both small and large particles will be present near an infectious person."
(Lisa Brosseau – Universidade do Minnesota)

 

Enquanto isso espera-se que os responsáveis do sector de saúde de todo o mundo (público e privado) em estreita e permanente colaboração com as entidades governamentais e empresariais que as financiam, assumam de vez e definitivamente a luta contra este novo surto do vírus EBOLA: deixando de arranjar desculpas para este descalabro e esclarecendo cientificamente as pessoas – não escondendo, informando e combatendo eficazmente o vírus. Afinal de contas se os Estados Unidos da América já registaram há vários anos atrás a patente do EBOLA, de que é que agora estão à espera as farmacêuticas para começarem a produzir uma vacina (e um tratamento) eficaz, se o mercado o exige e a procura nem sequer tem oferta!

 

(dados: naturalnews.com – imagens: Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:51