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A Lua também é dos Chineses

Quarta-feira, 30.12.15

A Lua encontra-se a menos de 400.000km da Terra, enquanto Marte fica lá longe entre um mínimo de 50.000.000km e um máximo de 100.000.000km.
Qual deles escolhes para montar negócio?

 

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Local da alunagem da sonda automática chinesa Chang’e 3

 

E se por acaso a LUA não tivesse sido definitivamente abandonada dos roteiros da exploração espacial a executar futuramente pelo HOMEM? Em princípio desde o fim das alunagens levadas a cabo pelo programa APOLLO aparentemente desprezada e esquecida (com a Apollo 17 a ser a última missão a aterrar na Lua) e apenas sendo observada por sondas automáticas nem sequer lhe tocando a superfície. Com a exceção da sonda chinesa CHANG’E 3 e do seu ROVER YUTU (atingindo a superfície da Lua em 14 de Dezembro de 2013). Mas sempre sem tripulantes.

 

Com uns a afirmarem que o HOMEM nunca esteve na LUA (como poderiam os humanos atravessar incólumes o extremamente radioativo Cinturão de VAN ALLEN?); com outros indicando que o Homem esteve lá mesmo, fugindo de imediato do satélite por qualquer tipo de perigo ou de ameaça (provavelmente da responsabilidade de entidades alienígenas tecnologicamente mais avançadas); e finalmente com os habituais do costume a acreditarem na palavra do Senhor e sem nunca A questionar (como o é o caso da LUA presencialmente posta de lado pela NASA e pelo HOMEM).

 

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Localização e trajeto do rover Yutu tendo como referência a cratera Zi Wei

 

Temo-nos assim contentado com sondas enviadas para aqui e para ali e telecomandadas da TERRA: com destinos como a LUA, passando por planetas como MARTE e atingindo até os distantes planetas anões PLUTÃO e CERES. E encontrando ainda pelo caminho outros objetos misteriosos como ASTEROIDES e COMETAS. Umas cumprindo o seu trajeto projetado ao longo do ESPAÇO integrando o SISTEMA SOLAR (cruzando em várias direções os seus biliões de quilómetros de extensão – só até ao CINTURÃO de KUIPER são 50 AU) e outras transportando consigo um veículo motorizado capaz de explorar a superfície dos corpos celestes a visitar (como já o fizeram na LUA, em MARTE e até num asteroide).

 

Mas porque não a LUA? O corpo celeste localizado mais perto da Terra (a pouco mais de 380.000km) e que num simples jato supersónico (v=2.000km/h) demoraria apenas oito dias a alcançar. E que nem a perigosidade do Cinturão de VAN ALLEN tornaria impossível (escolhendo uma órbita terrestre mais baixa para fugir às zonas radioativas mais perigosas) não fosse destas conquistas que dependesse a nossa existência. Caso contrário ficaremos confinados ao nosso pequeno planeta e a umas microscópicas dependências: exteriores como na ISS. E condenados à extinção. O Homem tem que interiorizar (de novo) que se as trocas são necessárias (o COMÉRCIO) a descoberta do conhecimento é o objetivo (a CIÊNCIA): e isso só se faz procurando e extravasando horizontes. Movimentando-se e dando expressão (VIDA) à MATÉRIA e à ENERGIA.

 

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Vista parcial da cratera Zi Wei tal como vista do rover Yutu

 

E aí surge de novo a hipótese de a LUA nunca ter sido abandonada (pelo HOMEM). Talvez deixada à espera de uma melhor ocasião. Porque não de exploração e até de prospeção de minérios, posteriormente transformados e mais tarde enviados (por exemplo para a TERRA)? Bastava coloniza-la e explorar a matéria-prima. Que pelos vistos até poderia ser rentável. Outros parecem ter esta opinião como é o caso da CHINA, a última grande potência espacial a enviar uma sonda para a LUA equipada com um veículo lunar: a CHANG’E 3 e o seu ROVER YUTU. Que confirmando certas suspeitas deixadas no ar pela sonda soviética LUNA 17 (e pelo seu ROVER LUNOKHOD 1) – que operou sobre a superfície da Lua entre Dezembro de 1970 a 14 de Setembro de 1971 numa região do hemisfério norte muito próxima do local onde se encontra a sonda chinesa, o MARE IMBRIUM – acabou por descobrir uma nova rocha sobre a superfície lunar: uma rocha contendo ILMENITE um mineral rico em ferro, cálcio e titânio.

 

Ilmenite: um composto de fórmula química FeTiO₃ pertencendo à classe dos óxidos e hidróxidos e (como um subgrupo) ao grupo das hematites. Que pela sua presença numa das maiores bacias de lava lunar (uma bacia de impacto bem visível a partir da Terra) e pela variação da presença de um dos seus componentes relativamente a outras regiões da superfície da Lua (como é o caso do TITÂNIO), nos poderá esclarecer um pouco mais sobre a atividade vulcânica passada no nosso único satélite natural. E entre outros aspetos a certeza de que se muitos fenómenos de vulcanismo poderiam ser reportados no passado a uma distância temporal entre 3 e 4 biliões de anos, no caso da bacia de MARE IMBRIUM ela seria mais recente e menor que 3 biliões de anos. Algo que poderá fortalecer ainda mais a ideia de que o interior da Lua não será homogéneo, talvez motivado por grandes impactos com a Lua na sua fase de oceano de magma interferindo diretamente na formação do seu MANTO.

 

(dados e imagens: eurekalert.org/nature.com/google.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:28