ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
V de Vingança
OLHANDO-NOS AO ESPELHO VEMOS A GRÉCIA!
Vingança:
“Atitude de quem se sente ofendido ou lesado por outrem e efectua contra ele uma acção mais ou menos equivalente.”
(priberam.pt)
Um dia regressaremos às cópias antigas invariavelmente em triplicado
O que se passa na Grécia poder-se-ia estar a passar com qualquer dos outros 27 países que constituem a UE: por exemplo a Espanha cuja dívida já deve andar muito perto de 1 trilião ou a Itália cuja dívida deverá andar pelos 2,5 triliões. Mas a Sorte Grande não saiu à Grécia cuja dívida até poderá parecer insignificante face aos dois países anteriores: apenas 300 biliões de euros. Disso se aproveitaram todos os outros países cuja dívida também já é há muito considerada insustentável e que entre estar caladinho (como Portugal) ou recusar a saída da Grécia do EUROGRUPO (como a França, Itália, Irlanda e França), conseguiram pelo menos arrastar o problema por mais uns meses: isto se todos os credores internacionais aceitarem (como o FMI), se cada um dos países da UE o subscreverem (e apoiarem financeiramente), se a Alemanha e o BCE avançarem (urgentemente e com dinheiro) e sobretudo se a população grega aceitar mais este ataque à sua dignidade (ainda há uma semana a maioria dos seus cidadãos disse NÃO ao acordo) e à soberania do seu país (a proposta da Alemanha é a entrega de 50 biliões de euros em Património). E se na Europa da Velha Senhora (que pensa poder continuar a viver confortável e indefinidamente dos seus rendimentos) o Primeiro-Ministro grego poderá tornar-se agora num Político IN, custa a acreditar que os mais de 10 milhões de gregos (com mais esta lição agora sobre eles aplicada pelo SYRISA) aceitem mais uma vez um longo período de pobreza e de miséria que mais cedo ou mais tarde os colocará irremediavelmente (e em relação à Europa) OUT.
E tudo começou do outro lado do Atlântico, com a bolha imobiliária norte-americana a explodir e a ser rapidamente redistribuída por outros mercados externos – como a Europa (uma das formas dos EUA diminuírem os seus danos internos, reduzindo o volume de impressão das suas rotativas eternas produtoras de Dólares). Com o delírio gastador então proporcionado e impulsionado pela Alemanha (lembram-se?), facilmente os produtos tóxicos (embrulhados em papel dourado e prometendo a fácil resolução dos nossos problemas financeiros e talvez amorosos) invadiram o sistema bancário europeu, levaram a novos investimentos injustificados e financeiramente desastrosos, descapitalizaram os bancos e rebentaram com todas as economias: não só a Grécia, não só as do sul, como também a economia da Alemanha. Já pararam para pensar qual será a dívida encoberta alemã? Mas com a continuação desta política de loucura da Europa em torno de um termo importante mas não prioritário como o é a Dívida – misteriosamente por muitos tornada actual e deliberadamente obsessiva (estratégia que se entendia se fossem de outro continente e não vivessem por cá) – não se vê grande futuro para o Continente nem mesmo por um grande canudo. Infelizmente não somos os EUA e para pagar as nossas coisas, não temos impressoras autorizadas fabricando notas sem fim (muito menos à medida).
O que nos espera ali logo ao dobrar da esquina (grega), poderá ser uma surpresa inevitável e até mesmo irreversível. Com a Europa de costas viradas para a Rússia (um mercado poderoso e com ligações privilegiadas com a Ásia), com a China em queda nos mercados bolsistas (por volta dos 30%) e agora com os bancos centrais sem capacidade financeira (nada de empréstimos a empresas e particulares), qualquer observador minimamente atento e por mais ignorante que seja, apenas irá confirmar o cenário que o médico (honestamente) irá expor ao doente: sem tratamento eficaz a doença desenvolver-se-á, seguindo-se o caos (no diagnóstico e no combate), a integração e a Morte. E por contágio a Extinção. E como prova de que tudo isto é verdade podendo ser diferente ou mesmo bem pior, nunca se esqueçam que por mais forte e fundamentado que possa ser “O Juramento do Hipócrita” (líder carismático ou não, seja como Deus quiser), toda esta mentira se baseia nestas 3 claras verdades: a dívida grega é impagável (como a da maioria esmagadora dos países do mundo, excepção feita aos EUA – motivada pelas impressoras), é ilegal por aqueles que atinge (os cidadãos anónimos e comuns gregos, quando todo o dinheiro foi injectado directamente nos bancos para os salvar da falência) e acima de tudo um sintoma evidente de progressão de doença neste momento aparentemente localizada mas (como já se suspeitava) extremamente contagiosa. Desde que a Alemanha assumiu o poder que deixamos de ser assintomáticos (ou pelo menos assim pensávamos) e nos transformamos numa espécie contaminada (e em vias de extinção).
(imagem – WEB)
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1 comentário
De Lenha para a fogueira a 15.07.2015 às 07:30
http://www.levif.be/actualite/internatio