ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Fausto
1. Introdução
“O Diabo manipula o dinheiro e tal como diz o Ministro transforma-nos todos em COISOS!”
Respeitar a cultura do povo incógnito, é preservar até à eternidade a memória de todos os nossos antepassados, por mais insignificantes que os considerem, respeitando-os por tudo o que sofreram por nós e também por toda a felicidade que criaram e nos proporcionaram e que com os seus descendentes, sempre sonharam poder partilhar – sendo esta a última esperança ainda intacta desta humanidade gostosamente alienada, caminhando servilmente e como opção paga, para a escravidão e extinção sem futuro e sem glória.
(EU)
2. Apresentação
Nasceu no Sardoal, distrito de Santarém, em 1915.
Aos 18 anos veio para Albufeira, onde começou a trabalhar com uma máquina de rua no Largo Eng.º Duarte Pacheco. Mais tarde monta o seu próprio estúdio em casa, tendo-se dedicado à arte de bem fotografar em estúdio.
As suas fotografias constituem um registo da história do concelho, sendo frequentemente utilizadas em diversas publicações.
O fotógrafo veio a falecer aos 69 anos, na cidade de Albufeira.
(WEB)
Retrato de Fausto Napier
3. Primeiro e Único
Fausto Napier nasceu no Sardoal, em 3 de Abril de 1915. Aos 18 anos radicou-se em Albufeira, começando a trabalhar como fotógrafo num largo, usando uma antiga “máquina de rua”. Sabe-se que aprendeu as artes fotográficas com o mestre espanhol Manuel Aljom. Mais tarde montou o seu próprio estúdio mas nunca deixou de ser um “repórter do exterior”.
Vista parcial da vila de Albufeira
Registou pessoas, paisagens, artérias urbanas, praias, fábricas, obras públicas e até acontecimentos marcantes como as cheias de 1949 e a enorme devastação que provocaram.
Inundações de 1949 na parte antiga
Das fotos mais populares, destacam-se as tiradas nos anos 60 ao famoso cantor inglês Cliff Richard, que em 1968 ganhou o Festival da Eurovisão.
Cliff Richards nos anos 60
Fausto Napier foi o primeiro fotógrafo de Albufeira e o único durante décadas. Ali criou raízes, casando em Março de 1957, com Ilda da Encarnação, uma natural da terra. Faleceu em 8 de Outubro de 1984. Em 1993, a Câmara de Albufeira organizou uma primeira exposição das suas obras.
(MSJ)
4. De Máquina na Mão
“Apesar de não ter nascido em Albufeira, Fausto Napier merece a homenagem que o Município lhe presta ao dar o seu nome a uma das artérias da cidade. Durante décadas registou em chapas fotográficas as belezas de uma pacata vila piscatória, ainda muito longe do advento do turismo, os seus usos e costumes e as gentes que lhe davam vida.
Praia de Albufeira
Começou por fotografar as pessoas, no sistema então usual e conhecido por “à la minute” e foi o primeiro a abrir um estúdio na então conhecida como estrada da Quarteira, hoje Rua do MFA (…). Recordo-me de no início dos anos cinquenta, quando como estudante no Colégio da Orada, residia em Albufeira, ver o Fausto Napier percorrer as ruas da então vila, de máquina na mão, subindo a longa escadaria que ligava a rua à casa onde residia e tinha instalado o seu estúdio. Alto e magro, mesmo muito alto para o porte habitual dos habitantes de então, fazia lembrar um cidadão inglês ou escandinavo. Chegado a Albufeira quando o basquetebol do Imortal dava os primeiros passos, não sei se terá sido convidado para a sua prática e aceitado pois não existem registos (…).
(AAM)