ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Censura Infantil
Imiscuindo-se sem justificação na realização de atividades duma escola do 3.ºciclo de Castro Daire (dizem que têm esse direito, deve ser de usucapião) os políticos mandaram retirar do centro da terra o trabalho de um dos seus alunos integrado numa exposição pública realizada pela escola por o acharem chocante. Como sabemos todos que as criancinhas se não forem superiormente orientadas podem ser mazinhas e violentas, os camareiros deram sumiço ao Boneco, mas com a garantia que já virá curado e já sem a corda no pescoço.
O Enforcado
Os Covardes (dos políticos) não têm Vergonha!
À autarquia que mandou retirar o Boneco que neste preciso momento tão bem nos representa e ao nosso país, a única coisa que podemos afirmar com toda a certeza e convicção, é que os seus incompetentes responsáveis ainda estão a tempo de voltar à escola, para ver se têm mais uma segunda oportunidade de adquirirem finalmente formação adequada para o cargo que ocupam e que nunca os deviam ter deixado ocupar por falta de credibilidade. Eles pensam que o essencial desta mensagem se perde se retirarem a corda ao Boneco – assim este espantalho será mais um daqueles que poderá seguir a sua triste e rica vidinha mesmo depois de ter enterrado este país mais um bocadinho lá para o fundo do nosso buraco negro, enquanto a corda nos será devolvida como contrapartida, para nos continuarmos a suicidar tranquilamente e em segredo, cumprindo ordens terrestres providenciais e divinas – tal como já fazemos hoje em dia por decreto governamental aos nossos pais e avós, abandonando-os com toda a frieza e crueldade num beco escuro e perdido na memória, como se estes desgraçados desprovidos de mais-valia já não existissem, tendo desaparecido no tempo e no espaço, como produtos provisórios e de desgaste rápido.
A Escola (sem políticos) é uma casa Linda!
De elogiar a escola que expondo-se à sociedade e compartilhando as suas ideias com esta, optou sem hesitação, censura ou paternalismo, pela defesa das crianças, do seu mundo peculiar, do seu desenvolvimento social e afetivo – e do bem-estar das suas famílias, o seu bem mais precioso – não as censurando superiormente dum lugar inatingível e desconhecido, mas ao qual nos possamos dirigir e pedir explicações, sem sermos esmagados, agredidos ou desprezados.