ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Monstro
“Os nossos políticos criaram o nosso Monstro e apesar dos nossos gritos de dor, repetidos e lancinantes, viraram-nos as costas como se faz a um cão, indo dar de comer ao Monstro adotado e mantendo-o no ativo para sua proteção”
Com a redescoberta de um novo ninho de mercado extremamente lucrativo e direcionado para o controlo e a comercialização da mulher, o surgimento da institucionalização da paridade por decreto – antigamente as mulheres eram simplesmente instalados em asilos psiquiátricos – voltou a abrir novos espaços de prostituição física e moral para a mulher, agora bem remunerada, paga pelo homem e pronta a ordenar aos restantes, sem escrúpulos e como um macho – de calças mas sem cuecas – o cumprimento das nossas obrigações de gado castrado, obediente e assexuado.
Ela chupou todo os elementos físicos presentes no corpo do animal prostrado diante de si, sem qualquer tipo de piedade, remorso ou arrependimento – como um monstro saboreando algo de vivo e com propriedades organoléticas a não desprezar – oferecendo-se posteriormente como um alvo exposto e em falso sacrifício, sereno e apaziguador, pronto para o início de mais uma nova caçada espiritualmente redentora e biologicamente purificadora, a referenciais humanos desconhecidos mas auto disponibilizados.
Chupa-Cabrões
(ao serviço dos Chupa-Cabras)
Humanos apanhados pela cegueira estonteante da sua sexualidade inconsciente e libidinosa e sequencialmente incapazes de raciocinar e recuar, no auge suicida desta sua atividade estritamente sexual e não reprodutiva, autoinfligida por amor e consentimento e ao serviço deste ser insaciável el omnipresente distribuidor de prazer e realidades orgásticas.
No meu país as Cabras e os Cabrões combinaram entre si a divisão de Portugal em reservas e coutadas, distribuindo as suas presas por zonas privilegiadas de caça, onde algumas dessas futuras vítimas – ainda vivas – desses seus donos e predadores, terão ainda a função de fazer desaparecer todos os vestígios sangrentos remanescentes, de modo a manter o equilíbrio visual da natureza – e dar o início a nova caçada.
(imagem – wtbw2010.blogspot.pt)