ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Albufeira: Meia-Laranja
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Tentei encontrar imagens do jardim público da Meia Laranja – com o seu lago central e coreto – no centro antigo de Albufeira, mas não encontrei nada relacionado com os anos oitenta.
Apenas esta imagem de meados dos anos setenta, em que se verifica ainda a ocupação e circulação automóvel, através de espaços agora interditos ao trânsito.
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Deslocando-me para um dos lados do jardim e saindo pela rua dos bares, dirijo-me entre barulho, gente e bugigangas, para a Praia dos Pescadores. Cada vez menos interessante.
Já nada do mercado do peixe, da amêndoa amarga sob o calorzinho do Sol no café Oceano, da antiga tasca da D.Ana com os seus peixinhos fritos e sopas de massa com grão, dos barcos na praia com os pescadores remendando as suas redes, preparando as armadilhas, convivendo entre si em conversas familiares – enquanto os ratos saiam dos esgotos abertos ao mar, aproveitando tudo o que ficava no areal próximo.
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Ao fundo, vestígios da muralha do castelo/fortaleza de Albufeira, hoje em dia transformado no restaurante, A Ruína: o mercado à direita já foi; os barcos como os seus mestres e pescadores, na maioria já desapareceram ou foram desterrados para o porto de abrigo; e eu raramente lá vou – já tudo foi cilindrado e todo este mundo se esfumou.
A beleza está na possibilidade que a memória nos dá, de podermos relembrar momentos seleccionados da nossa vida – mas é uma tristeza ver a destruição de espaços, como registos fundamentais da nossa cultura. Amanhã vamos falar de quê?
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Veja o contraste entre estas duas imagens da Praia do Peneco em Albufeira, que não se resume apenas à diferença entre a apresentação a preto e branco e a apresentação a cores.
O progresso industrial obrigou a economia a uma maior disciplina na sua relação obrigatória e não desejada com o mundo do trabalho e com a lógica inevitável da remuneração salarial – veja-se que hoje em dia os negócios mais lucrativos, ainda se baseiam na escravatura social, com os direitos de quem é obrigado a trabalhar, a diminuírem aceleradamente nos países ditos mais avançados.
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Aniversário
I
Feliz Aniversário
Especialistas em foguetões e computadores
Nasci na Invicta cidade do Porto e actualmente vivo em Albufeira.
Faço anos a 18 de Setembro de 2011 – 56 anos. Estou a ficar velho por fora e continuo irresponsável por dentro. Toda a gente à minha volta me diz que continua a ter esperança e que para esquecer os seus problemas e sobreviver, só pensa no que lhe sucede no dia-a-dia – e na sua resolução imediata, ao segundo.
Neste buraco onde resido, uso muito o computador para me por ao corrente do que fazem as outras pessoas como eu, esquecidas e inexistentes, espalhadas pela marginalidade de todo o mundo. Os jornais só trazem não notícias! E a Web transformou-se para nós, num novo caminho a perscrutar – para onde?
II
Fora de Horas – 24/08
O Aleph
Um dos livros de Borges que marcou a minha juventude de voraz leitor, antes de ser consumido pela vida, pela subserviência e pelas suas regras e manuais – e encarcerado no respectivo armário
Google celebra aniversário de Jorge Luís Borges
A Google celebra hoje o 112º aniversário do escritor argentino Jorge Luís Borges com uma imagem - "Doodle" - surrealista alusiva ao autor.
O escritor nasceu a 24 de Agosto de 1899 em Buenos Aires, Argentina, e morreu em Genebra, Suíça, a 14 de Junho de 1986.
Jorge Luís Borges foi também poeta, tradutor, ensaísta e crítico literário. Os seus livros mais conhecidos são o "Ficciones - Ficções" e o "El Aleph - O Aleph", de 1949.
A sua obra aborda temas como filosofia, metafísica, mitologia, teologia e lógica.
(Notícia do DN)
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Horários
Em Albufeira
Viagens turísticas
Sábado, dia 27 de Agosto de 2011.
Já são 15h00 e ainda não saí de casa.
O tempo está agradável, não muito calor para esta altura do ano e um bom dia de praia, para quem não quer abafar e apanhar um escaldão.
As férias estão a acabar e a crise está pronta para a sua estocada final.
Ainda penso no entanto, ter tempo para almoçar: mas não tenho companhia para sair, está tudo a dormir e sem fome – após uma longa noite cansativa, sem nada para fazer.
Mas num local como Albufeira, algo se há-de inventar!
Última Hora
Chicago, 1871
Dia 8 de Outubro de 1871.
Grande incêndio de Chicago.
Imigrantes extraterrestres, sentindo-se enganados numa transacção comercial efectuada, invadiram o céu com as suas naves espaciais, atacando-nos com os seus Raios Destruidores. As trocas comerciais interestelares em Chicago foram suspensas logo após o ataque.
(Imagem – Etsy.com)
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Furacão Irene
EUA – 8/2011
Produziu-se um intenso ruído de fundo, tendo como base um normal fenómeno atmosférico
As ondas da tempestade abatem-se sobre Asbury Park – New Jersey
Estrada inundada – Nags Head – Carolina do Norte
Beco sem saída - Virginia
Trabalhos de limpeza após a passagem do furacão – Virginia
NG
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Apenas 3 notícias dos EUA
Furacão Irene
“O furacão Irene é uma bênção” – Glenn Beck
No seu programa de rádio nos EUA, Glenn explicou a sua frase anterior, afirmando que a passagem deste furação, seria bastante útil para ensinar as pessoas a prepararem-se para desastres deste tipo. Muito pedagógico, especialmente para quem está a ver, a comentar e a receber, sentado no sofá!
Comunidade Gay
Casais do mesmo sexo – S. Francisco no top
Quase um milhão de casais gays habitam na costa americana, maioritariamente entre cidades situadas entre Hollywood e New Hope. Aproximadamente 16% dos casais são do sexo feminino e 22% têm crianças. Dispersa e inicialmente escondida em localidades tradicionais e conservadoras e fugindo de todos os estigmas a ela associada, a comunidade gay actual, começa a sair dos seus guetos, enquanto a antiga geração se reforma e retira.
Sem Abrigo
Nos EUA é crime ser sem abrigo = pobre
Violando todos os acordos estabelecidos a nível mundial sobre direitos humanos, as autoridades americanas comparam agora os sem abrigo a criminosos, como se fosse culpa destas pessoas, as condições que o mundo e a vida lhes proporcionaram: nenhum direito a água, alimentação e habitação, apenas a sanções civis e criminais, devido à situação de miséria em que se encontram. A única opção é fugir e desaparecer.
(A partir do Jornal – The Huffington Post)
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Philip K. Dick
Filho de um funcionário do governo federal, a sua irmã gémea morreu quase à nascença. Os seus pais divorciaram-se quando Philip contava quatro anos de idade. Acompanhou a mãe na sua mudança para a Califórnia, onde estudou, ingressando na Escola Secundária de Berkeley, onde permaneceu até 1945. Matriculou-se então na Universidade da Califórnia, onde estudou Filosofia e Alemão, abandonando o curso para trabalhar como disc-jockey numa emissora de rádio, mantendo, ao mesmo tempo, uma loja discográfica.
Começou a escrever nesta época, publicando o seu primeiro conto de ficção científica na revista Planet Stories. Chegou a terminar alguns romances de índole autobiográfica, mas não conseguiu encontrar quem os editasse. Decidiu portanto dedicar-se inteiramente à ficção científica, convicto de que este género poderia melhor abarcar as suas especulações filosóficas.
A sua primeira obra publicada foi Solar Lottery de 1955. A acção da obra decorria no século XXIII, num tempo em que a democracia como forma de eleição foi substituída por um sistema de loteria que decide as funções dos indivíduos na sociedade. No entanto, vem-se a descobrir que a sorte está viciada. Após o aparecimento de obras como Eye In The Sky de 1956, Dr Futurity de 1960 e Vulcan's Hammer de 1960, Philip K. Dick conseguiu ser reconhecido como escritor, sobretudo com a publicação de The Man In The High Castle (O Homem do Castelo Alto) de 1962. O romance recriava um mundo em que a Alemanha e o Japão haviam vencido a Segunda Guerra Mundial.
Por ter mantido relações com o Partido Comunista norte-americano, o escritor foi alvo de cuidadosas investigações por parte do FBI e dos serviços secretos da Força Aérea dos EUA. A visão quase paranóica da realidade que Dick demonstrou em muitos dos seus trabalhos não seria portanto de todo infundada.
Inspirando-se em ideias do Budismo, Cabalismo, Gnosticismo e outras doutrinas herméticas, e combinando-as com certos aspectos das novas crenças na parapsicologia, extraterrestres e percepção extra-sensorial, o autor criou mundos alternativos nos quais acabou eventualmente por julgar viver. Alegou ter sido contactado em 1974 por uma inteligência alienígena.
PKD explorou em muitas das suas obras temas como a realidade e a humanidade, utilizando normalmente como personagens pessoas comuns e não os normais heróis galácticos de outras obras do género. Precursor do género cyberpunk, o seu livro Do Androids Dream of Electric Sheep? inspirou o filme Blade Runner que, já perto da sua morte por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), serviu como introdução a Hollywood e levou a que outras obras suas fossem adaptadas ao cinema.
(Texto – Wikipédia)
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UFO - O Livro de Ezequiel e os Ovni´s
Mesopotâmia
Ezequiel – 1
Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo que emitia de contínuo labaredas, e um resplendor ao redor dela; e do meio do fogo saía uma coisa como o brilho de âmbar.
E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem;
Cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles, quatro asas.
E as suas pernas eram rectas; e as plantas dos seus pés como a planta do pé dum bezerro; e luziam como o brilho de bronze polido.
E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos e suas asas assim:
Uniam-se as suas asas uma à outra; eles não se viravam quando andavam; cada qual andava para adiante de si;
E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita, todos os quatro tinham o rosto de leão e à mão esquerda, todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro, o rosto de águia;
Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que tocavam às de outro; e duas cobriam os corpos deles.
E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.
No meio dos seres viventes havia uma coisa semelhante a ardentes brasas de fogo, ou a tochas que se moviam por entre os seres viventes; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos.
E os seres viventes corriam, saindo e voltando à semelhança dum raio.
Ora, eu olhei para os seres viventes, e vi rodas sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos seus quatro rostos.
O aspecto das rodas, e a obra delas, era como o brilho de crisólita; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e era o seu aspecto, e a sua obra, como se estivera uma roda no meio de outra roda.
Andando elas, iam em qualquer das quatro direcções sem se virarem quando andavam.
Estas rodas eram altas e formidáveis; e as quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.
Astronave de Ezequiel
E quando andavam os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e quando os seres viventes se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas.
Para onde o espírito queria ir, iam eles, mesmo para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam ao lado deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
Quando aqueles andavam, andavam estas; e quando aqueles paravam, paravam estas; e quando aqueles se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas ao lado deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
E por cima das cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, como o brilho de cristal terrível, estendido por cima, sobre a sua cabeça.
E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas, uma em direcção à outra; cada um tinha duas que lhe cobriam o corpo dum lado, e cada um tinha outras duas que o cobriam doutro lado.
E quando eles andavam, eu ouvia o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Omnipotente, o ruído de tumulto como o ruído dum exército; e, parando eles, abaixavam as suas asas.
E ouvia-se uma voz por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.
E sobre o firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como a aparência duma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança dum homem, no alto, sobre ele.
E vi como o brilho de âmbar, como o aspecto do fogo pelo interior dele ao redor desde a semelhança dos seus lombos, e daí para cima; e, desde a semelhança dos seus lombos, e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e havia um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí com o rosto em terra, e ouvi uma voz de quem falava.
Ovni
(texto retirado da Web)
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UFO - A Biblía e os Ovni´s
A vida que nos é oferecida está cada vez mais desinteressante – as notícias são repetidas consecutivamente até à exaustão.
Não nos propõem opções alternativas de vida – só falam delas como utopias.
Por outro lado, a velocidade com que decorre o nosso quotidiano, nem nos dá tempo para pensar – por vezes olhámos o céu, mas não entendemos a sua dimensão.
Nunca vi nada de registo sobre os céus do meu país, além de aviões, estrelas cadentes e nuvens carregadas de cor; já avistei com satisfação e prazer, a face visível da Lua e os misteriosos anéis de Saturno – mas nunca vi nenhum não humano, diferente de nós, nem mesmo de relance, o seu meio de transporte.
Domenico Ghirlandaio
Pintor
(1449/1494)
Nestas quatro pinturas (e em mais dois pormenores da última), pode-se verificar a presença de elementos um pouco estranhos aos planos e objectivos destas representações. Nas duas primeiras um disco voador é visível no canto superior direito; na terceira outro disco voador projecta raios de luz; e na quarta sobressai o pormenor lateral (parte superior) de duas naves espaciais. A questão que se põe aqui é saber qual a pretensão e objectivos a atingir por este pintor, ao inserir no seu trabalho, estas particularidades.
1 The Madonna with Saint Giovannino
2 The Calling of St.Peter – Cappella Sistina
3 The Baptism of Christ
4 The Crucifixion
(Web)
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Science-Fiction
The Jerry Weist Collection
Of
Science Fiction and Fantasy Art and Books
(On September 11 in Beverly Hills)
HOWARD V. BROWN (American, 1878-1945)
FRANK R. PAUL (American, 1884-1963)
LEO MOREY (American, 1899-1965)
Boing Boing
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Vazio
Ilusão óptica
Tenho o meu cérebro preso numa espiral infinita. Parece estar entalado entre duas paredes e com a pressão, torna-se impossível de pensar.
A casa está vazia e o movimento reduzido ao mínimo. Nada se passa, além de uma imperceptível mudança de nível.
O rodopio do pião é avassalador – os substantivos suplantam os adjectivos, sendo o cérebro, o contorcionista apanhado no universo do ilusionista.
A Terra é a bola de cristal.