ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
2005 YU55
09.11.2011
Asteroide passou perto da Terra, mas não causou efeito perceptível
O asteroide 2005 YU55, o que mais se aproximou da órbita terrestre em 35 anos, passou nesta terça-feira entre a Terra e a Lua, a cerca de 324 mil quilômetros de nosso planeta, diante do olhar atento de cientistas de todo o mundo.
O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana) advertiu há poucos dias que o asteroide, que tem o tamanho de um porta-aviões, não representava nenhum perigo para a Terra e que seu percurso seria uma boa oportunidade para estudá-lo de perto.
As antenas do centro de vigilância do espaço profundo da Nasa, em Goldstone, na Califórnia, e o radar do observatório de Arecibo, em Porto Rico, seguiram a trajetória do asteroide durante a última semana.
Os cientistas da Nasa esperam obter imagens do radar de Goldstone de dois metros por pixel, o que poderia ajudar a conhecer com detalhes como é a superfície do asteroide, sua forma, suas dimensões e outras propriedades físicas.
No entanto, esta não é a primeira vez que o 2005 YU55 cruzou o caminho da Nasa, já que o asteroide foi detectado e seguido pelo observatório de Arecibo em abril de 2010, quando se encontrava a cerca de 2,3 milhões de quilômetros.
O radar conseguiu captar uma imagem do asteroide com uma resolução de 7,5 metros por pixel, que revelou que o corpo celeste tem uma forma quase esférica e um diâmetro de 400 metros.
A partir de suas observações, os astrônomos determinaram que o 2005 YU55 viaja lentamente e tem um período de rotação de 18 horas.
A Nasa já publicou hoje imagens do asteroide feitas ontem às 18h45 (de Brasília) a uma distância de 1,38 milhões de quilômetros da terra.
Os astrônomos informaram que a última vez que uma rocha espacial deste tamanho se aproximou tanto da Terra foi em 1976 e a próxima conhecida de um asteroide com estas dimensões será no ano 2028.
A Nasa detecta e rastreia habitualmente os asteroides e cometas que passam próximos da Terra usando telescópios terrestres e espaciais com seu programa "Spaceguard".
(artigo: Terra/jornalvarginhahoje/lambaritália.blogspot.com)
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Espaço 2011
A Lua vista da Terra
Uma bala disparada por uma espingarda perdeu-se na escuridão do espaço.
Projectando-se sobre um horizonte bem definido, recortado pelo cume das falésias de uma praia, há muito tempo atrás, banhada pelas águas de um mar.
Ao fundo a bala artificial, olha-nos fixamente devorando-nos a alma, sem pestanejar e sem palpitar, revelando na sua face, a topografia de um mundo solitário.
E circulando em volta da sua referência, de face voltada sempre para o mesmo lado, enterrada no negrume de um céu sempre invisível, eis que este projéctil se revela como algo, que não faz parte deste mundo.
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O Mau Português
“O segredo da constituição do sumo português reside apenas, na junção de três ingredientes fundamentais, para um saudável consumo deste produto: meter água, meter religião e meter política. E para rematar, publicar tudo – em bom português – no diário da república.”
A Rede, Os Patrões e o Pénis
Bandidos da rede prontos a entrar em acção
A rede de peixe já estava velhinha e com buracos em todo o lado, por onde o peixe apressado fugia, como um fogo de um balde de água. Fora usada pela última vez há cerca de vinte anos, quando no meio da guerra que deflagrara nos territórios vizinhos, tivéramos de prender umas dezenas de bandidos, que saqueavam as quintas sem razão aparente, apenas para comerem as galinhas e as filhas dos patrões.
Filha do patrão controlando o pessoal
Os patrões em geral são uns bandidos inimputáveis, que têm como mães umas santas, prontas a parir mais uns tantos cabrões, em troca de carinho, dinheiro e alguma notoriedade flutuante. Mas a mulher não pode pensar que faz parte desta estrutura tentacular, monocórdica e péniana, porque quem manda ainda é o homem – aquele que tem o maior pénis – ou então uma mulher de calças, pronta para se candidatar à operação de implantação de silicone eréctil.
Aventuras do homem sem pénis
O pénis é uma parte do corpo que sofre muito, entalado entre duas pernas constantemente em movimento e fricção e asfixiado sob uma massa disforme de tecidos. As suas obrigações são pequenas, de pouca monta, sem palavras e por isso, raramente alguém o vê, a não ser o buraco por onde passam todos os seres vivos, depois de prometidos ao Bem, a Deus, à Família e ao Estado. Muitas vezes com o papel de encapuçado, lidando com o mundo envolto em PVC industrial e de protector.
Um pénis grande, fora de casa e para todos, já!
Sejamos verdadeiros – um pénis também vê o buraco da sanita, aquele artefacto formidável que liga constantemente o nosso cérebro ao mundo, com uma simples pressão do nosso dedo, sobre o botão do autoclismo (instrumento com funcionamento idêntico, a um cérebro normalizado).
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ET
Luminosidade e Vida
Tal como a luz pode indicar a presença de vida num determinado planeta, a sua ausência leva-nos muitas vezes a outros estados alternativos de pensamento e de reflexão, em que idealizamos um novo mundo mergulhado em mistérios e segredos, sempre pronto a proporcionar-nos uma nova aventura, num espaço novo de exploração.
Nesse sentido a passagem no próximo dia 8 de Outubro do asteróide 2005 YU55 perto do nosso planeta – passa mais perto de nós, comparando com a distância da Terra à Lua – representa um acontecimento difícil de repetir durante a nossa vida (e que emana muitas incertezas e expectativas no nosso percurso neste mundo estático e sedentário) o que pelo menos durante um momento, nos leva a sonhar e idealizar novos sistemas sustentados de vida, em que o Homem tenha um papel mais importante a desempenhar, do que simplesmente sobreviver e reproduzir-se.
Mas o que é um ET?
São todos aqueles seres que como nós partilham um Universo, percorrendo o espaço sem parar e deslocando-se de um lado para o outro, muitas vezes e como nós, sem reparar deliberadamente no seu vizinho. No entanto o espaço que ocupa continua a ser o mesmo, espaço esse que tem que ser visto como uma entidade superior, em que diversos órgãos complementares se sustentam em infinidade de células que se replicam.