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A Santa

Segunda-feira, 21.11.11

Santa Santinha

 

Os milagres acontecem quando menos se espera – acordados ou a dormir só o tempo nos mata.

A Santa abriu os olhos e olhou-me cheia de amor.

Fechei a visão, pensei neste momento e com olhos cheios de lágrimas, entrevi-a numa paisagem idealizada só para mim.

Ela estava ao fundo sentada no baloiço, abraçada ao animal que se sentara no seu colo maternal, irradiando luz e calor.

A Santa levantou então o braço com suavidade e elegância; e com convicção e fervor apontou-o para mim.

Não soube o que fazer quando surgiu o momento e na sequência seguinte, já não a vi sentada no baloiço, que lá continuou com o seu movimento constante, vazio e oscilante.

O espaço tridimensional só pode ser ocupado por um objecto com as mesmas referências ou então, contem o vazio. A outra alternativa será provavelmente a da existência de mundos paralelos, onde provavelmente a Santa se refugia, antes de arranjar forças para mais uma vez nos visitar.

 

Mundo Paralelo

 

Um local só é visitado uma vez na vida; se desperdiçarmos o espaço a explorar que nos é fornecido num determinado ponto do nosso percurso, ignorando que cada um de nós é a referência de um plano intersectando o espaço que o contem, não poderemos pretender atingir a compreensão de tudo o que nos rodeia, se não colaborarmos sem restrições, na sua preservação – o mundo antigo que nos criou, merece o nosso respeito!

Uma Santinha é um ser humano racional em extinção face aos avanços da ciência e da tecnologia criada pelo Homem, que ainda coloca à frente dos interesses de certos indivíduos de uma determinada raça superior e com capacidade de pensar e organizar unilateralmente o mundo, o poder supremo da Natureza que nos criou e transformou e que um dia se quiser/quisermos, poderá continuar o seu caminho sem nós.

Seremos nós, mais uns dinossauros?

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:39