ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Photochromes
Técnica fotográfica muito popular no mundo entre 1890 e 1910
Lembram-se destes postais em Portugal?
E de quando ainda se escrevia?
USA
Salt Air Pavilion – Great Salt Lake – Utah – 1901
A construção de imponentes estruturas arquitectónicas como este pavilhão, suspenso sobre a superfície tranquila deste imenso lago, marcaram definitivamente o século dezanove. Um tentáculo protector estende-se sobre a água, criando um refúgio seguro para os banhistas que lhe estão próximos. A beleza do cenário completa o quadro.
On the Zig Zags – Bright Angel Trail – Grand Canyon – Arizona – 1902
Esta imagem perpétua no nosso imaginário infantil, a odisseia dos primeiros pioneiros na conquista das mais recônditas e agrestes regiões do continente americano, com todas as dificuldades que uma aventura deste tipo acarreta e com todas as ilusões que ela pode provocar. O trilho é o destino a seguir.
St. Charles Street – New Orleans – 1900
Na Invicta cidade do Porto e à frente da casa onde nasci, também passavam eléctricos e amarelos como este. Ao passar sobre os carris, a casa tremia toda e a única conclusão a tirar, era que continuava de pé. Neste caso o eléctrico é um elemento plenamente integrado no cenário que o envolve, percorrendo um espaço limitado que lhe é graciosamente cedido, de modo a poder estabelecer uma boa comunicação entre indivíduos e os seus novos pontos de referência na urbe. Ele parece deslizar suavemente, enquanto observado, entre as margens de um rio.
Temple Square – Salt Lake City – 1897/1924
As religiões atiram-nos deliberadamente para os céus, demonstrando sempre muito nervosismo e ansiedade, em afastar-nos definitivamente desta terra de pecado. Os seus monumentos são exponenciados nos seus principais templos de culto e demonstram alguma prepotência arquitectónica, que talvez seja necessária utilizar, para prender aí os seus fiéis e os lançar por persuasão, na conquista etérea da fé. A sua imponência fere a nossa vista e não se coaduna com a paisagem.
The Beach at Atlantic City – 1902
Antigamente tomava-se banho bem vestido, dispensando-se apenas as meias e os sapatos. Em climas frios ainda se pode compreender a opção, já que o vento se entranha no corpo com toda a sua humidade e arrepios, fazendo-nos fugir para fora de água e procurar o abrigo de uma tenda. E desfrutando do seu momento de ócio, caminhando calmamente na praia, as pessoas lá iam passeando felizes por uma avenida coberta de areia e banhada por um mar que lhes acariciava os pés.
The Cliff House – San Francisco – 1902
Temos perto do Porto uma praia que frequentei em criança e que mesmo no Verão punha à nossa disposição um mar com ondas ainda grandinhas e com algumas correntes que puxavam um pouco para o lado, mas que dentro dos limites de segurança que a bandeira e o nadador nos ofereciam, nos proporcionavam momentos maravilhosos de luta vitoriosa contra a força do mar. E num rochedo erguido mar adentro, uma capela sobressaía no seu cimo e era dedicada a S. Pedro. Em Miramar, em dias de vagas alterosas e quando não se podia nadar, era ver em sobressalto, a luta constante entre a terra e o mar. Aqui a capela é outra.
(imagens e legendas – 50 Watts)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Lovejoy
Era uma vez o cometa C/2011 W3
Este cometa pertencente à família Kreutz – sungrazer comets – irá passar no seu periélio a uma distância aproximada de 180.000Km da superfície do Sol. Provavelmente e dada a sua proximidade à estrela, evaporar-se-á completamente. Descoberto nos finais de Novembro pelo astrónomo amador australiano Terry Lovejoy, ele faz parte de um grupo extenso de mais de 2.000 cometas semelhantes, já detectados pela Soho. O cometa C/2011 W3 (Lovejoy) será talvez o mais brilhante destes cometas, a ser observado pela Soho.
Em rota de colisão (ou não) com o Sol
Lasco C3: 15.12.2011 – 03:18
Lasco C3: 15.12.2011 – 06:06
Lasco C3: 15.12.2011 – 09:30
Lasco C3: 15.12.2011 – 12:54
Lasco C3: 15.12.2011 – 16:30
Lasco C3: 15.12.2011 – 22:30
Lasco C2: 15.12.2011 – 22:36
Lasco C2: 16.12.2011 – 00:00
Lasco C2: 16.12.2011 – 05:36
Parece que o cometa sobreviveu à sua trajectória em volta do Sol, ao contrário do que afirmavam a maioria dos especialistas na observação destes fenómenos. O cometa já foi visto a emergir do seu periélio, pelo menos parcialmente intacto. Inicialmente com cerca de 200 metros de diâmetro, ninguém pode agora afirmar a dimensão do restante núcleo, nem durante quanto mais tempo continuará ligado, depois das elevadíssimas temperaturas a que esteve sujeito. Desde já, parece ter perdido a cauda.
(informação inicial/final – remanzacco.blogspot.com/spaceweather.com; imagem – soho)
Autoria e outros dados (tags, etc)
O Bosão
A realidade é como um modelo da Lego – constituída pela adição de pequenas parcelas.
Nós somos constituídos por pequenas parcelas chamadas átomos.
Os átomos – anteriormente as mais pequenas partículas de matéria – são constituídos por protões, neutrões e electrões.
Protões e neutrões são constituídos por quarks – os quarks e os electrões são partículas elementares sem nada menor no seu interior.
Ao falarmos agora do Bosão de Higgs, estamos apenas a comentar a massa dessas partículas.
O que pode ser um termo de comparação imperfeito: um quark pode ter comparativamente a um electrão, uma massa de proporção idêntica à associação das massas de um elefante e de um rato.
E ninguém conhece sequer, porque é que essa diferença de massas existe (entre partículas).
E então surge um indivíduo chamado Higgs, com a ideia de que no espaço onde se encontram essas partículas, a sua massa seria o resultado da interacção entre elas.
As partículas pesadas interagem mais; ao contrário das partículas leves, que permanecem mais estáticas.
Ora se o campo existe, os bosões seriam as mais pequenas partículas existentes, que constituiriam esse espaço.
Como a água e as suas moléculas.
(Explicações BoingBoing)
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Partícula de Deus
É fundamental ser-se louco e ter-se fé em Deus
Experiência Atlas – Movimento (e trajecto) das partículas provocado por colisões
Cientistas trabalhando em Genebra com o HLC – Large Hadron Collider – anunciaram este mês a descoberta de sinais auspiciosos da existência do “Bosão de Higgs”. Também conhecida como a “Partícula de Deus”, o bosão é uma hipotética partícula subatómica, que poderá ajudar a explicar a razão porque o Universo atinge a massa que tem.
CERN – Detector Atlas à descoberta dos segredos do Universo
A confirmação da existência desta partícula – envolta por um manto de mistério e beleza – pode estar perto de acontecer e as informações que se poderão retirar dela, poderão ajudar os físicos nas suas investigações, de modo a poderem um dia explicar a estrutura da matéria do nosso Universo.
(tirado de EarthSky)