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O Pai Natal Português

Sexta-feira, 23.12.11

As Instituições Intocáveis ou Joana d'Arc na Fogueira

Um Natal a Pão & Água e alguma Lenha na Lareira

 

Mensagem:

É o que desejam com sinceridade, os vossos representantes legais!

 

O Governo “Que Não Se Sabe De Quem”, acabou agora mesmo e mais uma vez de informar, todos os pobres portugueses, que com o seu primeiro “Peido” atribuído em 2012 e com a inexcedível colaboração do “Pai Natal de Olhos em Bico” – um assalariado da coca-cola, agora electricista chinês proprietário da EDP – será lançado no espaço o primeiro voluntário português, como candidato consciente e patriótico, à sua emigração responsável. A evolução da situação será controlada a partir do Canadá, através de uma página disponibilizada pelo Ministro da Economia, fã da única coisa que ele conhece, além da sua obra, da sua casinha e da sua universidade – o seu belo espelho no facebook. Reconheço no entanto que existem Políticos neste país, que não são melhores do que Ele.

 

Olímpio Monteiro, um Português de Gema – apoiante da legalização da escravatura

 

Ao ser observado por três olhos e como português de gema, não resisto à má-língua. Legenda da imagem inicial: na nádega da esquerda a mensagem da nobreza, na nádega da direita a mensagem do clero; no meio e onde sabemos estar a virtude, o que reservaram para o povo. A barba serve para esconder, o que eles já disseram (ou comeram).

 

Os meninos de três olhos – num mítico filme de animação, realizado por adultos problemáticos

 

O menino de três olhos, hoje conhecido como tiozinho dos três olhos, devido a sua idade, tem actualmente 3 filhos, mora com 3 mulheres, tem 3 carros e ganha 3 salário mínimo. Algumas lendas geram em torno do menino de três olhos, uma delas de ele ter nascido também com 3 pénis, que fazia dele, depois de Chuck Norris, o cara com a maior erecção de todos os tempos.

 

(imagem de Olímpio – do Blogue inépcia.com; último texto – retirado da desciclopedia)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:10

Selva, Loucura e Caos

Sexta-feira, 23.12.11

A Selva é uma expressão natural da loucura do caos, que ainda hoje e apesar de toda a miséria que artificialmente criamos, nos recusamos a aceitar – e é só deixá-la avançar entre as fendas do betão e esperar que as memórias antigas, ainda nos possam encontrar com vida, no centro da nossa cabeça.

 

A origem do mundo perdeu-se num dia de verão quando adormeci debaixo daquela macieira, depois de um belo jantar no meio do campo e após mais um cansativo dia de trabalho. Acordei já a Lua ia alta e o frio húmido da noite começava a subir pelas minhas costas acima: nunca cheguei a encontrar a origem do mundo e mal me lembro hoje em dia, da razão desta demanda. A única coisa que sei é que a vida se estende em todas as dimensões e que é impossível a sobreposição de dois pontos sem que ambos percam totalmente a identidade para que foram criados e assim anulem o mundo e a sua própria existência.

 

      

 

Os comportamentos sociais foram-se modificando à medida que fomos mudando a nossa relação com a natureza. O desenvolvimento da utilização dos objectos, na simplificação do quotidiano e no reforço das relações sociais, contribuiu para dar origem à criação de grupos com um sentido mais forte de organização e de elaboração de tarefas conjuntas. Com o objectivo de melhorar a sua defesa e garantir a sua preservação.

 

      

 

O espaço foi-se esgotando com a expansão selvagem e sem critério algum, dos solos que se iam disponibilizando ao longo das principais rotas comerciais. Estendidos ao longo deste traçado criado artificialmente pelo homem e de carácter estritamente económico, a sociedade teve que se sujeitar a determinadas regras nunca antes imaginadas, para poder continuar prosperamente o seu desenvolvimento programado. Em camadas sobrepostas e esmagando-se umas às outras sob milhares de toneladas de ferro e betão, sucessivamente dispostas em planos paralelos e de soberba simetria, as habitações parecem querer fugir do inferno da terra em direcção aos céus numa vertigem que se perde na forma daquela monstruosidade – a negação total da utilização do espaço por verticalização do solo e sua reutilização simultânea por sobreposição – como se fosse um time-sharing.

 

      

 

As coisas não precisam de ter significado para existirem. Nem necessitam de pensar para ter o seu próprio lugar no espaço. A sua posição não se define por uma hierarquia, mas pela sua disposição em relação a outros pontos do espaço, mesmo que vazios. O caos é a melhor definição para uma perfeita e harmoniosa disposição de objectos, já que não existem critérios nem valores para o estruturar e definir. O caos por definição tem que ser tudo o que existe muito bem misturado e pronto a evoluir. Por isso acho que a vida é uma experiência que um dia alguém realizou e se tornou incontrolável.

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:57

Lobotomia à Portuguesa

Sexta-feira, 23.12.11

Como se deita fogo a uma bomba de gasolina – e se culpa a gasolina por ser um combustível perfeito.

 

Incendiadas retroescavadoras que removiam escombros do Bairro do Aleixo

 

 

Rio quer ver todas as torres demolidas até 2013

 

Demolição fez explodir ânimos entre moradores

 

“Uma operação tecnicamente perfeita”

 

Vídeo: a implosão da torre 5 do Aleixo

 

Manual do Político Honesto que quer ganhar eleições a qualquer preço, mesmo que não acredite nisso, nem mesmo nele próprio. E que mesmo assim ganhe, sem saber como e mesmo depois de ganhar, continue a não acreditar nisso.

(daí as nobres contradições)

 

1.º

 

Antes das eleições e com convicção, afirma-se o contrário ao eleitor/reflector – já que o eleito sem credibilidade, só luta pela sobrevivência – com a única intenção de obter, a sua passividade temporal.

2.º

 

Depois da publicação dos resultados oficiais e da confirmação dos números da maioria passiva temporal, numa primeira, significativa e simbólica demonstração de poder que o povo há muito suplicava – noutro sentido, entenda-se bem – aplica-se surpreendentemente o seu contrário, deixando-se o povo estupefacto e surpreendido com tal reviravolta, com um alcance que ele próprio não entende, provavelmente por ingenuidade e ignorância.

3.º

 

Mesmo sem um retorno mínimo de aceitação e consideração pelo seu trabalho realizado – pretensamente desenvolvido em favor de toda a comunidade envolvente e especialmente a favor da mais carenciada e desprotegida da população que jurou proteger – optar então sem hesitação e remorsos, por sectores privilegiados da população e com meios significativos de manipulação, de modo a perpetuarem a sua posição e progressiva evolução na hierarquia do poder. Aquilo que um homem honesto, jamais aceitaria. Porque mesmo dentro de toda a legalidade, quem nos representa deve saber, o que significa a palavra vergonha.

 

4.º

 

Se tudo isto der barraca (apesar da proliferação de doutores e engenheiros, anteriormente empenhados em serem analfabetos e agora promovidos por decreto e filiação comportamental, a doutores universitários) e como vai sendo natural acontecer neste país, em que se vendem barracas/contentores a preço de luxo (inflacionando cada metro quadrado de contentor situado ao lado), sair em silêncio pela porta das traseiras, não reconhecer nenhum dos nossos cúmplices e seguidores, deixar passar uns anos sobre a incompetência da nossa imagem de padrinho e na altura própria, por necessidade patriótica do surgimento de um novo salvador, invocá-lo e por motivo de ausência do nevoeiro de D. Sebastião, convidá-lo a apadrinhar mais um baptizado.

 

5.º

 

E como a estupidez não tem limites, pôr as vítimas a discutir qual a melhor forma de serem eliminadas, enquanto os seus filhos guardam o cadafalso dos pais e os intelectuais humanistas que os ensinam na escola, se entretêm com os aperitivos e cocktails postos à mesa, enquanto enfadados, aguardam que os cadáveres resolvam cair. Como fruta madura, de podre!

 

Ponto Final

 

Declaração de Rui Rio, pouco tempo depois da sua inesperada vitória autárquica, para a Câmara Municipal do Porto, em 2001: "Não farei aqui nada contra a vontade da população do bairro. Se a vontade da população é manter as torres, vamos tratar das torres".

 

E está claríssimo para toda a gente, que o único objectivo das entidades competentes, seria o de acabar com o tráfico de droga no bairro do Aleixo: se quiseres curar um doente e acabar com os seus queixumes, o melhor para ti e para ele, é matar o mal pela raiz e ocupar o seu lugar com algo, que torne um outro feliz e se possível, com uma espectacular vista para o Douro.

 

Valente(s) ou o seu contrário?

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:32