ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Causas Naturais
Queda de pedras esmaga operários
(ou Portugal o sítio do costume)
Bombeiros retiram os cadáveres dos trabalhadores
Alijó: Construtoras garantem que cumpriram medidas de segurança
O acidente ocorreu às 13h30, numa altura em que os homens, contratados pela Mota-Engil e pela Somague, não estavam a trabalhar. "Os três foram almoçar enquanto ficou outro a trabalhar na máquina. Quando voltaram, aquele saiu da máquina e um pedregulho soltou-se pouco depois. Ainda saltaram para tentar escapar, mas foram apanhados", lamentou ao CM Artur Cardoso, ex-operário nas obras da barragem.
Valter, Humberto e Carlos, residentes em Alijó, Armamar e Cabeceiras de Basto, foram esmagados por um maciço pedaço de granito. Quando os bombeiros e as autoridades chegaram ao local, já nada havia a fazer.
O facto de o acidente ter acontecido num local muito escarpado dificultou a retirada dos cadáveres. "Fizemos tudo com a máxima segurança e cuidado", contou Carlos Silva, comandante operacional distrital de Vila Real.
A administração da barragem de Foz Tua (A.C.E.), que integra as empresas Mota-Engil Engenharia, Somague e MSF, garante que a equipa "cumpria os regulamentos de segurança".
Comentário de um leitor:
"Muito triste quando pessoas trabalhadoras e honestas morrem assim! Os meus pêsames á família!"
(notícia CM)
Conclusão – simples ou baralhada?
A culpa não é dos responsáveis da obra, porque são engenheiros ou outro tipo de magníficos doutores – raça superior;
A culpa deve-se dividir entre as pedras e os trabalhadores, porque os primeiros não têm noção das consequências dos seus actos e os segundos não têm noção dos actos das suas consequências – raça inferior.