ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Mundo Zombie
Nem sei o que dizer: as palavras não são suficientes. As imagens também não.
Caímos num buraco tão profundo, que já nem nos preocupamos em procurar o Céu e a Luz.
Tudo é aceite, desde que nos prometam o dia de amanhã – podemos respirar, deixam-nos movimentar num percurso predeterminado, tentar arranjar um emprego que nos salve, regressar, dormir e de novo levantar o corpo e oferecê-lo em chamas ao estado.
Quando é que chegará o dia em que iremos constatar e comprovar com os nossos olhos, que o nosso corpo já não nos pertence e que apenas andamos a contar os dias, que faltam para a confirmação da nossa morte?
A vida é ela quando o trabalho que ela nos proporciona é partilhado com o prazer emanado pelo nosso corpo e distribuído sem pretensões de reconhecimento, por todos os outros corpos presentes, ignorados, mas fundamentais para a sobrevivência de qualquer espécie e de qualquer estado.
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Rei Ghob
“Proteger declaradamente num determinado momento e com um emaranhado de leis confusas e em constante alteração, o criminoso face à sua vítima, é uma declaração convicta de interesses”
As histórias de um país – como se de um filtro se tratasse – retratam a sua cultura e a sua memória, que culminam ou não, na consolidação da sua soberania e da sua independência. Não é de admirar portanto, que com a proliferação noticiosa de factos genéticos como este, estejamos cada vez mais perto do abismo.
Francisco Leitão
Ignorado enquanto perseguia os seus objetivos privados, praticou impunemente todos os atos de que o acusam agora, com o consentimento passivo de
toda a população envolvente e que apenas após o toque de alarme público o reconheceu, julgou e condenou, mesmo sem o reconhecer nessa altura – talvez devido aos remorsos – como anterior companheiro de estrada: o problema não está nas razões de um indivíduo, mas na sociedade sem valores que o viu nascer e criou.
A solidão tem destas coisas: muita gente à nossa volta, mas a olhar para o outro lado. Só pensamos em julgar os outros, quando descobrimos que também somos responsáveis pelo crime, por omissão persistente.
(foto – Lusa)
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Animais de Carga
Não sou defensor do programa Novas Oportunidades, devido à intenção prioritária para o qual tal programa foi projetado: dar habilitações – e não competências – de qualquer modo e aqualquer preço!
No entanto, pela política estritamente economicista deste Governo e pela visão alienada deste Ministro da realidade educativa e social do país, acho que vamos de mal a pior, seguindo de uma forma dramática e suicida, um caminho com uma forte componente tecnocrática anti cultura e redutora por simplificação da memória de um povo, tão castigado pela sua asfixia financeira, como pela eliminação dos seus tempos livres de descanso, lazer e protesto.
Ministro critica Novas Oportunidades
Pensamento Profundo:
O ministro da Educação e Ciência Nuno Crato afirmou esta terça-feira que quem frequentou o programa Novas Oportunidades teve uma melhoria de qualificação de emprego e salário "muito limitada".
Conclusão Não Menos Profunda:
Educação = Emprego + Salário
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Às Ordens de Passos Coelho
"Medo e fome" entre os emigrantes portugueses em Londres
Igreja procura acompanhar os casos dramáticos
Passam fome, procuram restos de comida, pedem ajuda à polícia e à Igreja, dormem nos autocarros e nos albergues dos sem-abrigo. É o retrato da nova vaga da emigração portuguesa em Londres, onde o aluguer de um quarto chega a custar 500 euros por mês e um simples café 1,40 euros.
Numa cidade onde já vivem perto de 200 mil portugueses, a nova vaga de emigrantes enfrenta muitas vezes grandes dificuldades. Em declarações à Renascença, o padre Pedro Rodrigues, responsável da missão católica portuguesa de Londres, precisa o que se está a passar. "Olham para eles com algum receio, porque vêm tirar os empregos dos que cá estão. Preocupam-se porque não sabem como hão-de responder a isto. Há medo.”
Os novos emigrantes têm pela frente dias difíceis. “Sentem-se enganados quando chegam a esta terra sem uma resposta a nível de alojamento e a nível de emprego”, conta o padre. “Vêm simplesmente à nora. Há uns que vêm bater à porta da polícia, às casas de albergue dos sem-abrigo e depois bater à porta das igrejas. É a hipótese que tem. É tudo para a refeição.”
“Por aquilo que nós ouvimos dizer”, continua o padre Pedro Rodrigues, “há pessoas que se aproveitam do calor que os autocarros aqui têm para pelo menos estar durante algum tempo". "Os novos emigrantes já disseram que iam rapar os pratos que encontravam pelo sítio onde passavam."
“Há fome, sim, as pessoas que vêm com 20 euros para uma cidade que é tão cara é normal que se privem e que vão para um copo de leite, que dá mais energia."
“Já são os novos escravos”
No caso dos novos emigrantes, o padre Pedro Rodrigues não tem dúvidas: a viver nestas condições, é possível falar em “escravatura”. A Igreja procura acompanhar os casos dramáticos.
O padre Pedro Rodrigues explica que se paga cerca de 500 euros, "no mínimo, por um quarto mísero, pequeno, sem casa de banho particular”. “Se vierem mais [emigrantes], é insustentável. Tem de se pensar sempre quase que no dobro. A média geral de um café custa 60,70,80 cêntimos, aqui custa o equivalente a 1,20, 1,40 euros. Se formos a um restaurante, aí temos uma refeição pelos 12 a 17 euros.”
“Se quiserem viver como animais, é capaz de dar. Se é para dizer ‘quero uma vida digna, não quero ser escravo’, é difícil de vir agora e encontrar um emprego de jeito. Já são os novos escravos, não é, ‘podem vir a ser’ – são os novos escravos”, conclui o padre Pedro Rodrigues.
(Notícia – 06.03.2012 – Domingos Pinto – Rádio Renascença)
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Tretas - com Fendas, Coiotes e Nómadas
Fendas
Antártida – Glaciar de Pine Island
Aspeto de uma fenda larga e profunda no gelo de um glaciar situado na região da Antártida, com vários quilómetros de extensão. Esta tendência de aparecimento progressivo de diversas fendas no gelo tem preocupado muitos cientistas, devido às consequências provocadas pelo degelo polar.
Coiotes
EUA – Parque Nacional – Coiote
Enquanto antigamente os lobos e os coiotes tinham dimensões muito semelhantes, hoje em dia os coiotes estão mais pequenos. Explicações: desaparecimento das presas e de outros predadores adversários.
Nómadas
Galáxias – Planetas Nómadas
Já sabíamos da existência na Terra de comunidades nómadas e sedentárias. E pelos vistos o que se passa em diversos planos da realidade do nosso Universo, reflete-se muitas vezes em situações que apesar de parecerem representar realidades diferentes, representam no fundo o mesmo mundo e espaço onde tudo e todos vivemos: assim não é de espantar que existam planetas nómadas que tenham sido expulsos das galáxias onde nasceram e foram criados e viajem agora errantemente, por outros espaços que abertamente os receberam.
(imagens – earthsky.org e nationalgeographic.com)
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TROIKA
Conversas Zoológicas sobre o Cavalo de Troika
Interrogações existenciais de Primatas como nós
Portugal testando de novo e em desespero de causa a velha teoria económica do FMI que diz que a solução para esta situação dita temporária e parcialmente exógena” está no empobrecimento dos pobres, disponíveis e excedentários” – com propostas como estas:
- Investimento nulo nas pequenas e médias empresas maioritárias e em grandes dificuldades económicas para obterem o seu acesso ao crédito, pela opção do governo no direcionamento do dinheiro emprestado, na manutenção da solvência das grandes instituições bancárias e respetivos investimentos privados;
- Destruição da lei laboral por imposição ilegal e antidemocrática das posições de apenas uma das partes, representantes delegados dos interesses dos nossos credores estrangeiros e com a única preocupação da efetiva garantia de retorno do seu dinheiro investido, ainda por cima premiadas com um bónus acrescido – com a impossibilidade de cumprimento de prazos, devido ao pagamento de juros elevadíssimos – de poderem manipular à sua vontade um estado, retirando-lhe a sua soberania e transformando-o apenas num espaço descaracterizado, num novo tipo de “poço de petróleo” – a asiatização da noção de trabalho, por imposição indireta de novas potências mundiais, como a Índia e a China;
- Complementarmente a destruição do Estado e da sua independência económica, através do aniquilamento da classe média e de todas as suas estruturas de solidariedade social e de apoio aos seus cidadãos, obrigatoriedade indiscutível de qualquer grupo, que se queira manter agregado e protegido;
- E como não poderia deixar de acontecer com um governo composto por representantes/delegados estrangeiros surge inevitavelmente o rebaixamento de um povo, imposto pelas restrições brutais de acesso aos cuidados de saúde, à justiça e até à educação. Uma cultura de medo que com persistência ativa e constante da sua presença, condiciona a própria memória, por banalização no tempo dos termos utilizados persistentemente, mas sem conteúdo e por inexistência ainda de factos que o comprovem: daí ficarmos baralhados e optarmos por uma apatia aparentemente securitária.
“Carro conduzido por três cavalos, alinhados lado a lado”
O NOVO GOVERNO DE PORTUGAL
Doutores/avaliadores aprovam nova ajuda a Portugal
AS BELAS E ADORMECIDAS
Nota positiva para os estagiários, mas sem explicações para os seus tutores
A SIMPLES ILUSÃO
Famílias aceitam e exigem emissão de diploma
A COMPLICADA REALIDADE
Restante população expectante pela concretização do milagre