Os Caminhos da Europa e Os Caminhos da China
Nasci no século passado e vivi o deslumbramento económico desse tempo de desenvolvimento alucinante, grandes expectativas e sonhos possíveis de se concretizar. Todos queriam colaborar ativamente na concretização dessa realidade partilhada, recorrendo à sua imaginação criativa e à sua força de trabalho, ao contrário do que se passa nos dias de hoje, em que qualquer individuo apenas pretende como único objetivo a atingir, um emprego garantido e uma vida estabilizada. E as consequências disso, refletem-se na explosão megalómana dos serviços e na sua crescente parasitação do sistema produtivo – como é o caso da burocratização e da corrupção – o que tem vindo a levar progressivamente no continente europeu, à destruição e deslocalização dos polos industriais, das pescas e da agricultura, entre outros. E os impactos indiretos na saúde, na educação e na justiça?
A China faz-me lembrar a Europa noutros tempos áureos, ainda tão próximos. Mas porque será que a Europa abandou esse caminho? E será que irá acontecer o mesmo à China?
Juventude
Exploração mineira
Atividade industrial
Diversidade económica
Na Europa vivemos hoje uma crise económica e de valores terrível, com uma forte possibilidade de alastrar como um vírus letal a toda a UE e levar ao colapso a curto prazo da própria Alemanha. E mesmo assim aqueles que patrioticamente se ofereceram mais uma vez para nos salvar, são os mesmos que tem freneticamente esburacado o barco económico e financeiro europeu, na ânsia de investirem fortemente em paraísos fiscais e sonhando viver com os seus rendimentos num território europeu pobre, escravizado e caído subserviente e inanimado a seus pés. Mas então, quem é que tratará deles depois? Os novos olhos em bico, provavelmente.
(imagens – nationalgeographic.com)