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O Sexo (Político) dos Portugueses

Segunda-feira, 24.09.12

“Falam muito, mas fazem pouco”

“Não praticam muito nem são muito criativos. Mas estão satisfeitos”

(Expresso)

 

 

O Português gosta muito da posição de Missionário

                                                      

As mulheres estão cansadas com a vida que este mundo renovado lhes proporcionou, equiparando-as aos homens nos seus direitos e deveres através de leis ou intenções muito amáveis e bonitas, escritas em papel timbrado ou facilmente detetáveis nos odores perfumados da atmosfera. Substituindo o homem nas suas funções tradicionais de gestão da sociedade a mulher deixa de necessitar dele, acabando por o dispensar de certas atividades de chefia e de orientação anteriormente exclusivas do homem, não só por a mulher preferir tradicionalmente – e como é natural – a presença de um elemento do mesmo sexo – dado apresentar mais traços físicos e mentais comuns – como pelo cansaço inicial provocado pela sobrecarga de tarefas a que ela não estava habituada anteriormente e que agora lhe vai progressivamente eliminando os tempos livres alternativos. E sem força e vontade não há sexo, apenas uma relação cordial e temporária entre dois seres vivendo em proximidade, que até podem ser do mesmo sexo, mas não necessitando no entanto de um contacto sensitivo e profundo entre ambos, quando é apenas necessário comunicar abertamente para poder continuar a vender o produto, responsável pelo seu salário e pelo seu tranquilo quotidiano.

 

A opinião da Boneca sobre o Sexo dos Portugueses

 

Deste modo é fácil de explicar a plena utilização que o homem pode dar à Boneca, da mesma forma que a mulher o ignora face às responsabilidades agora assumidas para com a sociedade, optando pelo trabalho e pela sua profissão previamente escolhida e pondo o homem e a sua família masculina em segundo plano de preferências e qualidade de vida. A Boneca acha que o homem reconhece nela um parceiro dócil e carinhoso, uma fonte substituta e de qualidade fornecedora de calor e de prazer sensitivo e interativo, que solidariamente para com o seu companheiro, nada exige como pagamento ou contribuição e que em qualquer altura ou condição, se encontra disponível e pronta a ser partilhada sem critérios de utilização padronizados, subjetivos ou racionais, por vezes mesmo empresariais. Os encontros são diversificados no espaço e no tempo, as relações físicas não sofrem nem colidem com momentos menos felizes na vida do seu companheiro, a ausência mesmo que prolongada não afeta a relação e mesmo o desgaste provocado na Boneca pela passagem do tempo não é problema, pois existirão sempre mais Bonecas prontas a entrar ao serviço sem que as outras se importem com isso, iniciando estas últimas uma nova etapa nas suas vidas – de recauchutagem ou reciclagem. No ar a voar, em terra e na cama e na água a boiar, a Boneca Insuflável é sem dúvida um artefacto que com o desenvolvimento acelerado das novas tecnologias e da robótica, lançará futuramente o homem na criação do Movimento de Emancipação Masculino. E mesmo para o pobre e comum cidadão-homem, a Boneca tradicional poderá continuar eficazmente a ser utilizada, aqui e ali com alguns remendos e retoques, mas sempre com a capacidade de provocar prazer e ejaculação a qualquer homem-livre que se respeite.

 

Mandamentos do Sexo – Fornicar, Inventar e Nunca Parar

 

De resto a Boneca acha que todos falamos demais porque nada fazermos que se veja e que, sejam homens ou mulheres, infelizmente nenhum deles se respeita nem a si próprio como o fazem os animais e os vegetais vivendo juntos na natureza: deviam fornicar mais, inventar novas situações e posições e nunca ficarem satisfeitos – assim estaria para sempre garantida a difusão do prazer através de uma utilização intensiva do sexo, ao mesmo tempo que se garantiria a continuidade das Bonecas.

 

(imagens – Google.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:53