ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Lobotomia Sem Um Pingo De Vergonha
I
“Cavaco vai dar luz verde ao Orçamento do Estado”
(apesar de o enviar de seguida para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva)
Expresso
Os criadores de monstros têm consciência do que estão a fazer, não só porque os criaram, mas também porque viram os tentáculos do seu querido monstro a crescerem sem controlo, secando tudo à sua volta. E todos nós já sabemos, que “quem cala consente” e no fim até negoceia!
O incómodo de Cavaco Silva face à (sua) vergonha de haver fome em Portugal – sentimento verdadeiro ou álibi?
Luísa Trindade vive com 224 euros por mês e sobrevive à custa do filho; Cavaco Silva vive com mais de 10.000 euros por mês e receia não ter dinheiro suficiente para as suas despesas.
II
Golpe de Estado?
E porque não? Imitando Molina e após promulgação do orçamento de estado, milícias governamentais ocupam o Tribunal Constitucional
A reincidência consciente em procedimentos e atuações passadas, que se sabia por antecipação e logo da primeira vez serem inconstitucionais – mesmo assim promulgando as inconstitucionalidades por antecipação e proteção – não poderá ser equiparado a um acontecimento, tipo Golpe de Estado? O que se passa é que uma grande corporação de interesses está a esquecer deliberadamente todo o povo português, perdendo progressivamente a noção de decência e do limite da indecência.
III
O Exemplo do Sr. Silva
Depois da fase branca dos descobrimentos e da ocupação colonial, Portugal atravessa agora uma fase preta, abrindo-se todo ao Brasil e a Angola e jurando-lhes obediência e fidelidade como fonte de inspiração e dinheiro
O Sr. Silva – pequeno empresário falido da nossa terra e considerado pouco idôneo nas suas negociatas – decidiu abrir um negócio ilegal, contratando para o efeito um influente advogado da praça e comprando dezenas de pareceres favoráveis, de modo a poder interpretar a lei a seu favor e assim poder enriquecer legalmente.
Como qualquer outro tipo de patrão chico-esperto português e demonstrando capacidades empresariais nunca pensadas, montou um simples esquema de atuação:
- Inicialmente pediu a cada um dos seus mil sócios/empregados que doassem individualmente 1000 euros para a constituição duma empresa em seu nome e onde iriam futuramente trabalhar, encaixando desse modo um total de 1.000.000 euros. Mas o que fazer para ficar com o dinheiro todo, aproveitando ainda e se possível para fugir aos impostos?
- Seguidamente constituiu em seu nome uma empresa de comunicação social, alugando o espaço para divulgação do seu negócio e dos seus sócios-empregados, pela módica quantia de 1.000.000 de euros. Deste modo assegurou ser o único destinatário desse milhão, podendo ainda beneficiar futuramente – com uma possível passagem a Fundação – de esquemas legais de fuga aos impostos.
Por precaução e responsabilidade e como bom e atento pai de família, o Sr. Silva diversificou o seu património, distribuindo-o equilibradamente por vários familiares e outras pessoas de confiança e assim contribuindo para o lançamento das sementes para o nascimento de um novo banco e para o crescimento de investimentos semelhantes.
(imagens Google)