ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Planeta Terra
Um Grão Na Engrenagem?
Apollo 8 – 1968
A nossa espécie vive num Mundo Único e Utópico, que de tão perfeito e exclusivo nas suas mais ínfimas e profundas características – assemelhando-se em tudo a um Organismo Vivo – até parece ter sido criado apenas para nos servir e satisfazer. Como se o Universo se replicasse, neste espaço de matéria e energia em constante movimento e transformação, em todas as múltiplas dimensões que o definem – sequenciais ou paralelas – do infinitamente pequeno ao infinitamente grande.
No entanto e apesar de tudo o que este mundo e a sua natureza puseram graciosamente à nossa disposição e de toda a evolução registada na nossa espécie ao longo dos últimos milhares de anos, graças a esta dádiva caoticamente bela, eterna e divina, ainda pomos em causa a nossa própria sobrevivência como seres ditos racionais, destruindo-nos e ao planeta que habitamos em nome de conceitos que nem mesmo as espécies irracionais que nos rodeiam algumas vez se atreveriam a seguir. Muitas delas já na poltrona a assistir ao nosso genocídio, assumido e colectivo. Será então a Terra um grão na Grande Engrenagem?
Ou A Mãe De Todas As Terras?
Bigelow Aerospace
E com a demissão do Estado e a fuga de toda a sua elite de acólitos e traidores – após a destruição sistemática dos princípios básicos de qualquer organização social como o são o direito à saúde, à educação, ao trabalho e à solidariedade – eis que surgem agora os Privados a tomarem a iniciativa económica, com os seus milhões acumulados ao longo de anos e anos de exploração e especulação, a serem aplicados em projectos extraterrestres. A Terra começa assim a apresentar-se como um mercado com escassez crescente de matérias-primas fundamentais e incapaz de produção futura de mais-valias assinaláveis, pondo-se em alternativa o início de investimentos noutros mundos através da sua progressiva colonização.
O surgimento de diversas iniciativas privadas envolvendo a exploração do espaço situado à volta do nosso planeta Terra – desde as simples viagens turísticas espaciais orbitando o nosso planeta, até à exploração de corpos celestes nas nossas proximidades – poderá ser o primeiro passo por parte do Homem na senda de novas aventuras e descobertas históricas e no povoamento e colonização por parte da humanidade de áreas muito mais vastas e misteriosas, do que aquelas desde sempre por nós sonhadas e pelos nossos antepassados imaginadas. Transformando a nossa Terra-Mãe, na Mãe de todas as terras.
(imagens – space.com)
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O Suicídio Assistido de Wolfgang Schäuble
Astrólogos – Nunca nos avisaram da chegada do Anticristo
O Teórico – Antecedentes
Schäuble acabava o seu primeiro ano de vida quando terminou a II Guerra Mundial. Pertenceu à primeira geração que viveu após a derrota e o colapso da Alemanha, tendo passado toda a sua juventude no período de reconstrução que se lhe seguiu, sentindo directamente na pele como todos os outros alemães os efeitos da assistência dos vencedores da guerra e da aplicação de um plano duro de recuperação, destinado prioritariamente a recuperar economicamente este país central e estratégico da Europa dos escombros da guerra, relançando-o de novo e às suas empresas colaboracionistas no renascido mercado mundial.
Schäuble chegou verdadeiramente ao poder no tempo de Helmuth Kohl, sendo nomeado chefe de gabinete do chanceler e posteriormente líder parlamentar da CDU, ministro do Interior e até líder do partido. Apesar de se ter tornado num dos mais experientes e promissores políticos da direita alemã, acaba por ser vítima de um atentado ainda mal esclarecido – levado a cabo por um “drogado esquizofrénico” – quando saía de uma reunião com colegas do seu partido. Apesar de se ter temido inicialmente pela sua vida, acaba por recuperar parcialmente, estando hoje em dia preso a uma cadeira de rodas. O problema para ele e para a concretização das suas ambições esteve na mulher que o próprio Schäuble escolhera para secretária-geral do seu partido, que à primeira oportunidade e aproveitando um escândalo financeiro que envolveu a CDU e o seu líder, através dum golpe palaciano, tomou de assalto o partido em 1998 acabando como todos nós sabemos por chegar a chanceler, fazendo assim esfumar-se o grande sonho de Schäuble.
Mais tarde Angela Merkel chama-o para a pasta das Finanças – anteriormente vetara a sua candidatura à Presidência alemã – reconhecendo a importância de ter ao seu lado um Ministro duro e impiedoso para com aqueles países que não gostando de trabalhar só pensavam em viver com o dinheiro dos outros: um ministro que acreditava e ainda acredita que austeridade e desenvolvimento podem levar à recuperação económica de uma Europa assaltada e falida a partir do seu interior pelos seus políticos e interlocutores, contrariando tudo o que se está a passar no resto do mundo, com os mercados a serem inundados por dinheiro fresco de modo a incentivarem o consumo, isto apesar de apresentarem como os EUA dívidas consideradas brutais.
Relembre-se que a acção de Schäuble está na base do lançamento da Grécia para o abismo económico e social, com ameaças constantes de expulsão do país da CEE; e logo a Grécia uma das maiores vítimas da acção criminosa da Alemanha durante a II Guerra Mundial e que como todos sabemos foi um dos países que colaborou no perdão da dívida da Alemanha, da qual era credora de muitos milhões. É Schäuble o luterano e arquitecto da reunificação alemã que afirma: “Devem muito dinheiro? Não podem pagar? Então cortem despesa, reduzam os salários, sofram – a absolvição virá depois!”
Mesmo com o aparecimento de um novo caso – o de Chipre – e como se fossemos uns malandros diferenciados dos outros, ainda temos um ministro grande seguidor e admirador deste indivíduo – individuo que pensando apenas na Alemanha, se esquece que à sua volta se encontra o resto do mundo. Então qual será o verdadeiro papel do nosso Ministro “Gaspacho”?
A Morte do Euro – Saia Cara ou saia Coroa a Europa está condenada
A Teoria – Aplicação
O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, respondeu aos EUA dizendo que não haverá mexidas no BCE e que a austeridade e o crescimento se fazem ao mesmo tempo. Já Bruxelas, num documento preparatório para o Eurogrupo de hoje em Dublin, negou qualquer alívio nas restrições orçamentais e pediu mesmo medidas extras de austeridade a França, Itália e Espanha e a sete outros estados-membro.
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De facto, o BCE é o único banco central das economias desenvolvidas que não usou a injecção directa de dinheiro na economia como forma de travar a recessão. Frankfurt injectou um bilião de euros na banca, mas as verbas foram sobretudo usadas para recapitalização das instituições financeiras e não para dar crédito à economia, como é necessário.
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Por seu lado, os EUA (país em que os estados federados se ajudam entre si) já asseguraram que vão dar dinheiro sem limite até a taxa de desemprego descer abaixo de 6,5% – está hoje nos 8%. Já o Japão quis ir mais longe e anunciou esta semana a maior intervenção do seu banco central de sempre – injectar 54 mil milhões de euros por mês na economia, durante dois anos, num total de um bilião de euros.
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A realidade é que a Europa está a perder terreno face aos seus principais concorrentes directos. A Zona Euro terá em 2013 o segundo ano consecutivo de recessão – inédito na sua história – com mais de metade dos estados-membro estagnados ou em contracção. O desemprego está num máximo histórico (12%) e existe o risco de a região fechar o ano com seis dos seus 17 países resgatados (Se a Eslovénia cair). Enquanto isso, EUA, Japão e até o Reino Unido vão continuar a crescer em 2013 e 2014.
(imagens: retiradas da web – 2.º texto: retirado do jornal Sol)