ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Nem Todos Foram Traidores
Nome de Código 25041974
O 25 de Abril pode estar moribundo, mas como qualquer animal vivo e consciente, felizmente ainda se mexe: é que não se consegue simplesmente matar um povo paralisando-o num sedentarismo de miséria, desde que como contrapartida e como equilíbrio social, ele defenda a sua memória e a sua cultura. A vida é uma viagem individual entre pontos sobrepostos num espaço multidimensional, estabelecendo a ligação entre duas comunidades que se completam no tempo tornando-se imortais.
Desenhos da prisão – Álvaro Cunhal
Somos nómadas como a natureza e com ela evoluímos possuindo a sua matéria e a sua energia, transformando constantemente e em partilha o espaço que nos rodeia e defende e integrando-nos como grãos de areia no Universo Colectivo. Sem esses grãos de areia o mecanismo seria perfeito, impedindo-nos de o transformar e de iniciar a procura da maravilhosa imperfeição.
Hoje são os traidores que festejam o 25 de Abril de 1974 nas instituições que o mesmo povo conquistou com a sua vida, pensando que deste modo se podem continuar a esconder das suas vítimas, através dum discurso miserável, putrefacto e vampírico repetido incessantemente, mas impossível de ser reflectido no espelho.
(imagem – retirada da Web)
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O Monstro Criador Do Monstro E Que Não Usa Espelho
Com o Rei a chamar os seus mais próximos e fiéis Vassalos para o interior e segurança do seu Castelo, o que irão fazer agora para sobreviverem, a Plebe e os restantes vassalos despromovidos, abandonados como o foram à sua sorte e sem qualquer tipo de direitos no exterior das muralhas protectoras do castelo?
“Em 25 de Abril de 2013 a Sua e a Nossa Miséria ainda não o convenceram”
Só um povo lobotomizado se poderia esquecer da miséria e empobrecimento a que os seus políticos os conduziram.
Como acho que eles ainda não atingiram com a sua plebe esse nível supremo de submissão e indiferença, será sempre muito difícil para nós esquecermos a cara dos nossos carrascos.
Ainda por cima quando este grupo vive e nos olha com desprezo do alto do seu paraíso, rodeado a uma distância segura do Purgatório e dos seus fiéis mercenários, enquanto nos olha cinicamente a ardermos no Inferno por eles criado.
E com alguém ao leme a conduzir-nos deliberadamente para o abismo, como demiti-lo se for Presidente?
O Retrato do Inferno e da total falta de Vergonha
Esta imagem concentra num só indivíduo tudo o que de pior surgiu após a queda do Estado Novo no – para nós parecendo já tão distante – dia da Revolução.
Um Presidente que toma pela primeira vez na história de Portugal após o 25 de Abril de 1974 partido por uma das facções políticas, ignorando com a sua posição demagógica e insultuosa todos os que nele não votaram e desprezando de uma forma ignóbil e descarada todo o eleitorado que nele votou e confiou e que o governo esquizofrénico actual enganou e esqueceu.
Com um governo irresponsável, incompetente e criminoso como este, destacando-se pelo desrespeito por tudo e por todos – incluindo o seu programa e os seus militantes – revela-se agora diante de nós e de uma forma clara e prepotente o enviado do Inferno, como um enorme rochedo protegendo os seus filhos e afilhados e ameaçando esmagar como potenciais inimigos, todos os outros à sua volta.
Provavelmente Humberto Delgado diria: “Obviamente Demito-o”!
Mas o que ele merecia – como todos os que tem comido da mesma panela – era ser demitido e julgado!
(imagem: Assembleia da República/Comemorações do 25 Abril/2013 – retirada da Web)
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E A Poesia Morreu!
25 de Abril de 1974
Portugal, 25 de Abril de 2013:
O povo caiu de novo na mão dos seus algozes, mas agora com o país à beira dum abismo de morte. Mas onde está a justiça libertadora, uma das principais exigências de Abril?
(imagens – Centro de Documentação 25 Abril)