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Mundos Proibidos

Sexta-feira, 14.06.13

Se não fosse o dinheiro, ninguém se mexia!

(constatação de extinção)


Crucificação

 

“Os Alienígenas serão certamente os nossos Salvadores. Só não compreendo do que é que estão à espera: é que já nem formatando o disco ou fazendo reset, esta simulação nos levará a algum lado. Mas continuo a acreditar sempre, pelo menos até ao momento do meu fim do mundo”

 

Se vivemos num Universo Infinito avesso a regras delimitadoras e doentias que apenas tentam impedir – na nossa cabeça – o Movimento Perpétuo do Cosmos em direcção ao Caos Organizado, como é que nós nos conseguimos ainda sujeitar durante gerações e gerações consecutivas – de grupos de indivíduos inteligentes e empreendedores – ao poder esquizofrénico e suicida de deficientes mentais empunhando cartazes publicitários, tendo como única actividade conhecida e reprodutiva, a nobre função de coleccionadores de moedas e de angariadores de mercadorias.


Apollo 17

 

Lembram-se ainda da Lua, o único satélite natural da Terra? Do tempo perdido em frente a uma televisão a preto-e-branco, a ver durante toda a noite e madrugada os primeiros passos de um ser humano num outro mundo, ainda não controlado pelos nossos líderes espirituais (ainda de dedo no gatilho) e posteriormente abandonado pelas nossas maiores entidades pensantes, sem qualquer tipo de explicação científica?

A “paisagem” apresentada teve sempre interpretações que por degradantes e insultuosas tiveram sempre um público fiel, miserável e cruel: desde a versão de que a conquista da Lua estaria associada a um plano mais vasto de promoção da industria cinematográfica norte-americana e dos seus estúdios reconhecidamente revolucionários e retratadores fidedignos da realidade, até às teorias conspirativas e neste caso cerceadoras da realidade – o que é considerado falso, não é real – de que a Lua seria controlada por psicopatas alienígenas de carácter extremamente violento e de comportamento irracional, extremamente preocupados com a sua privacidade e com a protecção dos seus investimentos.

E nesse aspecto os grupos de interesse promotores do retorno às origens e ao capitalismo selvagem (primitivo), continuam a mostrar-se respeitadores de quem ainda os pode ameaçar e esmagar por sobreposição, abandonando mercados preferenciais pelo menos provisoriamente.


Mistérios

 

A Lua sempre esteve perto de nós, pelo menos desde o dia em que aqui chegou e se tornou no nosso mais próximo vizinho, sendo posteriormente e logicamente incluída na gestão deste condomínio e imediatamente condenada por falta de ocupação desse espaço. Ela foi sempre um dos sítios em que qualquer um de nós gostaria de ser encontrado a usufrui-la, um mundo de mistérios irresolúveis mas provavelmente repleto de oportunidades imensas, pejado aqui e acolá por dezenas de cidades habitadas por milhões de “lunáticos” ligados entre si através de uma rede subterrânea protectora (contra os impactos de meteoritos), deveras semelhante aos canais de Marte – muito parecidos na sua essência e estrutura às nossas modernas redes de metro – e sempre prontos (na nossa ingenuidade) a serem descobertos, colonizados e associados. Sendo no fundo o satélite natural da Terra (ou será artificial?) a nossa primeira e santa mulher, para todo o sempre impossível de esquecer por amor, partilha e auto-retrato, mas sempre possível de esquecer e substituir, através da utilização dum mero memorando de entendimento alimentar, sexual e contabilístico: antigamente era o homem que mandava a mulher amada para o asilo ou hospício, tendo hoje em dia (o homem) atingido um patamar supremo de poder e de fidelidade, colocando coercivamente e subliminarmente a mulher (com a sua total autorização) por oferta de igualdade e de paridade mercantil – e se for preciso, até utilizando calças unisexo – com o poder divino (profano e macabro para as outras mulheres) de retirar às ainda poucas mães assumidas, os filhos que pariram com tanto sofrimento e que agarraram como seus com tanto amor, só por não apresentarem dentro do prazo legal e segundo os critérios oficiais exigidos, o documento comprovativo de paternidade.


Supernova

 

Um mundo por nós visionado em tamanho grande ou pequeno e parecendo apresentar uma fronteira entre o seu espaço interior e exterior através da sua limitação através de uma fina película separadora, é um mero erro de paralaxe cerebral proporcionado pelos nossos órgãos dos sentidos, actuando conjuntamente e em simultâneo – de uma forma irreal, solitária, protectora e eliminadora de cenários não conformes – com o nosso pensamento manipulado e não explorado e seguindo as normas adoptadas e ditas de sobrevivência, mas cientificamente ultrapassadas e restritivas. O que vemos ao microscópio ou ao telescópio é apenas a confirmação de que não somos o centro do Universo, continuando este a replicar-se em cenários diferentes, paralelos e sequenciais, para lá de nós e para dentro de nós.

 

O microscópio foi um dos primeiros instrumentos a expor diante dos nossos olhos a existência de outros mundos invisíveis para os nossos órgãos dos sentidos – neste caso a visão – espaços até aí desconhecidos e misteriosos para a generalidade dos humanos, mas que no entanto influenciaram e influenciam ainda determinantemente, a vida do nosso dia a dia e toda a evolução envolvendo a totalidade dos seres vivos existentes sobre a superfície do nosso planeta. Sob o poder ampliador de um simples instrumento óptico construído a partir de simples matérias-primas existentes em muitos locais da Natureza, objecto artificial esse capaz de nos oferecer outras perspectivas de utilização num outro nível de apreensão cognitiva – intervindo aqui como seleccionador intermédio de realidades – muitos outros mundos até agora passando desapercebidos ou dados como inexistentes, se juntaram ao nosso, completando-o por inerência e ocupação simultânea do mesmo espaço, até por representarem o mesmo conjunto mas com parâmetros de avaliação humana diferentes.

 

Poderia estar neste momento a observar uma célula ao microscópio (o infinitamente pequeno), mas na realidade estou a observar uma galáxia ao telescópio (infinitamente grande). Mas haverá no fundo alguma diferença entre a estrutura e a presença espacial destes dois “seres vivos”, apenas pela sua diferenciação dimensional? Isso seria mais uma idiotice sem qualquer tipo de racionalidade ou correspondência factual, num mundo constituído por reuniões e intersecções de mundos sequenciais e paralelos, significando no seu todo uma sucessão interminável de Universos Vivos (sem origem e sem fim, apenas com transformação) e ligados entre si por canais de comunicação e de transporte, de matéria e de energia em movimento (a vida).


Lua

 

De acordo com muitas das informações que me foram chegando ao longo dos últimos anos, oriundas das mais diversas fontes do barrocal algarvio, ligadas em maior ou menor grau a comunidades independentes e associadas a grupos pró-alienígenas locais, sempre existiu a certeza convicta de que muitos dos corpos celestes integrantes do nosso Sistema Solar, se não tivessem já sido habitados por outras espécies mais ou menos semelhante à nossa, pelo menos já teriam sido sujeitos a intervenções exteriores não solicitadas, que teriam deixado no mínimo indícios suspeitos da sua passagem. Estas análises iam sendo divulgadas e partilhadas em redes sociais fechadas ou em alternativa através da transmissão de comunicações por canais terrestres utilizando mensageiros especializados, de modo a assegurarem nos dois casos a privacidade dos seus utilizadores e a degradação com fins exclusivamente preferenciais e pessoais da informação então veiculada. No caso da Lua, muitas coisas já tinham sido ditas e muitas teorias conspirativas já tinham sido expostas, não esclarecendo no entanto e eficazmente, nenhum dos casos mais estranhos e mediáticos que tinham vindo a público desde o século passado. Aquilo de que todos mais falavam e que já vinha do início das várias missões Apollo em direcção ao nosso satélite natural, relacionava-se principalmente com o abandono não justificado da conquista e possível colonização da Lua, quando o entusiasmo de todos os seus colaboradores e apoiantes era ainda muito elevado e cientificamente reprodutivo e as viagens se tornavam cada vez de mais fácil concretização e execução, arriscando-se amanhã a poderem ser equiparadas a uma normalíssima viagem de avião. Por medo ou receio de algo que ainda hoje desconhecemos, nem podemos confirmar – pelo menos o comum dos homens – a NASA optou pelos voos orbitais, desperdiçando dinheiro e conhecimentos adquiridos nessas viagens interplanetárias, para se dedicar obrigatoriamente à limpeza da casa. O que aconteceu foi que muitos dos projectos pensados e já projectados foram simplesmente suspensos indefinidamente, contribuindo definitivamente – e como concretização de um esquema de conquista do poder mais vasta e englobante – para a perda do poder por parte do estado norte-americano e logicamente da NASA e a atribuição do privilégio nesse campo cientifico e tecnológico fundamental à iniciativa privada. Hoje são os ricos multimilionários os primeiros contingentes a entreter-se nas suas caçadas (seguras) à volta da Terra, enquanto ali e tão perto de nós – e misteriosa como desde sempre a conhecemos – jaz um enigmático astro, podendo evidentemente transportar no seu interior a confirmação até mesmo presencial da existência de outras espécies, sem conhecermos sequer as suas intenções e o resultado do contacto dos astronautas das diferentes missões Apollo, com os mesmos alienígenas. O que é certo é que o Homem não voltou a pisar a superfície da Lua e quem não mais volta ao mesmo lugar alguma razão deve ter.


        

Terra – antes e depois

 

Estas imagens podiam muito bem referir-se à zona da grande pedreira de Loulé – há centenas de anos atrás – num período anterior (e posterior) à reconquista final do Algarve, pelos estrangeiros vindos do norte e por outros indivíduos não identificados sobreviventes da travessia da dura e extensa planície alentejana: alucinados pela dor e pela perda de alguns valores até aí considerados inquestionáveis pela sociedade e pelos seus pares – o eleito seria sempre protegido pelos seus deuses, nas suas odisseias épicas – desgastados fisicamente até ao limite do suportável pela violência imparável e conjunta do calor e da sede e demonstrando além disso um avançado nível de senilidade precoce, desenvolvido anteriormente na vivência em sociedades rígidas e extremamente monótonas, a chegada repentina ao litoral algarvio e a estalada refrescante sentida em toda a sua epiderme ressequida e envelhecida, toldaram-lhe o raciocínio e levaram-no a associar as recordações nefastas do seu velho mundo (um dos motivos inconscientes que o levou à fuga) – a muralha imobiliária – à beleza encantadora dum mundo ainda virgem e desse modo tão fácil de ser enganado e contagiado – o espaço criado e aberto pela intersecção da praia e do mar. No entanto o passado não deixa de existir só porque vivemos no presente, sendo mesmo um dos mais importantes instrumentos de trabalho, para uma construção verificada das diversas hipótese – sempre executadas simultaneamente – de futuro. Daí a visão alternativa partilhada pelos representantes destes grupos colaborantes e pertencentes a redes alienígenas, sobre o estranho e súbito abandono da Lua por parte dos terrestres, afirmando terem conhecimento da existência – mesmo actualmente – de bases intermédias alienígenas no satélite da Terra, hoje em dia com o objectivo prioritário de controlo e manutenção dos sistemas de alerta locais, focados nas acções desenvolvidas pelos seres indígenas ao planeta nos espaços exteriores ao seu habitáculo natural.


Laika

 

Nesse sentido se desenvolve esta pequena história, vinda das memórias resistentes das primeiras viagens efectuadas já há muitos anos atrás pelos antepassados dos quase já extintos algarvios, a convite das primeiras entidades alienígenas que fixaram bases subterrâneas em diferentes pontos da península ibérica, para aí esconderem as suas bases e naves aquando da sua chegada a esta zona de estudo e desenvolvimento (neste último caso apenas se solicitado por locais), então abandonada e deserta neste canto esquecido do mundo:

O senhor Joaquim desenvolveu durante muitos anos uma sólida amizade com umas pessoas estrangeiras e um pouco esquisitas que um dia lhe surgiram no seu quintal vindos do lado de lá da montanha onde se situava a sua casa. De início pensara que fora um efeito da bebedeira de aguardente de medronhos que apanhara durante o fim da tarde do dia anterior, para acompanhar uns deliciosos e docinhos figos apanhados nessa manhã no seu quintal. Mas ao acordar no casebre onde colocara o seu famoso alambique, notara a presença de outras pessoas sentadas à sombra da alfarrobeira e que pelos gestos feitos na sua direcção, pareciam estar à sua espera para poderem falar com ele. Estavam todos muito divertidos a olhar para uma máquina para ele desconhecida, que o deixou repentinamente espantado e paralisado, quando para ele olhou e viu a sua figura: na noite anterior e já completamente do outro lado devido ao efeito dos vapores alcoólicos do medronho, tinha tropeçado no degrau que dava acesso à entrada do casebre e quase que caído desamparado e provavelmente afogado, se não fosse a rápida e desinteressada ajuda destes estrangeiros. Aí o senhor Joaquim também se riu e se entreteu a rir com eles, convidando-os de imediato para um churrasco de porco preto, pão, azeitonas e um bom vinho alentejano. Completamente esmagados pelo à vontade e boa vizinhança oferecida pelo terrestre, entusiasmados e fascinados pelo poderoso sabor dos alimentos oferecidos e lentamente saboreados até ao menor pormenor e acima de tudo levados para outros mundos de delícias e prazeres pelos efeitos selectivos do álcool, os estrangeiros não resistiram em oferecer ao seu novo e velho amigo, como reconhecimento de toda a sua amizade pura e espontânea, uma viagem na sua nave interplanetária a Marte e um fabuloso contrato de arrendamento das terras do senhor Joaquim por eles secretamente utilizada. E lá foi o velho senhor Joaquim acompanhado pela sua rafeira Tintina até ao outro lugar prometido, esperando do outro lado poder matar umas saudades antigas, beber uns copitos de vinho, falar com outro colegas e ainda ver umas garinas. Consigo levou um garrafão de vinho e um pão caseiro para a viagem. E até lhe ofereceram por amabilidade uma fotografia da sua rafeira Tintina. Entretanto em Lisboa a realeza lutava pela sua sobrevivência.


Marte

 

O sistema integrado de teleportagem foi accionado ainda nos arredores da habitação do senhor Joaquim, sendo o grupo engolido instantaneamente por uma luz intensa e aparentando uma textura gelatinosa ondulante, que os absorveu silenciosamente através de um portal circular bem contrastado e definido, tendo como ponto central de ligação entre parâmetros diferenciados, um buraco negro de comunicação entre espaços sequenciais previamente definidos. Foram ter ao interior de uma nave espacial de médio porte, já numa fase adiantada de aceleração antigravitacional pré-direccionada e equipada de motores fotónicos de última geração – reforçados por intensos campos magnéticos induzidos por sobreposição – de modo a rapidamente abandonarem a estratosfera e as zonas circundantes adjacentes à zona ocupada pela maioria dos satélites artificiais terrestres, lançando-se seguidamente no espaço exterior em direcção a Marte. Instalado confortavelmente numa das cadeiras da ponte de comando da nave – oferecida pelo comandante em sua honra e da rafeira – o algarvio do barrocal e a sua companheira de aventura, puderam usufruir de uma visão única e muito provavelmente em tudo semelhante, à viagem de avião por este nunca realizada mas desde a sua juventude imaginada. De início o céu apresentava-se enevoado e com pouca visibilidade, mas com o decorrer da viagem tudo escureceu e a única coisa que se avistava à distância no meio do negro do espaço, era um ponto extremamente brilhante e à volta o quase nada.

 

A expedição exploratória (e pedagógica) à superfície do planeta Marte, teve o seu início no compartimento de conversão biológico – dedicado à preparação e adaptação das diversas espécies ao meio ambiente marciano – e na estrutura independente de investigação, prospecção e execução, criada com o objectivo da simplificação dos métodos e técnicas de acesso da mão-de-obra geral e qualificada ao espaço exterior (originalmente hostil), sem qualquer tipo de limites impeditivos à sua livre circulação. Todos os presentes foram introduzidos numa sala de transição completamente selada, onde foram pulverizados com um composto líquido e viscoso ligeiramente adocicado, que acabou por se adaptar à totalidade da sua epiderme, unindo-se à mesma como se estivesse em presença de um único órgão e como que desaparecendo em seguida por absorção e concretização, num modelo seguro e de fácil locomoção. Quanto à rafeira o processo foi um pouco diferente, tendo os técnicos alienígenas utilizado uma técnica anterior mas do mesmo modo comprovadamente eficaz, que consistia na introdução no corpo do animal de nano partículas reconstrutivas e redefinidas, que seriam responsáveis por todo o processo de adaptação física desta espécie, às condições ambientais exteriores – e agressivas – que iria ter que suportar.

 

Pela estranheza e mistério que nela se incorporava, a paisagem que se abria diante dos olhos dos viajantes era simplesmente tocante por formidável. E no entanto fazia lembrar o planeta Terra. Como sempre uma pedra aleatoriamente escolhida acabava por se destacar no cenário geral, replicada em todas as direcções por outras pedras mais ou menos semelhantes e diferenciadas – conforme a influência dos factores externos sobre ela exercida – mas sempre sustentadas nessa replicação universal, numa impressão digital inicial repercutindo-se em velocidades do tempo bem distintas – a noção de velocidade (variável V) depende da dimensão do percurso (variáveis E, T) – estendendo-se sem fim e por infindáveis planos paralelos, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande. Numa junção evolutiva entre as forças do caos e as forças da organização.

 

E ainda puderam ver a pedra marciana caiada de branco, a derradeira amostra deixada nesse local por uma antiga equipa de construtores algarvios, em viagem de negócios a mundos exteriores desenvolvidos ou emergentes e que necessitassem para a concretização segura das suas infra-estruturas habitacionais e oficinais, de operários dedicados, especializados e sem qualquer tipo de questões a colocar. A pedra era bonita e fazia lembrar as casas caiadas do Algarve.

 

(imagens – retiradas da Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:52