ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Estado do Sol
Na mancha solar AR1967 cabia o planeta Júpiter – e ainda sobrava espaço.
Quanto à Terra, só numa das partes centrais caberia várias vezes.
Mancha solar AR1967 de frente para a Terra
AR1967 e AR1968 (mancha mais pequena) no dia 2 de Fevereiro
O Sol atravessa actualmente uma fase calma e de sentido descendente no seu ciclo solar. Quase sempre acompanhado das suas inseparáveis manchas solares, mais uma vez o nosso astro-rei nos presenteia com os seus raios luminosos e penetrantes, neste caso expondo-nos de frente e como os cornos de um touro, duas extensas e bem definidas regiões: as manchas solares AR1967 e AR1968. Estando as duas regiões já em plena actividade e directamente apontadas para a Terra, prevêem-se emissões dirigidas de CME provocando perturbações electromagnéticas na atmosfera terrestre (como as auroras boreais).
Tudo normal.
(dados e imagem – spaceweather.com)
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Descubra as Diferenças
Retrato Robot
Este retrato robot de um pretenso criminoso foi produzido por um perito norte-americano após descrição do suspeito. Apesar de ter sido considerado o pior retrato até agora criado e de ter sido insistentemente gozado na Web, o que é certo é este desenho levou à identificação e captura do suspeito.
(a partir de notícia CM)
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Erupção Vulcânica
Grande erupção vulcânica provoca mais de 14 mortos na Indonésia
(Janeiro 2014)
Fugindo do vulcão Sinabung
Enquanto o vulcão do monte Sinabung explode numa violenta erupção e emissão de materiais piroclásticos, uma aldeã foge em passo acelerado dum local situado nas suas proximidades, antes de ser atingida pela sua (do vulcão) poderosa onda de choque. A onda de choque provocado pela explosão, pode ter consequências dramáticas.
Corpo de uma das suas vítimas
Situado no norte da ilha indonésia de Sumatra – localizada no oceano Índico – o vulcão Sinabung já provocou diversas vitimas desde que entrou de novo em erupção, como é o caso da imagem anterior que retrata o corpo dum aldeão local vítima das cinzas vulcânicas transportadas a altas temperaturas pela nuvem piroclástica: morto por asfixia.
(imagens – nytimes.com)
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Pete Seeger (1919/2014)
“Little boxes on the hillside
Little boxes made of ticky tacky
Little boxes
Little boxes
Little boxes all the same”
(Pete Seeger)
Conheci melhor a sua música a partir da década de setenta – especialmente após o 25 de Abril de 1974 – já ele era há mais de uma dúzia de anos uma das faces de protesto nos Estados Unidos da América, contra a guerra e a favor dos direitos civis.
Associo a sua imagem aos tempos do combate final contra o situacionismo do Estado Novo, à luta dos emigrantes na Europa e à dos combatentes nas colónias e até hoje em dia e em pleno século XXI à nova fuga dos nossos filhos rumo ao desconhecido por condenação institucional ao exílio.
E á minha juventude cheia de esperança e de ilusões nos dias prometidos que aí vinham, em que ainda pensava que o Homem era a salvação e os homens um instrumento: esquecendo-me que no meio e fazendo prevalecer o poder do homem sobre o Homem existia o poder das massas, instrumentalizado por uma hierarquia psicótica oficialmente normalizada e duma forma contra-natura globalizada.
Uma vida inteira ao lado dos músicos e dos seus instrumentos, dos escravos e dos trabalhadores e de todos os outros explorados do mundo
Nascido em Nova Iorque há 94 anos (fazia 95 anos a 3 de Maio), Peter Seeger foi um dos principais e mais populares intérpretes e representantes da música folclórica norte-americana. Partiu no passado dia 27 de Janeiro.
Popularizado na década de sessenta pelo seu apoio ao Movimento dos Direitos Civis com a canção espiritual “We Shall Overcame”, manteve até ao fim da sua vida o apoio a todas as causas e lutas dos mais desfavorecidos, incluindo nesse grupo todos os trabalhadores e outros cidadãos também explorados. Como o fez ainda não há muito tempo com o seu apoio e participação na campanha “Occupy Wall Street”.
Não posso aqui deixar de mencionar um daqueles cidadãos anónimos (neste caso português e residindo na época nos Carvalhos/Vila Nova de Gaia) que me apresentou o músico e revolucionário norte-americano Peter Seeger: Arnaldo Mota. Jovem desertor do exército colonial português, cidadão com bilhete de identidade e vivendo sob as ordens de Américo Tomás e de Marcelo Caetano – Salazar caíra da cadeira – filho de famílias humildes e trabalhadoras fugido da guerra (para a Bélgica), finalmente regressado a Portugal por volta do 25 de Abril – talvez arrependido pouco depois: um dos muitos jovens que inicialmente Portugal desprezou, que de seguida ignorou e que depois esqueceu.
Pete Seeger e a luta pelos direitos humanos
(Jornal Sol – 01.02.2014)
Pete Seeger morreu aos 94 anos, em Nova Iorque, de causas naturais. Activista dos direitos cívicos, usou a música para expor os males da América e eternizou ‘We Shall Overcome’ como o hino da luta dos negros nos Estados Unidos. Na memória colectiva deixa a imagem de um dos mais relevantes impulsionadores da folk americana, determinante na ascensão de Bob Dylan.
Há dois anos, já nonagenário, Peter Seeger juntou o seu nome às manifestações Occupy Wall Street, em Nova Iorque, movimento de protesto contra a desigualdade económica e social mundial. Ao lado dos milhares de populares que ocuparam Zuccotti Park, o distrito financeiro de Manhattan, o músico folk soltou a voz para cantar ‘We Shall Overcome’ (’Venceremos’), tema que se tornou o hino dos movimentos cívicos afro-americanos nos anos 50 e 60. Este episódio em frente à bolsa de Nova Iorque, no final de 2011, é apenas mais um na história de um homem que fez da luta pelos direitos humanos uma batalha pessoal, mas revela bem como Peter Seeger viveu intensamente as suas convicções políticas.
Durante os seus 94 anos cantou contra a ditadura de Hitler, opôs-se à utilização da energia nuclear, foi incluído na lista negra do McCarthismo por ser assumidamente comunista, apoiou Martin Luther King, juntou-se aos protestos contra a guerra do Vietname, ao lado de ambientalistas denunciou o aquecimento global e, mais recentemente, criticou o poder económico. Tudo isto sempre com a música por perto. Para ‘Pete’ Seeger a folk e as suas obrigações cívicas eram inseparáveis e a música servia para denunciar os males do mundo e desencadear acções políticas. Era, por isso, como escreveu esta semana o Los Angeles Times, considerado por muitos “a consciência da América”.
(...)
(imagens – Web)
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De Cá e De Lá
Vulcão Sarychev
(de cá)
Tal como o que acontece com todos os seres vivos existentes à face da TERRA, também o próprio planeta como um organismo vivo tem por vezes necessidade de manter os seus equilíbrios internos e externos, manifestando-se assiduamente através da ocorrência aqui e ali dos mais diversos fenómenos naturais – como é o caso dos sismos e dos vulcões. Se no primeiro caso e com excepção dos efeitos sonoros provocados, certos sismos passam por vezes despercebidos, já o fenómeno vulcânico apresenta efeitos muito mais intensos e significativos, desde os efeitos sonoros provocados pelas fortes erupções até aos efeitos visuais provocados entre outros, pela lava saída do seu interior.
Sarychev visto do espaço
(ISS)
Neste caso trata-se do vulcão SARYCHEV localizado nas ilhas Kuril – um conjunto constituído por mais de cinquenta ilhas situadas a nordeste do JAPÃO – tendo esta imagem sido recolhida a 12.06.2009 a partir da Estação Espacial Internacional, na fase inicial de mais uma das suas erupções: como se pode ver o vulcão lançou para a atmosfera uma extensa pluma de cinzas e outros materiais piroclásticos de cor acastanhada – acompanhados ainda por uma corrente vertical de cor esbranquiçada – acabando todos estes materiais expulsos por atingir grandes altitudes e por encobrir parcialmente a luz vinda do Sol. A última grande erupção (também com produção de lava) registou-se em 1989.
Cometa Siding Spring
(de lá)
Ao contrário daqueles corpos celestes que nos acompanham visualmente durante toda a nossa curta vida – duma forma directa utilizando exclusivamente o nosso órgão da visão ou duma forma indirecta recorrendo a instrumentos ópticos – os COMETAS têm órbitas de tal forma excêntricas no espaço (e como tal extensas no tempo), que na esmagadora das vezes só os vemos bem lá ao longe e uma única vez na vida, a atravessarem o SISTEMA SOLAR a caminho do seu periélio. Vindos da cintura de Kuiper (ainda no interior do sistema) ou das mais escuras e profundas zonas do Universo exterior, estes viajantes misteriosos apresentam-se sempre perante a Humanidade rodeados duma auréola de medos e de incertezas – mas simultaneamente de encantos e de belezas – sentimentos talvez provocados por factos ocorridos no passado com outros astros seus semelhantes e em que estes poderão ter tido participação directa (provocando alterações climáticas temporárias – sismos, erupções, tempestades) ou indirecta (por associação aleatória de factos mesmo que estabelecida duma forma incorrecta – peste e outras doenças). Mas o seu lado encantador – por ser único e misterioso – com o seu núcleo, cabeleira e cauda estendendo-se por milhões e milhões de quilómetros deste espaço infinito, marcando duma forma ostensiva e poderosa a sua presença secular, acabam sempre por emergir e por nos colocar de novo na sua contínua demanda. Talvez como se fosse um dos muitos mensageiros de Deus viajando pelo mundo fora à procura do novo sujeito a fecundar e do próximo organismo vivo a conceber.
Siding Spring visto do espaço
(NEOWISE)
A partir do telescópio espacial NEOWISE (recentemente reactivado) a NASA oferece-nos esta imagem do (ainda) distante cometa C/2013 A1. Tendo um encontro marcado com o planeta MARTE por onde passará num voo rasante a 19 de Outubro deste ano, este cometa também conhecido como SIDING SRING encontrava-se no passado dia 16 de Janeiro a mais de 570 milhões de quilómetros do Sol. A aproximação deste corpo celeste ao planeta Marte irá decorrer durante as próximas oito semanas e meia e se por um lado o perigo duma provável colisão parece impossível de se concretizar, por outro lado o cometa poderá passar tão perto do planeta que este último corre o sério risco de ser envolvido por todo o material que segue, logo atrás do núcleo central do astro-viajante.
(imagens – space.com)
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A Bomba Atómica de Fukushima
“É muito provável que em Março de 2011 se tenha assistido a uma explosão nuclear (não declarada) em território japonês, 66 anos depois das explosões (ocorridas) em Hiroshima e Nagasaki”
No dia 12 de Março de 2011 e na sequência do tsunami que varreu toda a zona litoral à volta da cidade de Fukushima, registaram-se duas violentas explosões em dois dos reactores da central nuclear de Okuma. Foram as duas consideradas como explosões “convencionais” e como tal, não sendo o seu contributo tido como muito ameaçador para o panorama geral dos níveis de radioactividade registadas – para o qual o quadro já apontava duma forma bastante evidente e alarmante: a contaminação das águas do mar era feita duma forma maciça e ininterrupta, com as áreas atingidas a aumentarem e a disseminarem-se por todo o oceano Pacífico. Existem já notícias da chegada por via marítima dessa contaminação radioactiva às costas do continente americano, para já não falar de toda a zona envolvendo o Japão e da mais que provável e simultânea transmissão aérea.
Explosões de Fukushima (2011) e de Hiroshima (1945)
No entanto e após análise mais detalhada das imagens do acontecimento verificou-se que as explosões nos dois reactores não tinham apresentado as mesmas características de intensidade, de grandeza e mesmo visual: enquanto num dos reactores a explosão estava mais de acordo com o afirmado pelos observadores – mais baixa e espalhando-se horizontalmente com uma tonalidade cinzento-claro – no outro reactor essa explosão tinha libertado muito mais energia e como tal sido muito mais violenta – elevando-se verticalmente a uma altura superior a pelo menos cinco vezes a altura do edifício e apresentando uma cor cinzenta mais escura. Tal e qual o cogumelo de Hiroshima, aquando da explosão da uma das duas bombas atómicas lançadas sobre território japonês, durante o período final da II Guerra Mundial. Como se pode confirmar pela observação das imagens anteriores.
(imagens – Web)