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Caso Encerrado

Segunda-feira, 24.03.14

Boeing 777 despenhou-se no Índico e não há sobreviventes

 

“Decreta-se o despenhamento do avião e a não existência de sobreviventes”

(informação via – UK Air Accidents Investigation Branch)

 

Em quinze dias os produtores recriaram o guião do novo episódio final

 

A justificação apresentada baseia-se na análise de dados obtidos via satélite da trajectória seguida pelo avião das Linhas Aéreas da Malásia, cujo último sinal o colocava em pleno oceano Índico, nas proximidades da cidade australiana de Perth. Não foram no entanto adiantadas quaisquer tipos de explicações para o seu desaparecimento e para a sua queda final no mar, provocando 239 mortos entre passageiros e tripulantes. Provavelmente estaria – para azar de todos e com o desconhecimento dos pilotos – fora de serviço.

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:12

SEXO Alienígena

Segunda-feira, 24.03.14

Depois de “SEXO (como atracção)”, “Bonecas & SEXO” e “SEXO Hardcore”, mais um exemplo daquilo que é necessário fazer para se ter prazer e sucesso – e que passa sempre por SEXO e dinheiro, ou seja poder. Agora com a continuação da saga demonstrativa de como aumentar audiências, mesmo que não se diga nada de novo – aqui com “SEXO Alienígena”.

 

SEXO com Estrangeiros

 

A mulher estava a ser violentamente disputada por três Estrangeiros, que não se conseguindo conter sob a pressão crescente e exponencial do seu desejo sexual, a rodeavam sofregamente e sem interrupção, quase que a asfixiando na sua luta pela sobrevivência e pela satisfação dos três machos incontrolados de pénis eréctil e com o seu membro pulsando já com contracções pré-ejaculativas.

 

Como carnívoros famintos devorando a sua presa os seus movimentos frenéticos eram consecutivos e feitos sem interrupção, sucedendo-se as penetrações e orgasmos individuais profundos e animalescos, enquanto os outros a tentavam devorar e saborear de todas as formas possíveis e imaginárias, mantendo assim a sua voluptuosa presa húmida e sempre receptiva, pronta a uma nova penetração do poderoso, musculado e inigualável pénis alienígena.

 

Era claro que para os Estrangeiros a terrestre só poderia estar a aproveitar esta ocasião indescritível e irrepetível, usufruindo em todo o seu corpo e especialmente no interior fervilhante e em êxtase da sua vagina a escaldante presença do órgão máximo do poder físico estrangeiro, bruto, violento, penetrante até doer de prazer e terminando numa ejaculação explosiva que a punha a arder ainda mais de desejo, demonstrando a sua necessidade de nunca parar como se tal significasse a sua morte.

 

(introduzindo apenas a palavra SEXO e sem necessidade de termos em mão um pénis e uma vagina, conseguimos; sem dúvida uma espécie de relação sexual daí a atracção – mas mais a nível de substituição idêntico a uma masturbação; este estudo englobará um total de dez textos findo o qual os resultados serão sujeitos a uma análise detalhada numérico-sexual)

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:34

Normalidade

Segunda-feira, 24.03.14

“Mesmo que o caminho seja único, existe sempre alternativa – e a morte não é impedimento ou desculpa, apenas uma porta de entrada”

 

Normalmente estariam numa situação anormal

 

O João despertou do seu coma profundo quando se encontrava no último andar dum arranha-céus em construção situado bem no centro da capital. Ao seu lado encontrava-se um cão que na altura ele não reconheceu, suportado como se fosse um humano em dois dos seus membros, enquanto atentamente observava o cenário que se abria diante de si. Usavam ambos óculos – o João e o cão – e ambos olhavam espantados: debaixo do céu avermelhado ninguém se mexia.

 

Estavam no centésimo andar. Enquanto o cão perscrutava por simples instinto e por necessidade de perda de tempo o horizonte, o João deixara-se ficar estrategicamente paralisado, não mexendo nem piando. À volta deles não viam ninguém. Enquanto isso o silêncio era asfixiante, aqui e ali apenas perturbado por uma mais intensa e ruidosa rabanada de vento ou por um súbito mas curto som indefinido e não localizável.

 

O João ainda deu uma dezena de passos em frente, mas a força do vento e a falta de barreiras de protecção na elevada construção, levou-o rapidamente até ao mundo das vertigens e à sensação de queda eminente no abismo. Interessado o cão continuava a analisar a situação em que se encontrava, olhando para todos os lados, espreitando sem desequilíbrio para baixo e até cheirando a união duma das vigas laterais: pelo seu odor a novo – típico de todo o material produzido recentemente – e pela perfeição de todos os seus acabamentos o edifício não representava qualquer tipo de perigo.

 

O piso não tinha qualquer tipo de acesso: nem escadas, nem elevador nem outro tipo qualquer de transporte vertical. Não se percebia como era possível ter-lhe acesso, nem sequer como é que os dois lá tinham ido parar. O cão parecia rir-se de contente, olhando por vezes de soslaio para o João e parecendo estar a divertir-se com a situação: talvez num momento de aflição o João ainda o viu a levantar uma das suas patas traseiras, urinando com um esgar de prazer e de satisfação em direcção ao abismo. Alguém gritou lá em baixo mas certamente não seria por estar a chover e se sentir molhado.

 

Passada uma hora ainda se encontravam sensivelmente no mesmo sítio, cem andares acima do solo. Ninguém dera pela sua falta nem gritara fosse pelo que fosse. E o frio apertava à medida que ia anoitecendo, com a fome e a sede a serem cada vez mais difíceis de suportar. Para piorar o cenário e abatê-los aos dois um pouco mais, lá em baixo e bem iluminada no interior da praceta anexa ao centro comercial, a casa de hambúrgueres explodia de gente com o próprio drive-in esgotado e um cheiro profundo e brutal a elevar-se nos ares.

 

Em conjunto e após um curto período de reflexão chegaram finalmente à conclusão de que aquela situação era verdadeiramente insuportável e que teria que ter uma resolução imediata. Era inaceitável estarem limitados aquele espaço, não tendo sequer aceso às áreas adjacentes que o suportavam: a liberdade era um direito alienável e nada nem ninguém os poderia impedir de a usufruir à sua vontade. Olharam para baixo, deram as mãos e atiraram-se de cabeça: sabiam andar, sabiam nadar e certamente que se arranjariam a voar. A carne picada chamava por eles.

 

(um dia o João – um jovem tranquilo, simpático e conversador, vivendo num ambiente familiar comum e sem sinais visíveis de anormalidade – perdera definitivamente a cabeça ao ver pela enésima vez os miúdos da sua rua a atirarem pedras ao pequeno cão, que o seu pai lhe dera quando concluíra com empenho e distinção o seu percurso na escola primária; levado por um impulso repentino e actuando duma forma inconsciente pegara então na espingarda do seu progenitor e pusera-se a disparar indiscriminadamente sobre quem lhe aparecia pela frente; só foi interrompido na sua saga ininterrupta e assassina quando foi atingido à queima-roupa em cheio e em pleno crânio pela bala da pistola disparada por um vizinho; em coma foi então enviado de urgência para o hospital da cidade onde viria a falecer pouco tempo depois; atingido no tiroteio por uma bala perdida também o seu cão acabaria por ter destino idêntico sensivelmente pela mesma hora)

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:23