ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Fora de Serviço
Premiado!
“Secretário de Estado divulgou informação que apanhou Governo de surpresa”
(RR)
RIP
José Leite Martins
Secretário de Estado da Administração Pública
(apesar de apenas arguido, já instalado no Corredor da Morte)
Com o Primeiro-Ministro a curtir fora do país enquanto Marcelo de Sousa vai batendo nas audiências de José Sócrates como prova de que ainda vai a tempo de ser candidato à Presidência da República – o primeiro passo foi passar por bobo da corte no conclave do Primeiro – o Governo aproveita agora esta excelente oportunidade para mais uma vez se tentar libertar do tirano: todos falando de cor e invariavelmente de costas voltadas.
No regresso do tirano ao país prevêem-se graves consequências: o bode expiatório será escolhido rapidamente e sem grandes sobressaltos de percurso – para satisfação da opinião pública aderente – sendo promovido para um qualquer cargo governamental mas com o seu futuro assegurado e indemnizado, enquanto sob um discurso nacionalista e patriótico o Primeiro-Ministro e tirano agora idolatrado, nos garantirá a continuidade e o fim da esperança.
(título: RR – imagem: WEB)
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Terra
O Mundo continua a olhar insistentemente para os seus pés – como um pobre de espírito hipnotizado e alcoolizado – em vez de olhar para o chão e compreender a base onde se apoiam e movimentam.
A Terra vista do espaço a partir dum satélite meteorológico russo
Talvez por ser o lugar onde nascemos e onde desde sempre moramos, a Terra seja dos oito planetas do Sistema Solar, de longe o mais querido e o mais bonito de todos. Além de parecer à distância uma esfera perfeita – o que não é – a mistura de cores que ela apresenta toca profundamente e como se fosse uma mãe, a alma de qualquer um.
Tempestade com relâmpagos no Kuwait observada a partir da ISS
Ao longe a Terra não é mais do que um ponto insignificante que passa completamente despercebido na imensidão do Universo – o que até é bom por um lado de modo a evitar a presença de intrusos – mas à medida que nos aproximamos dela é fácil de perceber o que ela nos reserva de significativo e de tão diferente em relação a muitos outros mundos conhecidos: a presença evidente de vida.
(imagens – livescience.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
SEXO e Visualizações – 1/2 (inicial)
Dos dez posts mais visualizados neste blogue é evidente até pela sua recente publicação os lugares ocupados por aqueles em que no seu título vem introduzida (e activada estrategicamente a partir da escrita) a palavra SEXO (a vermelho). Neste momento ultrapassando ligeiramente os 7%. Não custa assim concluir que o sucesso duma qualquer iniciativa não depende da totalidade do conteúdo que a mensagem transporta, mas somente dos termos que utiliza e de como lá os vai introduzir.
Com o primeiro título – “SEXO (como atracção)” – publicado há apenas cinco dias mais leitores foram certamente e deste modo convidados a participarem, desconhecendo no entanto as suas reais intenções e as verdadeiras razões da sua visita – para além do óbvio isco e chamariz que dá pelo nome de SEXO. As imagens, o texto, a imaginação ou a pura e dura realidade?
O SEXO no fundo pode ser tudo até mesmo para os bichinhos. Se não acreditam vejam a notícia: “Bichinhos australianos fazem SEXO até morrer”!
Fantasy Doll
N.º | TÍTULOS da LISTA | VISUALIZAÇÕES | % |
1 | Vêm aí os Russos! | 1793 | 39,95 |
2 | (Posts da página inicial) | 511 | 11,39 |
3 | SEXO (como atracção) | 119 | 2,65 |
4 | SEXO Hardcore | 107 | 2,38 |
5 | SEXO Alienígena | 92 | 2,05 |
6 | (Posts de 18.06.2012) | 80 | 1,78 |
7 | Viagem à Fossa das Marianas | 24 | 0,53 |
8 | Noite na Terra, Alerta em Marte | 22 | 0,49 |
9 | Terramoto de 1969 | 19 | 0,42 |
10 | III Guerra Mundial | 18 | 0,40 |
|
|
|
|
| Visualizações dentro da Lista | 2785 | 62,05 |
| Visualizações fora da Lista | 1703 | 37,95 |
| Total de Visualizações | 4488 | 100,00 |
Tabela 1 (26.03.2014) – já com 5 títulos publicados (dos 10 a publicar)
A Tabela 1 foi construída a partir de dados estatísticos SAPO, ainda sem informações referentes aos títulos "Bonecas & SEXO" (ainda sem dados) e "Super SEXO (Duplo)" (publicado ontem). Refere-se a um indeterminado – por não relevante para este estudo – intervalo de tempo. A consulta de dados desenrolar-se-á nos meses de Março e Abril.
(imagem – fantasydoll.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Geração Zombie (2)
Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(Multiversos – Um Futuro Projectado da Terra)
“Contando com a colaboração da Academia de Ciências Norte-Americana e da empresa da área de semicondutores Texas Instruments, os Zombies desse país decidiram ajudar em certas disciplinas científicas os alunos com maior dificuldade de aprendizagem”.
Morte de um zombie
Aí o ZV disse:
- “Sou um zombie como vocês. A diferença fundamental para com os restantes zombies e a partir da qual deles me diferencio – dos Z e dos ZM – é a consciência consolidada dos momentos de transição: os ZV são os únicos modelos capazes de experienciar e recordar os momentos intermédios de inactividade e de morte, entre passagens de vidas. Nessa transição apercebemo-nos de que a morte nada significava no seu todo global, por não ter expressão no espaço disponibilizado nem sentido como referência importante na evolução do homem: a morte é apenas a porta de entrada noutro mundo para o qual tínhamos sido preparados ao incorporarmos um corpo (físico) e nele inserirmos uma alma (psíquico). No fundo a morte simplesmente não existe. Sendo um dos pioneiros da futura e profética geração zombie, a minha integração e a de todos os outros elementos voluntários (ou não) seleccionados para esta aventura evolutiva (e de transposição) era extraordinária, excedendo os limites deste mundo e o das nossas capacidades mentais disponibilizadas. O cérebro seria apenas um órgão adicional de transformação e ultrapassagem de cenário, servindo essencialmente como depósito de instrumentos que o ultrapassavam na sua limitação temporal, pondo no entanto à disposição do ser vivo uma plataforma sequencial capaz de o introduzir noutro mundo de destino, como contraponto ao mundo anterior físico exclusivamente de passagem e de origem: a nossa vida física iniciada no momento da fecundação e continuada até à nossa morte, não passava duma fase transitória de construção do nosso pensamento e da nossa identidade para posterior agregação ao nosso eu, elaborando e estruturando dessa forma e duma maneira consistente a referência central da nossa existência, a alma.”
E na sua oratória calma e fluente acrescentou um pouco mais, numa narrativa que faria inveja a qualquer tipo de humano singular:
- “Muitas vezes o que é apenas normal não nos desperta muito interesse. Mas existe sempre quem vê mais além e compreende os simples factos correntes: da mesma forma que Newton viu cair diante de si a maçã por acção da força da gravidade, também nós constatamos a inevitabilidade e as consequências da morte – só que infelizmente não a compreendendo como uma porta escancarada de transição e pelo contrário assimilando-a como um todo não vivido e como tal estático e fechado. Mas é a morte que nos liberta”;
- “Fazemos parte de um todo em constante movimento originado por alterações sucessivas no estado da matéria e nos seus respectivos níveis energéticos. Interagindo entre si a matéria tende a mudar as suas características básicas e fundamentais, expandindo-se ou contraindo-se conforme o valor das forças em presença. E é essa projecção resultante da confluência e da coexistência de Matéria e de Energia que origina no final a Vida, provocando a difusão incessante de milhões de cenários e a escolha aleatória no meio do caos e da organização das inúmeras opções prevalecentes. Com o Mundo apresentando-se como uma simples Caixa de TV posta à nossa disposição e colocada sob escrutínio interessado e permanente, apresentando imagens de muitos acontecimentos, expectativas e vivências, apesar de nem compreendermos o seu funcionamento nem as origens dessas mesmas imagens: essa a razão porque muitas vezes não vemos o que está à nossa frente e pelo contrário nos perdemos a olhar para o nada, ignorando o óbvio e sobrevalorizando o inexistente. E tal como acontece quase sempre nestas ocasiões, sob pressões subliminares constantes acompanhadas duma progressiva lobotomia cerebral e educacional, esquecemos que para além do nosso mundo muitos outros mais existem, mesmo que nunca os tenhamos visto ou sequer imaginado”.
A morte dum zombie representa apenas o fim da etapa de transição entre o ser humano visto como um mero invólucro e a libertação sem limites físicos ou de sobrevivência moral da sua essência básica e universal, a alma: neste mundo apenas incorporamos a alma (para depois nos oferecermos), enquanto no outro para o qual existimos, somos todos e apenas um. Uma esfera perfeita!
NZM
Abandonaram o piso L33 do Edifício M-12 onde se encontravam há pouco mais de uma hora, seguindo ordeiramente e em silêncio absoluto na peugada do ZV, o qual se dirigia agora num passo firme e cadenciado em direcção a um dos elevadores, localizados no pátio central da zona identificada pela letra L: tratava-se dum amplo transportador vertical adaptado a cargas de peso intermédio, indicando no respectivo monitor informativo ter uma amplitude de cobertura que poderia atingir os cem níveis inferiores com um tempo médio de viagem – dependendo da carga transportada – do nível zero até ao último nível de aproximadamente três minutos. O seu destino era precisamente o derradeiro piso inferior do Edifício M-12, localizado a uns extraordinários mil metros de profundidade e que segundo a planta condensada que tinham acabado de receber, lhes daria acesso a uma rede de túneis subterrâneos e a uma escapatória até a um determinado local situado à superfície, a partir do qual partiriam para um ponto para eles ainda completamente desconhecido e sem objectivo e alvo concreto designado: a explicação iria ser feita inicialmente duma forma progressiva e à medida que a missão fosse evoluindo de modo a reforçar todos os procedimentos de segurança, com uma prelecção a ser ministrada a todo o grupo antes da partida por uma Entidade para eles desconhecida e até aí nunca mencionada.
Quando atingiram o 100.º piso e a porta do elevador se abriu já eram aguardados por alguns técnicos e militares: foram conduzidos até uma pequena plataforma onde lhes foi pedido que aguardassem, sendo no entanto e complementarmente avisados para estarem sempre alerta e preparados para partirem a qualquer momento. Aguardavam apenas a presença do seu superior hierárquico e comandante, o qual iria acompanhar até ao local – onde se encontravam – uma importante individualidade ligada ao Projecto Fundação: o representante Supremo de toda a geração zombie e um dos mais proeminentes elementos do desenvolvimento e evolução – através da abertura mental e consciencialização individual – de todo o processo de ligação entre este mundo de criação e de perda (onde ainda nos encontramos enquanto “vivos”) e o verdadeiro mundo (o seguinte) de transformação (para onde iremos quando estivermos “mortos”). Esta vida seria o momento em que o nosso ser se materializaria através da sua presença inicial meramente física, adquirindo posteriormente e ao longo do tempo o conhecimento e discernimento necessário para compreender o seu eu e começar assim a perspectivar e consolidar a sua alma; terminado este processo do casulo – limitado no tempo pelo nascimento e pela morte física – seguir-se-ia a verdadeira viagem de toda uma vida, o sonho desejado de qualquer um ameaçado pela morte e pela incerteza, o verdadeiro paraíso também sonhado por Deus e que ele no entanto já conhecia. “Um Universo onde a nossa Alma se sentia, sentindo-se esta como ele” – um Espaço onde seriamos matéria, energia e movimento. E sem que se fizesse notar e como se tivesse surgido repentinamente do nada surgiu então o NZM. Só passados alguns segundos repararam na chegada do comandante.
Z – A última ceia
Entenda-se previamente que existira desde sempre um tronco comum evolucionário entre todos os tipos e raças de zombies, irmãos de sangue e de aventura na abertura da mente humana ao Mundo Interior. Tinham sido eles quem abrira as Portas do Conhecimento e do Universo à raça existente naquele pequeno e pontual planeta Terra, destruindo-lhes todos os medos e limites que sempre a tinham condicionado durante milhares e milhares de anos de sofrimento e escuridão, ao clarificarem duma forma irrefutável o sentido da morte: ela era transponível e para além dela outro mundo nos esperava – aquele de que os Deuses nos tinham falado. No entanto a sua evolução seguira caminhos comuns mas e no entanto paralelos: daí os Z, os ZM e os ZV (para já não falar dos NZM). Todos tinham passado por experiências de morte. Mas a recordação desse momento de transição e o total esclarecimento do que para lá disso pudesse existir, nunca tinha sido indubitavelmente registado, nem sequer minimamente sonhado ou sugerido: nem pelos Z, nem mesmo inicialmente pelos ZM. No entanto com a enorme evolução registada no campo da biologia e com a ajuda de importantes descobertas a nível da constituição da matéria e da sua relação com forças baseadas em parâmetros abstractos mas com consequências numéricas reais, fora possível introduzir pequenas modificações no ADN original dos humanos, retransformando a sua sequência natural – deixando-a em livre arbitrio de organização voluntária – e possibilitando deste modo um alargamento brutal dos limites da mente, descompartimentando todos os processos cerebrais e apresentando-lhe a sua essencial funcional e organizacional, toda idealizada e elaborada em torno do mistério da fé, a alma. Com o passar do tempo a percepção desse momento fora aumentando, terminando com as primeiras transições bem sucedidas ainda com os iniciais VM. E com o decorrer do tempo a experiência estendera-se a todos os VM, atingindo níveis extraordinários de introdução e memória com a nova geração ZV: já era possível ultrapassando sem se sentir a experiência de morte, ir e regressar, registando todo o processo e daí tirando todos os ensinamentos. Só que a experiência apenas era possível em condições e períodos limitados e com a reorganização e recalibração de todos os dados recolhidos e de novo reavaliados e reintroduzidos, mas capazes de no fim, objectivamente e sem limitações inesperadas ou inopinadas, de circularem entre mundos – processo que ao fim de muitos anos de fracassos, sofrimentos e de pesquisas sem fim dera origem aos extremamente funcionais e perfeitos NZM.
Comandados pelo ZV os VM foram direccionados para diferentes pontos do globo terrestre. O objectivo era o de incrementar certos conflitos localizados e desse modo acelerar o processo e o seu nível de violência, agravando as condições ambientais e aumentando o número de vítimas. Tudo teria que se passar dentro dos parâmetros normais associados a este tipo de acontecimento, com o resultado final a ter que ser forçosamente alcançado: indivíduos como Hitler – com a sua guerra prolongada – ou até mesmo como Roosevelt – com a sua intervenção rápida – tinham ajudado inadvertidamente à concretização antecipada do projecto, apesar da sua violência patológica por intervenção brutal e desnecessária. E à medida que os conflitos alastravam, também o mundo zombie os acompanhava. A teoria era naturalmente credível por simples e baseava-se na experimentação pratica tida anteriormente, alicerçada na sua base de construção ideológica por uma eternidade de conhecimentos consolidados e partilhados sem limites ou constrangimentos: à medida que o Universo se expandia no espaço e que outros Universos a ele sobrepostos se iam sucedendo e interagindo entre si proporcionando a exposição de muitos outros Universos ainda nem sequer imaginados, a necessidade de preenchimento das lacunas negras que iam surgindo constantemente iam tornando-se cada vez mais necessárias e urgentes. Daí a necessidade do aumento de almas para o preenchimento destes intervalos escuros e descontínuos: os faróis poderiam significar no futuro o acesso aos arquivos da nossa memória e cultura original, tal e qual como um banco de órgãos existia apenas para salvar vidas humanas. Caso contrário – e pelo menos para nós – os Universos desabarão uns sobre os outros e será o nosso fim.
No Céu a última ceia zombie decorria tumultuosamente, com o ambiente pesado aí há muito instalado: o Profeta acompanhado pelos seus doze apóstolos era definitivamente posto em causa e até a contaminação viral associada à DDT (doença definitiva de transição) já os tinha atingido profundamente. Sem glória se interrompia um reinado que pareceria ir durar para sempre, atingindo mortalmente a barreira que separava o humano do paraíso, alcançada que fora a sua maioridade: Deus era ele não necessitando de ícones para se defender.
Humano | Nível | Tipo |
H | 0 | Humano |
Zombie | Nível | Tipo |
Z | 1 | Zombie (original) |
ZM | 2 | Zombie Melhorado |
ZV | 3 | Zombie Vampiro |
NZM | 4 | Novo Zombie Multiverso |
Tabela de Categorias H e Z
Fim da 2.ª parte de 2
(imagens – Web)