ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
CNN
Ou a CNN renova o Software das suas ultrapassadas projecções – não pela idade que já tem, mas pela sua acelerada degenerescência intelectual (e é assim que se distingue uma pessoa dum boneco) – ou então confirma definitivamente o seu fim há muito anunciado. Caso contrário, nenhuma das suas mensagens ideológicas (naturais para uma empresa de capitais privados) passará, deixando-nos com uma imagem confrangedora e como tal globalmente negativa, do funcionamento e dos profissionais desta estação.
Olhar para este pódio televisivo com o medalha de ouro Wolf Blitzer a ser chamado veemente à atenção pela medalha de prata Christiane Amanpour, devido à suas declarações transmitidas de forma incorrecta, indevida e perigosa (isto apesar de Blitzer afirmar constantemente que só estava a transmitir a opinião do Embaixador da Rússia à ONU Vitaly Churkin) sobre os graves acontecimentos registados na Ucrânia – enquanto o medalha de bronze convidado Stephen Cohen, ia sorrindo deliciado /espantado perante o espectáculo que estava a assistir – é só mais uma evidência a juntar a tantas outras sobre a decadência desta estação norte-americana, de cariz informativo mas também essencialmente formativo da opinião pública.
Christiane Amanpour, Wolf Blitzer e Stephen Cohen
Vejamos então o diálogo estabelecido entre Blitzer e Amanpour após a afirmação veiculada por Cohen no início deste debate noticioso, em que este último “culpava um movimento nacionalista ucraniano de extrema-direita pela onda de violência registada na Ucrânia”. Qualquer coisa como isto:
Blitzer: “Ouviram Vitaly Churkin o embaixador da Rússia ao Conselho de Segurança da ONU a dizer logo de manhã de que a culpa de tudo o que estava a passar-se residia no que ele denominava a acção de grupos fascistas e anti-semíticos ucranianos ainda actuando neste preciso momento...”
Amanpour: “Sabem, tem que se ser extremamente cuidadoso com o que se diz, pois podemos transformar isso num facto.”
Blitzer: “Quem disse isso foi Vitaly Churkin.”
Amanpour: “Talvez o tenha dito. Estão-me a dizer que toda a pró – Europeia...”
Blitzer: “Claro que não.” (apresentando apenas o que tinha dito Churkin)
Amanpour: “Certo, temos que ter muito cuidado.”
Blitzer: (oferecendo-se para passar de novo as afirmações de Churkin)
Amanpour: “Já ouvi. Acho apenas que devemos ter nesta estação muito cuidado para não lançarmos todos os ucranianos pró-europeus no mesmo saco, apesar de alguns deles poderem pertencer a grupos nacionalistas e extremistas.”
Blitzer: “Nós não somos, eu não sou.”
(fonte e imagem – huffingtonpost.com)
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Aurora Boreal
À medida que o tempo vai passando e que o mundo vai evoluindo sem se preocupar muito com o meio ambiente que o rodeia e que nos mantém vivos – aos humanos e a todas as outras espécies existentes no planeta – certos fenómenos meteorológicos e climáticos invulgares para determinadas regiões da Terra, vão-se registando um pouco por todo o lado, a latitudes e longitudes não habituais. Este é o caso das Auroras Boreais tão comuns a latitudes elevadas e que agora se vão deslocando cada vez mais para sul, aproximando-se hoje dos trópicos e amanhã (sabe-se lá, tudo é possível) do equador.
Não é pois de espantar o aparecimento de Auroras Boreais a latitudes mais baixas do que é normal, como a registada na imagem anterior observada na localidade de Zagarjev na Eslovénia – Europa Central – a uma latitude de apenas 46°N. Aqui ficam algumas características associadas à obtenção desta imagem, recolhida em 27 de Fevereiro por Javoc Kac:
Aurora Boreal a 46°N de latitude – podendo-se mesmo visualizar o fenómeno Pilares Solares
Location: Zagarjev vrh (N46.03, E14.65)
UTC Time and Date: 27.02.2014 - 21:43 (21 minutes)
Observer: Javor Kac
Limiting magnitude: +5.5
Light pollution: high
Cloudiness: 30% (variable)
Limiting magnitude at the location of aurora: NA
Auroral activity: very low
Elevation of activity: 15 degrees
Types of activity: (diffuse glow) (rays)
Sabendo-se que a capital de Portugal Lisboa se encontra a uma latitude aproximada (por excesso) de 39°N, poderemos concluir que com mais uma “forcinha” duns míseros 7°, ainda poderemos esperar – talvez muito brevemente – assistir no sul de Portugal enquanto jantamos noite dentro virados para o mar uma fantástica Aurora Boreal.
(dados da observação e imagem – The Watchers/crometeo.hr)
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A Pirâmide dos Açores
Fibonacci alignments of the AzoresPyramid & submerged city of Poseida
(The Watchers – Alexander Putney)
An impressive new discovery in the Azores Islands occurred in early May 2013, and was announced to worldwide media coverage on September 19th.
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Near 74m in height, the Azores Pyramid is exactly half the original height of the Great Pyramid, at 148m. In addition, the Azores Pyramid is the same height as the Teotihuacan Pyramid in present-day Mexico, and also appears to closely match the height of the newly discovered Hummingbird Pyramid in La Maná, Ecuador!
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Before the cataclysmic cometary impacts of 12,890bp that initiated the Holocene warming, sea levels were several hundred feet lower than those of today. The Azores volcanic seamounts would also have formed an island chain during that remote period of the Paleolithic, yet comprised a much larger archipelago that once included a series of islands between Terceira and São Miguel Islands.
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The João De Castro seamount would have formed a round island with high cliffs on the southeastern side, while another narrow island half the size of São Miguel Island was submerged with the remains of a Paleolithic city below the newly discovered pyramid dominating it's northernmost extension.
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Of course, the giant pyramid in the Azores Islands --submerged only 45m below sea level-- must have already been identified by both military sonar scans and geo-satellite surveillance several decades ago, yet a local fisherman fortuitously stumbled upon one of the most exciting sites publicized since the major discoveries in Bosnia and Indonesia. The Portuguese military claims to be undertaking investigations that will be made public, but, conversely, continue to withhold all images and information on the site.
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(continua)
Artigo muito interessante sobre descobertas arqueológicas relacionando entre si temas como as pirâmides, a Atlântida e os Açores, estendendo-se por ligações comuns até Nikola Tesla e ao seu Motor de Gravidade.
(The Watchers)
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O Assessor Bem-Educado
“Com este Governo governar é fácil: dá-se porrada e de seguida pede-se desculpa. E não é que nós aceitamos? Pudera: é que se não aceitássemos – e ao contrário daqueles oportunistas que dizem que a culpa é nossa, também nos agredindo – ainda levávamos mais”
Como afastar um repórter desobediente e desconhecedor do respeito devido à hierarquia política, de exercer a sua profissão num local público:
1.º Avisa-se oralmente o prevaricador para que desapareça dali;
2.º Nada sucedendo passa-se logo à opção física: pé para trás, pé para a frente, impacto;
3.º Pedido de desculpa imediato do agressor, para desarmar completamente o prevaricador.
Pé para trás, pé para a frente, impacto
Como curiosidade a acção pedagógica levada a cabo pelo assessor sobre o prevaricador acabou em bem, com o assessor/agressor a pedir desculpa ao repórter/prevaricador: como conhecidos que eram assim continuaram, acabando o agredido por arquivar o pontapé e salvar a face do assessor – que aliás só pretendia proteger o regresso dum ilustre PSD e seu superior hierárquico, nos últimos tempos exilado no Brasil.
E agora de regresso a casa do amigo (que também já fora sua) que ajudou a subir na vida – e sem a ajuda do qual, nunca mais se safará.
Nem no Carnaval tiram as máscaras!
(imagens – CM)
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BACK IN USSR
One Man Show!
Vladimir
"Back in the US, back in the US, back in the USSR"
(The Beatles)
(imagem – huffingtonpost.com)
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Invasão (2)
Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(Invasões Estrangeiras e Movimentos Populares)
O aglomerado de naves alienígenas registadas no radar era deveras impressionante: mas afinal de contas o que motivara a resposta inopinada destes seres estrangeiros e intrometidos no nosso planeta? Ou não saberiam ainda – apesar do seu grande avanço tecnológico – que ”entre marido e mulher nunca se deve meter a colher”?
A Terra sob ataque Alienígena
A casa não se encontrava iluminada e das suas portas e janelas nenhuma luz escoava para o seu exterior. Estava silenciosa no silêncio da noite e nela não se registava qualquer tipo de movimento ou de actividade. Toda ela parecia fechada e vazia no interior. Mas o barbeiro achava que o telefonema existira e ali ou noutro sítio qualquer a idosa poderia estar em perigo: pegou numa pedra e atirou-a contra a janela. Ouviram então os vidros da janela a quebrarem-se, seguido de vários tiros de origem indefinida e cujo troar se prolongou na escuridão profunda da noite. Do meio das árvores ainda viram os seus companheiros a chegarem em seu socorro, com alguns seus conhecidos caçadores a passarem por eles em corrida, ajoelharem-se mais à frente e como numa guerra começarem a disparar. Antes que parassem de disparar já tinham rebentado com toda a fachada da casa. Mas alguns deles ainda conseguiram divisar por escassas décimas de segundo um ser de baixa estatura a esconder-se entre os arbustos das traseiras da casa desaparecendo de seguida. Então a parede da frente da casa como que explodiu, saindo do seu interior disparada como um míssil a botija de gás, anteriormente atingida por algumas das balas: o azar tivera-o o Felício, ao acender o cigarro provocando a explosão – uma parte do corpo e da face queimadas e no mínimo três costelas e o nariz partido. Descontrolados com o sucedido e com os ferimentos provocados no seu companheiro, muitos deles colocaram-se na perseguição do ser desconhecido que antes tinham visto de relance e que muitos deles consideravam como sendo um dos extraterrestres das notícias que estavam ali para os atacar e matar, provocando todos aqueles danos em torno da casa. A perseguição não foi interrompida enquanto não encurralaram o ser misterioso e face à sua resistência e constantes ataques, o abateram. Cautelosamente contornaram a moita onde julgavam que este estivesse e caído no chão coberto de sangue lá estava o enorme javali, ainda quente e com um estranho aparelho colocado à volta do seu pescoço: e com uma luz intermitente a acender e a apagar.
Não tendo encontrado mais ninguém vivo por aqueles lados o grupo deslocou-se então na direcção das minas de volfrâmio. Mas antes de aí chegarem sensivelmente a meio do caminho ainda foram surpreendidos por uma aparição que deixou muitos dos homens aterrorizados colocando-os em fuga – com os tipos dos motociclistas na vanguarda dos fugitivos – inicialmente parecendo apenas um ponto luminoso bem lá ao fundo na estrada, mas com o decorrer do tempo aumentando de volume e parecendo associado à imagem dum monstro corpulento e movimentando-se de uma forma ameaçadora – ainda por cima aparentando ter quatro pernas e vários braços ou tentáculos. Da carrinha de caixa aberta soaram dois tiros provavelmente dirigidos para o vulto. Mais três tiros vieram do lado esquerdo, obrigando o chefe de bombeiros a ordenar a todos os elementos ainda ali presentes que parassem de pronto com o tiroteio, já que nem sabiam contra o que estavam a disparar. E foi o que fizeram de melhor: poucos segundos depois passava por eles a desaparecida avó do mecânico, montada na sua velha burra que assustada com os tiros marchava duma forma um pouco descontrolada mas no entanto acelerada, enquanto em cima dela a sua dona esbracejava furiosa brandindo no ar o seu cajado, manifestando a sua revolta pela recepção prestada por aqueles malandros que em vez de trabalharem para o sustento das suas famílias, andavam por ali armados em caçadores e pistoleiros. Com um grito bem audível “malditos bandidos e cabrões, que os céus vos caiam em cima e que sejam todos encornados”, lá acabou a velha com a sua burra por passar por todos e desaparecer na escuridão da noite, deixando-os de novo sozinhos e amedrontados no meio daquela estrada perdida: bonito seria quando esta chegando a casa e visse o estado em que a tinham deixado. Ainda pararam um pouco para reflectir mas a resolução há muito que estava tomada: verificaram o estado de todos os presentes, recalcularam as suas forças – alguns tinham fugido definitivamente – e lançaram-se de novo ao caminho.
Na última etapa da viagem até às minas de volfrâmio os telemóveis não paravam de tocar. As últimas novidades tinham chegado à aldeia com o regresso dos elementos em fuga e no café as mulheres preocupadas – acompanhadas por alguns dos seus filhos extremamente curiosos e entusiasmados com o mistério que envolvia a aldeia e os seus pais – lotavam já todo o espaço que rodeava o café e o mercado, provocando um sobressalto na restante população da aldeia que alarmada com a sua segurança e com a dos seus, não encontrava disposição e tranquilidade para ir para casa dormir: noutro dia qualquer depois das dez horas da noite já muita gente estaria há muito deitada. Na estrada a ordem foi para desligarem os telemóveis: dentro em breve estariam às portas da mina e não poderiam nunca deitar a perder a sua principal vantagem no terreno, o factor de surpresa.
Ainda não eram onze da noite quando chegaram aos portões exteriores, que protegiam o terreno onde a mina estava implantada. O céu estava quase todo estrelado, mas com algumas nuvens ameaçadoras vindas do lado do mar e que aos poucos o iam escurecendo, sugerindo uma possível chegada da chuva nas próximas horas durante a madrugada. Decidiram que apenas um pequeno grupo se dirigiria ao edifício central e se necessário ao interior da mina. Os restantes permaneceriam vigilantes junto dos portões sempre atentos às suas instruções e nunca actuando por iniciativa própria – só mesmo em caso de força maior e postos perante uma situação limite, em que vissem a sua vida e a do grupo mais avançado em perigo. O pequeno grupo de quatro elementos dirigiu-se então pelo caminho de acesso até à zona onde se encontrava o edifício. E foi aí quando se preparavam para entrar que o inesperado aconteceu: não que não o esperassem, mas porque na realidade não acreditavam naquilo que pensavam que pudesse acontecer. No fundo não tinham conhecimento de casos semelhantes anteriormente ocorridos e se mesmo assim se falasse às escondidas de casos similares, tal nunca passara de mera conversa, tal e qual como o das Bruxas de Queiriga.
O primeiro sinal veio do céu com um raio luminoso a atravessar a escuridão da noite e a concentrar o seu foco mesmo à frente deles: era de tal forma intenso que tiveram que virar-se de costas. Quando se voltaram de novo foram surpreendidos pela presença de três seres brilhantes parecendo flutuar sobre o solo e que de certeza que não eram humanos. Estando o jovem sacristão presente o Sr. Silva ainda o ouviu gritar, “nossa senhora santíssima parecem os três pastorinhos” antes de desmaiar de emoção e cair desamparado, enquanto os restantes elementos paralisados pelo medo viam quase sem respirar o avançar das três aparições. Pararam a um metro deles. Apresentaram-se como Lucy, Frank e Jacy – com a pequena Jacy a parecer a mais nova – intitulando-se como os verdadeiros e únicos representantes do Anjo de Portugal: estavam ali para trazerem a Paz e anunciar mais uma vez ao Mundo o poder do Amor e da Fé. Nessa altura um novo raio atravessou a grande velocidade o céu, indo incidir directamente no ponto de acesso aos espaços subterrâneos da mina: enquanto essa zona à superfície se iluminava, também no céu nocturno era agora bem visível a aproximação dum objecto voador desconhecido e que parecia vir na direcção deles. Uns segundos antes de aterrarem ainda ouviram um tiroteio intenso vindo do local onde tinham ficado os restantes elementos do grupo, mas que rapidamente terminou, nada mais se ouvindo senão o ruído provocado pela nave extraterrestre. O barbeiro sempre tinha razão e poderiam estar de caras perante a primeira vaga de invasores: a evocação de Fátima pelo sacristão só poderia ser mesmo um caso típico de manipulação da mente, aplicada através dum método de sugestão de cenários pretensamente reais, mas aqui apenas modelados e replicados. Tinham de ter cuidado com o trio e ver aquelas três entidades como meras projecções dependentes introduzidas no cenário e movimentando-se sempre à ordem de operadores (externos).
Os extraterrestres e os seus objectos voadores circulares e brilhantes
A nave tinha a forma dum chapéu de cor cinzenta. Não se viam nenhumas aberturas nem qualquer tipo de janelas: tal e qual como um disco voador. E no acesso à mina registava-se agora movimento. Uma máquina operada do exterior transportava um pequeno artefacto em direcção ao objecto voador que se encontrava na frente deles, enquanto as três aparições pareciam paralisadas num êxtase de pura observação, como se tivessem posto um gravador na posição de pausa, para mais facilmente se dedicarem à operação agora considerada prioritária. Chegada ao disco voador a máquina parou e abriu-se uma pequena porta na sua superfície lisa e cinzenta: vindo do interior um feixe de raios luminosos incidiu sobre o artefacto, fazendo com que este desaparecesse de imediato – tal como a porta do objecto voador. Por essa altura ouviram uns ruídos vindos do caminho pelo qual ali tinham chegado e olhando para o lado viram alguns dos seus companheiros escondidos no meio da paisagem que os rodeava, fazendo-lhes sinais contínuos e apontando para as suas armas, enquanto olhavam de boca aberta e assustados, para o cenário que os seus colegas (provavelmente em perigo de vida) também ocupavam. Num único segundo muito aconteceu:
- Da retaguarda vieram os primeiros tiros que fizeram com que o barbeiro e os restantes elementos avançados se atirassem instintivamente para o solo; logo de seguida e enquanto caíam sobre a terra, ainda puderam ver as aparições a desvanecerem-se e a evaporarem-se – como se nunca lá tivessem estado – no ar; instantaneamente o disco voador disparou e desapareceu na escuridão da noite, ficando apenas à entrada da mina o ser ou máquina que anteriormente operara o transporte do artefacto, entre a mesma e o aparelho. Um novo raio dirigido do céu acabou por finalizar o encontro, caindo todo o local numa profunda escuridão: o choque visual luz-escuridão quase que os cegara, deixando-os por momentos inoperacionais. E quando conseguiram ver de novo o espaço, estavam sozinhos na mina de volfrâmio.
Era exactamente meia-noite quando o chefe de bombeiros olhou para o relógio. Dos mais de trinta voluntários restavam pouco mais duma dezena: os restantes já tinham regressado há muito à aldeia. Depois duma rápida vistoria e de nada de assinalável ter sido encontrado, decidiram finalmente regressar a casa e enfrentarem as suas mulheres. Assim à uma hora do dia seguinte viraram as costas à mina e dirigiram-se no sentido contrário. Já na vizinhança da casa da avó do mecânico – que aparecia cabisbaixa e abatida à entrada destruída de sua casa, enquanto o burro já mais tranquila descansava debaixo do alpendre meio tombado – viram vindo de trás um grande clarão, que iluminou por momentos toda a paisagem em seu redor tal e qual como se fosse de dia e de imediato desapareceu, escurecendo tudo e deixando-nos de novo cegos. O que mais se queixou foi o Aurélio, na altura do clarão virado para trás, mas por sorte procurando ao nível do solo a chave do carro que deixara cair. Restabelecidos do choque e já sem forças nem paciência para mais coisas estranhas, extraordinárias, incompreensíveis e talvez mesmo irreais por imaginadas, instalaram convenientemente a avó, prometeram assistência imediata no dia seguinte (pedindo desculpas) e lá se foram. Chegaram à terra já todos se tinham ido deitar, reduzidos à carrinha de caixa aberta, dois motociclos e apenas dez homens dos iniciais: o outro – o Aurélio – ficara a prestar apoio à velhota, até para repousar do choque anteriormente sofrido. Na cama as mulheres já de sono ferrado pouco se mexeram. Pouco antes do amanhecer um relâmpago iluminou a aldeia: mas só os animais vadios e selvagens o viram. Quanto ao pastor com a espera da noite anterior bebera um pouco mais e deixara-se dormir.
Quando o Aurélio chegou ao café do mercado na companhia da nossa Avó, já a manhã ia a meio. O movimento era o de um dia normal de semana e até no café – ao contrário do que estava à espera – parecia estar um ambiente mesmo muito tranquilo, não extravasando para o seu exterior nenhum tipo de som ou de conversa perceptível. Nem sequer via ninguém conhecido. Por mais que fosse um recém-chegado àquela aldeia da Beira Alta, o jovem Aurélio como responsável contabilístico e financeiro da Cooperativa do Alto Paiva, já conhecia muito bem muita gente da aldeia e da região: não fora por acaso aceite na aventura da noite anterior – com acontecimentos aos quais nunca sonhara na vida assistir – e não ficara por acaso encarregue da velhota. Mas a realidade é que ninguém o esperava no café: e quando o Sr. Silva lhe deu os bons dias do interior da barbearia e lhe perguntou fazendo uma cara de espanto e de crítica o que fazia ali com a velhota – apresentavam os dois uma aparência cansada e desleixada – apenas pensou que “só o poderiam estar a gozar”.
E então foi a confusão total no mercado com o Aurélio aos gritos para o interior da barbearia com a velhota cansada e aparentemente mal tratada a seu lado, enquanto o povo se juntava à sua volta e alguém ia chamar as autoridades e pessoas mais importantes da aldeia. E já lá estavam todos quando o Aurélio se voltou para a multidão e vislumbrando no meio deste os seus colegas da noite anterior espantados e de olhos muito abertos a olhar para ele, abriu a boca dirigindo-lhes de modo a que todos os vissem as suas claras e duras palavras: “Mas de que é que estão à espera para nos ajudar seus cabrões ou acham que não têm nada a ver com o que se passou na noite anterior? Quase que matavam a velhota! E já se esqueceram dos extraterrestres ou têm medo das vossas mulheres? Não acreditam? Obriguem estes cobardes a regressarem à mina de volfrâmio”! Juntamente com o elemento da GNR e a colaboração de algumas pessoas presentes lá conseguiram imobilizar o pobre do Aurélio – desaparecido desde a noite anterior – e com a ajuda do enfermeiro residente aplicar-lhe um calmante pondo-o logo a dormir. À avó levaram-na para casa duma vizinha, tentando recuperar a velhota e descobrir o sucedido: de certeza que ela diria algo de esclarecedor apesar de momento só falar em tiros, demónios e luzes no céu. Coitados: “tinham ficado os dois apanhados da cabeça, como se fosse obra do demónio” – pensava a beata da vizinha.
Nunca existira nas proximidades da aldeia – num círculo de raio superior a 50 quilómetros – qualquer mina de volfrâmio ou de outro tipo de minério conhecido. Ninguém tinha abandonado naquela noite a aldeia, a não ser o Aurélio e para destino desconhecido. E o psiquiatra descrevera o paciente como “estando a viver num cenário fictício por ele projectado e baseado numa pretensa realidade por ele próprio simulada, mas duma forma distorcida”, aconselhando do cimo da sua erudição e superioridade mental, internamento e descanso profundo e imediato. E na sua cabeça o Aurélio lá ia contando os segundos que faltavam até que os alienígenas voltassem de novo, enquanto a Avó do mecânico ligava para a sua imobiliária em Viseu, informando-lhes dum excelente terreno que tinha na sua posse pronto a comercializar. E de Paris veio o comprador.
A Invasão tinha sido suspensa até novas ordens: os métodos a adoptar no futuro seriam outros, imprevistos e irreversíveis.
Fim da 2.ª parte de 2
(imagens – Web)
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Invasão (1)
Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(Invasões Estrangeiras e Movimentos Populares)
O aglomerado de naves alienígenas registadas no radar era deveras impressionante: mas afinal de contas o que motivara a resposta inopinada destes seres estrangeiros e intrometidos no nosso planeta? Ou não saberiam ainda – apesar do seu grande avanço tecnológico – que ”entre marido e mulher nunca se deve meter a colher”?
A Terra sob ataque Alienígena
As primeiras informações tinham chegado à barbearia do Sr. Silva já era quase meio-dia. Como de costume este era o único sítio da aldeia que estava sempre a par dos últimos conhecimentos nacionais e internacionais, desde o roubo que tinha ocorrido no último fim-de-semana no galinheiro da tia Ermelinda até às notícias com menos de cinco minutos sobre a chegada eminente dos extraterrestres. Localizado mesmo à porta do mercado a barbearia era um local de passagem obrigatória, fosse porque não existia outra entrada fosse pela capacidade oratória e de entretenimento do seu conhecido barbeiro. Ninguém parecia saber mais do que ele nem perceber sobre tantos assuntos importantes, especialmente desde o dia em que o seu irmão António lhe oferecera uma televisão que tinha trazido de França e a fixara na parede do estabelecimento: parecia mesmo um “quadro vivo” – como dizia o pároco da aldeia, cliente diário logo na hora da abertura e sempre muito atento e interessado às notícias sobre o tempo. E então por volta das dez horas da manhã quando o movimento no mercado atingia o seu pico, a confusão à porta da barbearia era demais: entre passantes, clientes e mirones por vezes a entrada do mercado parecia tornar-se praticamente intransponível, tal o ajuntamento de pessoas que aí se verificava. Na região nem toda a gente tinha electricidade em sua casa quanto mais pensar em ter televisão: como zona agrícola e de árdua e constante labuta diária para obter o dinheiro para comprar pão e um pouco de comida, ter uma televisão por aqueles lados era um luxo inatingível, transformando a barbearia do Sr. Silva especialmente ao fim-de-semana e nos dias feriados num local de peregrinação e de culto, numa mistura de sala cinema e dum espaço de igreja. E então desde que o emigrante rico da terra e patrão do seu irmão lhe oferecera uma assinatura de televisão por cabo, a fama do Silva espalhara-se por todos os cantos da freguesia.
Não fora no canal da grande estação norte-americana CNN, que ouvira a preocupante novidade sobre a eminente invasão de extraterrestres: ela tinha origem numa curta notícia veiculada por um canal por ele pouco utilizado e que no seu noticiário curiosamente chamado Inferno, informava os seus ouvintes sobre os rumores que corriam a nível mundial sobre uma invasão já em marcha e que poderia ocorrer em qualquer lugar do mundo. Não voltara a apanhar mais nada sobre o caso nos outros noticiários da TV, mas o que provavelmente estaria a acontecer era um desses conhecidos blackouts tão do gosto dos norte-americanos e muitas vezes utilizado de maneira a não provocar alarme entre a população ignorante. Tinha que estar mais atento às notícias, sentindo como detentor do melhor transmissor de informações importantes da aldeia, a obrigação de as divulgar e se fosse caso disso os esclarecer, dando-lhes a possibilidade de se defenderem e protegerem. No centro do mercado e já muito próximo da zona onde se encontrava o café, vários grupos de homens estavam reunidos em intensa e acalorada conversa, enquanto iam bebendo o seu café e o respectivo copo de bagaço: uns falavam do roubo no jogo da bola de ontem à noite, outros das cabras mal vendidas num lugarejo da freguesia e até da professora que fora vista bastante alegre e já “bem aviada” numa discoteca das redondezas na companhia do filho do presidente da junta. Mas fora entre as mulheres que pacientemente esperavam no café a fazer o seu habitual tricô – enquanto falavam dos filhos e da jovem costureira que fugira com o tropa oriundo da capital – que a história teve mais impacto e mais forte divulgação: do cimo da sua vasta sabedoria comprovada pelo seu estatuto de mais velha e experiente professora e mãe do recentemente empossado presidente da câmara, D. Gertrudes introduzia mais uma vez a sua maior aventura e participação na história local dos maiores mistérios do mundo, relatando pela centésima vez o seu episódio de infância ocorrido na sua visita de estudo á Senhora da Lapa, em que ela e alguns dos seus colegas de escola afirmavam ter observado o aparecimento dum ente estranho sobrevoando o convento existente no local, no exacto dia em que o célebre sardão aparecera dependurado na estrutura de madeira que suportava o telhado da capela anexa ao convento. Se alguém havia na aldeia que melhor conhecesse estes fenómenos estranhos e bizarros certamente que seria D. Gertrudes e o seu filho presidente, nas suas horas vagas conhecido como um grande entusiasta dos fenómenos óvnis e do estudo da vida para além da morte – além de ser um fã inflexível da série “The Walking Dead”, como o comprovava o Sr. Silva que tantas vezes o acompanhara na barbearia no visionamento dessa série, quando ele aparecia a altas horas da noite vindo da café da aldeia e lhe solicitava – apenas como pretexto – um corte no cabelo ou uma aparadela na barba.
Pelas três horas da tarde já todos tinham almoçado e ido para a sua vidinha. Alguns jovens e reformados ainda se viam percorrendo as ruas da aldeia, mas o grande centro de reunião continuava a ser o café do mercado e a barbearia do Silva. Alguns dos presentes tinham mesmo aproveitado ser um dia solarengo, sem vento e de temperaturas amenas, para trazerem algumas cadeiras do café para o exterior, colocando-as viradas para a barbearia e de frente para a TV: enquanto bebiam a sua mini lá iam sabendo das últimas novidades, observando o Sr. Silva com o comando na mão e constantemente fazendo zapping, já um pouco nervoso pela falta de novas notícias, mas ainda à procura dos extraterrestres. Quando o ouviram dizer “finalmente” todos perceberam que os extraterrestres estavam de volta. Acabara por descobrir de novo o canal e lá estava o noticiário do Inferno: todos ficaram atentos à notícia.
- “Algumas estações privadas norte-americanas têm estado a noticiar desde o início da manhã que estará já em curso uma invasão do planeta Terra por forças desconhecidas vindas do exterior. Estas estações que descrevem as suas fontes como confidenciais mas credíveis dado virem das altas esferas militares, afirmam não se tratar de nenhuma brincadeira ou ensaio simulado e/ou preventivo, facto que poderá ser comprovado por observações já realizadas com a utilização de radares, os quais indicam a presença nas vizinhanças do nosso planeta de um número indeterminado de objectos, em aproximação constante e tendo-nos e à Terra como objectivo. Nas suas mais recentes actualizações as mesmas fontes afirmam desconhecer até ao momento os locais de maior impacto, deixando todos os lugares da Terra em aberto para a chegada dos extraterrestres”. A notícia acabava com um pequeno aparte em que se solicitava aos portugueses que estivessem atentos e relatassem de imediato se algo de estranho ocorresse na sua região, informando ainda que a Protecção Civil já estaria a ser mobilizada como medida preventiva, garantindo o mesmo canal que os militares já estariam colocados em estado de alerta e prontos a intervir de imediato, com o seu comandante chefe o Presidente, instalado no recentemente criado gabinete de crise.
Invasão do planeta Terra em curso vinda do Exterior
Mal a notícia terminou instalou-se um enorme burburinho no exterior da barbearia. O primeiro a levantar-se foi o chefe dos bombeiros, que declarou ir de imediato para o quartel pôr os seus homens de prevenção, comprometendo-se desde já em colocar uma ambulância no centro da terra para o caso de ser necessário prestar assistência médica e ao mesmo tempo enviar alguns homens em patrulha pela freguesia de modo a ver como é que a situação evoluía. Quanto ao responsável da GNR e como medida de segurança resolveu deslocar-se até ao posto e ir verificar o estado das suas armas: na última inspecção ao armamento disponível e ainda a funcionar, constatara a reduzida quantidade de munições e as más condições de manutenção da esmagadora maioria das pistolas. Restava-lhe no entanto e como último recurso de defesa uma metralhadora e três granadas que tinham sido no outro dia apreendidos a um grupo de contrabandistas. Entretanto à volta da barbearia mantinha-se o aglomerado de pessoas, cada uma delas com uma sugestão de momento, mas na sua grande maioria passiva e apenas a escutar o que os outros iam dizendo. Até o pastor parara momentaneamente com o seu rebanho, a atravessar como de costume por essa hora da tarde o centro da aldeia, ficando com os ouvidos atentos enquanto bebia uma fresquinha: para ele estavam todos loucos e o que lhes faltava era trabalhar. Nas caminhadas pelos campos e pelos montes na companhia do rebanho e do seu cão Mafarrico nunca vira monstros ou demónios, nem mesmo uma jeitosa que lhe ocupasse o tempo e lhe satisfizesse o desejo: apenas dureza, frio e sofrimento. Coisas estranhas, desconhecidas ou mesmo fantásticas só mesmo o som da vida que todos os dias percorria o seu campo, atravessando-o languidamente de ponta a ponta e acabando por se encontrar alegremente entre o murmúrio embevecedor da água líquida, correndo no meio da terra e das pedras entre as margens do pujante rio: talvez o facto mais curioso a que até aí assistira fora num ano por altura da reprodução, em que uma truta provavelmente desequilibrada e curta de vista ao saltar rio acima, lhe caíra precisamente nas mãos e aí o ficara a olhar – fresquinha e pronta a ser posta sobre a fogueira que acabara de montar. Nunca comera tão bom grelhado, com um naco de pão e o tinto a acompanhar: fora das poucas vezes que se deixara adormecer em pleno horário de trabalho e até o quentinho do Sol ajudara.
Às cinco horas da tarde ainda se encontravam algumas pessoas nos arredores do mercado. Um grupo de homens juntava-se em torno das mesas do café, uns a observar a partida de sueca que se desenrolava numa das mesas, enquanto na outra se jogava dominó. Era uma mistura de reformados, desempregados e um ou outro jovem, que tendo já pouco com que preencher a sua vida naqueles lugares cada vez mais isolados e abandonados, se dedicavam ao jogo e ao convívio. Quanto às mulheres tinham-se retirado para os seus afazeres de casa, agora interrompido para a merecida hora do lanche: na casa delas ou da sua vizinha aquele era mais outro momento sagrado do dia, tempo que por vezes se arrastava até à hora do jantar, se a conversa fosse interessante e especialmente se envolvesse a vida de conhecidos ou famosos. Quanto ao Sr. Silva encerrara já há muito o seu trabalho na barbearia, encontrando-se de momento tranquilamente instalado no sofá a tomar a sua cevada e a ver o seu zapping televisivo. E cerca das seis e meia da tarde quando já quase todo o mundo regressara dos campos e a maioria dos outros trabalhadores regressara das vizinhanças soou a sirene dos bombeiros: em poucos minutos chegava a carrinha dos bombeiros com o seu chefe a conduzir logo seguida pelo jipe que regressava após um dia de vigilância e inspecção aos terrenos agrícolas e florestais situados ao redor da aldeia. Se estes nada tinham a acrescentar o mesmo não se passava com o chefe dos bombeiros, que parando o carro logo saiu dele apressado, dirigindo-se em passo acelerado à barbearia do Silva: atrás dele foram todos os outros homens que ali se encontravam no café e que alertados pela sirene tinham abandonado de imediato as mesas de jogo, pondo-se a olhar agora para a paisagem em redor e para o céu que ali se apresentava e ver se descobriam o que na realidade se passava. O chefe dos bombeiros demonstrando algum nervosismo falava duma forma um pouco alterada e descoordenada com o barbeiro, sobre um pedido de auxílio que recebera do dono do aviário localizado a poucos quilómetros do centro da aldeia, dizendo que estava a ser atacado por um grupo de indivíduos que até ao momento não conseguira ainda identificar e que estariam a lançar objectos que iam caindo com grande estrondo nas placas do telhado: nem se atrevera sequer em sair tal eram os estrondos e as luzes esquisitas que os acompanhavam. A questão que o chefe dos bombeiros colocava ao barbeiro era se não seriam já os extraterrestres, que tendo acabado de chegar e aterrar teriam logo iniciado o seu ataque e invasão, pondo logo em causa uma das fontes de produtos alimentares e de sustento dos habitantes da aldeia, à qual se poderiam seguir outros ataques como o da contaminação da água de modo a todos envenenar e matar. Nem dez minutos tinham passado e já uma multidão rodeava o mercado, todos concentrados em torno da barbearia onde dentro de momentos o grupo de salvação que se tinha formado sob a direcção do bombeiro e do barbeiro, iria tomar a palavra e indicar as acções de retaliação a tomar. Ao mesmo tempo a rádio local ia informando a população do que estava a ocorrer, sendo por outro lado cada vez em maior número as chamadas telefónicas recebidas pela menina Fernanda no quartel de bombeiros, com pessoas das mais variadas idades e profissões a afirmarem terem avistado luzes que se deslocavam no céu e mesmo seres estranhos a percorrer os seus terrenos; alguns afirmavam ter sido mesmo atacados, tendo mesmo um idoso escorraçado um ser de aspecto medonho à cacetada e ao pontapé. Mas o caso que mais chocara a jovem (e talvez ingénua) telefonista fora o telefonema recebido de França, em que um jovem colega de escola agora a trabalhar como mecânico em Paris – parecendo soluçar convulsivamente e mal se percebendo o que dizia – pedia insistentemente que fossem em auxílio da sua avó residente num lugarejo vizinho da aldeia e ainda pertencente à freguesia, afirmando que esta lhe telefonara pedindo socorro duma forma aflitiva e afirmando entre gritos lancinantes estar a ser atacada fisicamente por uma criatura medonha que parecia pelo seu comportamento e atitudes querer violá-la. A noite caíra entretanto com as luzes públicas acabadas de acender e iluminando as partes mais importantes da aldeia: o mercado, o quartel, a escola, a igreja e a rua principal.
Juntaram-se todos por volta das oito da noite no largo diante da entrada do mercado: tinham conseguido reunir num curto espaço de tempo duas viaturas pesadas – o carro dos bombeiros e uma carrinha de caixa aberta – dois jipes – o da corporação e outro dum dos caçadores da terra – três viaturas ligeiras, um tractor devidamente equipado e ainda alguns motociclos e um triciclo motorizado de carga dos serviços florestais. Homens voluntários (contando com pouquíssimas mulheres) eram mais de trinta – uma enormidade para aquela aldeia – com alguns jovens e idosos presentes, mas sendo na sua grande maioria de meia-idade. Saíram pouco depois em fila indiana numa comitiva que incluía sete viaturas e um tractor seguidos dalgumas motorizadas: estavam bem equipados e fortemente armados.
À saída da aldeia viraram de imediato em direcção a Queiriga. Atravessaram a terra percorrendo a sua via principal, aproveitando em directo a ocasião para verificar como esta se encontrava deserta e silenciosa, com algumas luzes iluminando uma dezena de casas espalhadas pelas margens da estrada e com duas ou três pessoas paradas à porta do café central – enquanto num dos lados mais à direita, o sino da igreja assinalava as nove horas da noite. Mais à frente encontraram o caminho que ia dar à conhecida casa das Bruxas de Queiriga, mas como nada de estranho se divisava à distância, decidiram manter o rumo e prosseguir a viagem: tinham que se dirigir o mais rapidamente possível em direcção às minas de volfrâmio onde alguns elementos do grupo tinham conhecimento via telemóvel de que algo de muito estranho se passava – em terra e nos céus – além da urgência em atingir a casa da avó do mecânico, localizada um pouco antes do edifício principal (abandonado) da mina. Perto das vinte e duas horas o comboio de viaturas interrompeu a sua marcha a poucas centenas de metros do seu primeiro objectivo – a casa da avó – todas as viaturas apagaram as suas luzes e por breves momentos fez-se um profundo silêncio.
Fim da 1.ª parte de 2
(imagens – Web)
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New World Bush
An Ex-KGB-Agent of Capitalism first working for us (pardon the state), then working for him (pardon the privates): Dictator, Democratic or the same thing?
Nothing of that: only fighting for money only fighting for power. Like in my (your) country.
Vladimir
Vladimir is looking for a target to show the world the power of Russia: Sochi was only the announcement. Next phase's game? Maybe cutting the air to Ukraine and theirs neighbours and friends. But Vladimir priority objective – like Bush with Oil – it's only Europe. Russia will be one of the next world states leaders, controlling Europe and Asia with the other international monsters, China.
(imagem – huffingtonpost.com)
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Is World War 3 Imminent?
Russia vs USA
Barack Obama and Vladimir Putin
Ukraine’s population is split, roughly 50/50, between those who are “pro EU/US” and those who are “pro Russia”. The recent “revolution” and change of government in Ukraine has exacerbated political, ethnic and religious divisions (as all US-inspired provocations do, and are designed to do) among the Ukrainian people. At present, the US-backed government in Kiev and its supporters in Western Ukraine are lobbying the UN security council and NATO (the US military mainly) to “look at all ways to protect its territorial integrity.” At the same time, the newly declared ‘independent’ parliament in the Crimean peninsula has called on Russia to protect its ‘integrity’. All of which appears to shape up as the opening gambit in a possible military confrontation between the USA and Russia. So, is the real war that never came during the ‘cold war’ about to kick off?
(sott.net)
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Like an Ukrainian Alien
“Existe sempre a possibilidade – se sobrevivermos às balas – de vivermos da Luz e do Ar. E se houver água melhor, poderemos tomar banho”
(Alien Barbie)
No meio da grave crise social e económica que atravessa a Ucrânia podendo-a mesmo lançar numa guerra suicida e de consequências desconhecidas e desastrosas até para a Europa, eis que surge de novo e como que retirada dum cenário neste caso pré-apocalíptico a modelo ucraniana Valeria Lukyanova, internacionalmente conhecida como sendo muito parecida com outro modelo mas neste caso de plástico: Barbie.
Valeria Lukyanova – A Alienígena Ucraniana
A modelo ucraniana – talvez marcada pela recente violência registada no seu país e pelo impasse que se desenha pelo menos temporariamente no horizonte e que poderá levar rapidamente ao desemprego e à fome (o que contradiz aqueles que diziam que como Barbie, não tinha nada na cabeça) – aparece agora com o mesmo aspecto anterior mas com outras pretensões e objectivos mais profundos e filosóficos: ela acredita firmemente ser um Alienígena e ser capaz de viver usufruindo apenas de Luz e de Ar. E dispensando mesmo a água – o que não deixará de ser um espanto (ainda por cima olhando para ela) dado qualquer ser humano ter na composição do seu corpo cerca de 2/3 de água. Esqueci-me: ela não é deste mundo.
(imagem – Web)