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Zero em Pensamento

Quarta-feira, 02.04.14

Ficheiros Abertos – Da Vida Vem o Universo

(A Alma e O Pensamento)

 

“Creativity and non-conformity now listed as a mental illness by psychiatrists”

(American Psychiatric Association)

 

A paródia da certificação e da autentificação do Homem – por outros Homens Exclusivos – transformou o Mundo num Circo sem verdadeiros artistas e experimentalistas e por falsificação de cenários numa brutal e irreversível tragédia para a raça humana: antes matava-se com uma bala (associada a uma pistola), agora com um certificado (associado a um diploma) e amanhã com o esquecimento (associado ao excedentário desqualificado). Eles vendem tudo e nós só temos que consumir”.

 

Em Busca do Mundo Perdido

                                                                

Talvez no nosso Mundo existam aqueles que por usurpação coerciva do conhecimento dos outros se achem superiores a Deuses (transformando-se em ícones invisíveis mas por esse motivo posteriormente adulados) usufruindo duma forma prepotente dessa circunstância alheia e de formação experimental colectiva, para dum modo claramente improdutivo e finitamente egoísta (consequência da sua visão conservadora e geocentrista agora convertida e aplicada ao indivíduo) – e apoiada no servilismo de alguns ignorantes previamente certificados – se tornarem temporariamente em Entidades Divinas e Inimputáveis, mesmo sabendo e apesar de tudo que depois serão apenas iguais (em vida superiores, mas na morte iguais): ninguém gosta de sofrer sem necessidade ou vantagem, mas existem aqueles que para além disso gostam de fazer aos outros aquilo que nunca aceitariam que lhes fizessem a eles. Utilizando uma máxima da Revolução Cultural Chinesa – talvez mais focada do que desfocada e mais próxima da verdade – e que no fundo significaria a insignificância deste mundo de passagem face ao mundo de permanência: foi a Vida que criou o Universo e não o contrário. E sabendo disto Homens resolveram tornar-se Deuses actuando a seu belo prazer sobre o Casulo e dele dispondo como se os outros nada fossem – o que não deixa de ser verdade, mas não ratificando necessariamente o exercício grátis da violência. Mas o que é um facto é que nesta fase de pré-borboleta mentalmente deixamos muito a desejar, ansiando por lobotomia e que – como um morto-vivo – alguém trate de nós.

 

Porque será que em vez de termos uma visão global de tudo o que se passa à nossa volta – para compreendermos melhor o mundo onde vivemos – preferimos levar a nossa pobre vidinha organizada e certinha de acordo com todos os manuais de instrução oficiais, que nos são fornecidos ao longo de toda a nossa vida de formação e certificação contínua, englobando propositadamente uma catadupa de factores por vezes sem nenhuma ligação – senão mesmo inexistentes – mas susceptíveis de criar confusão, dúvidas e manipulação? É certo que na nossa sociedade se generalizou a noção da necessidade da especialização para assim se obter sucesso imediato num sector específico e particular – apesar desta estratégia limitar a nossa capacidade de raciocínio, integração e acção – mas neste caso nem disso se trata. O que no fundo nos é proposto – ou imposto voluntariamente – é uma visão do mundo extremamente limitada e perversa face à realidade com que nos deparamos já há centenas de anos – dum Universo Infinito – privilegiando a segurança e secundarizando a liberdade, dando protagonismo à organização – muitas vezes ilusória por artificial – e esquecendo o ponto de partida de qualquer sistema ou conjunto inicial (original): o caos. Posteriormente organizado por acaso e necessidade de todos os sistemas e conjuntos – mesmo que aparentemente vazios – interagindo entre si e em constante transformação – os Multiversos. A energia terá dado origem à matéria por acção do movimento – com o tempo e o espaço utilizados apenas como parâmetros adicionais de expansão ou de contracção.

 

O espaço e o tempo só poderão ser considerados como estruturas monolíticas e limitadas – introduzindo limites como o nascimento (criação) e a morte (perda) – por alguém que deseje encobrir e esconder para seu único benefício qual é o nosso verdadeiro papel e função neste mundo onde agora vivemos. Já pensaram no incomensurável poder e estatuto de Divino que possuiríamos se por exemplo:

- Soubéssemos que este percurso de criação de Vida que terá dado origem ao Universo – e não ao contrário como nos é ensinado – fosse apenas um pequeno primeiro passo necessário ao desenvolvimento dum processo mais vasto e nesta primeira fase meramente biológico e muito semelhante ao ocorrido no ventre da nossa mãe, terminando no nosso lançamento num outro mundo sem nenhum ponto de comum com aquele onde vivemos: estaríamos perante um acontecimento profundo que alteraria definitivamente as visões propostas para este mundo preparatório e virtual – de que os sonhos como “tubos de escape e consciencialização” são exemplos evidentes – aniquilando a morte e o seu estatuto e destruindo de vez aqueles que dela se servem. O que seria se soubéssemos que a morte não era o nosso fim e de tudo o que nos rodeia, mas uma transição (do plano físico limitado mas preparatório, para o plano psíquico ilimitado e sem grilhetas superiores e moralistas) para outro nível diferenciado e no fundo de acordo com as premissas em que ainda hoje (profundamente) acreditamos por naturais, universais e não impostas: num Universo por definição infinito, nele nunca nada se criará ou perderá, apenas se adaptando o mesmo ao conjunto onde está inserido e nele evoluindo em associação e partilha com outros Universos, tocando-se por aproximação, intersectando-se por evolução e até replicando-se por transformação.

 

 (imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:54