ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Hoje começa o Verão
Hoje é o dia do solstício de Verão no hemisfério norte (em que a duração do dia é a maior do ano), ou seja, o dia em que se inicia a estação de Verão e as férias grandes de muita gente como nós.
Praia de Albufeira
(há muitos anos atrás)
Momento para se recordar a vida das populações locais – neste caso de Albufeira – num ainda não muito distante passado: quando as casas dos seus antepassados ainda estavam de pé e os albufeirenses ainda não estavam extintos.
(imagem – edamalta.superforum.fr)
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Vem aí os Russos II
Mais tropas russas a caminho da fronteira ucraniana
(agora que um dos seus postos fronteiriços já foi atacado)
Enquanto a aventura dos conglomerados que dominam a política externa (e interna) dos USA continuava em pleno desenvolvimento na Ucrânia – veja-se o número de infra-estruturas básicas destruídas (ou paralisadas), além dos mortos e dos feridos registados no leste da Ucrânia entre a sua população civil (com a colaboração interna e externa de mercenários privados) – a Rússia de Putin (e após a integração em território russo do que lhes verdadeiramente interessava, a militarizada e estratégica região da Crimeia) virava-se de imediato para o imenso e prometedor (que o digam os USA) mercado asiático: o estabelecimento dum mega acordo de abastecimento futuro de gás natural à China relançava a economia russa para a concretização dos seus desejos de penetração em mercados prioritários (como o chinês, ainda antes do fim do ano a maior economia a nível global), ainda por cima com a possibilidade de com o gigante chinês pôr de lado como referência internacional de pagamento a moeda norte-americana, o dólar. Isto tudo (e infelizmente como sempre) com a Europa a ver e nada fazer e até (ironicamente) a assistir à possibilidade desse pagamento ser feito em euros. Mas pelos vistos a Europa não necessita de ter acesso a fontes de energia, já que sendo auto-sustentável, abdica dos fornecimentos vindos da Rússia. Mas será mesmo assim?
E agora chegou a altura de Putin se virar de novo para o cenário secundário (a Europa) e se achar necessário actuar: tratar da saúde dos necessitados e tentar mais uma vez demonstrar às vítimas do Outro (Obama), que tal como ele – mas sem ser necessário recorrer de início à ameaça e à destruição – apenas pretende estabelecer acordos e negócios proveitosos para a Rússia. Mas uma coisa já todos sabemos: jamais a Rússia permitirá que cidadãos russos sejam abatidos como cães, logo ali ao lado e na cidade maioritariamente russa mais próxima.
“We are surprised by such claims about the concentration of Russian troops on the Ukrainian border. In this case, it’s not about any concentration of military forces, but about the measures to fortify the borders of the Russian Federation, the measures ordered directly by President Putin”.
“Concerning the quantity of the military forces, it’s determined by the requirements to ensure a sufficient level of security at the border”. (Dmitry Peskov – Secretário de Estado da Rússia para a Imprensa)
Refugiados residentes no leste da Ucrânia em fuga pela vida
(ou como diria o poder actualmente instalado em Kiev os subhumanos)
E no meio da espuma dos dias eis que do interior do oceânico Atlântico surge a velha e ultrapassada Europa, emergindo à superfície das águas com a ajuda dos seus salvadores habitando do outro lado do mar, a bordo duma fortaleza norte-americana ostentando (ao estilo dos antigos e poderosos piratas) a multi-interpretativa bandeira da NATO – apoiando indefectivelmente o comandante militar aqui devidamente apetrechado com todo o seu inestimável e revolucionário arsenal, ainda por cima oriundo do país mais poderoso do mundo, o único capaz de o dominar apenas imprimindo mais moeda). O que os Europeus poderão questionar agora mais do que nunca – já que nos encontramos numa crise soluçante (por ter sido importada do exterior, objectivamente para salvar outros) mas que nunca mais acaba (porque ficamos com os produtos tóxicos dos outros, descarregados deliberadamente e sem piedade sobre nós) – é a razão pela qual foi criada a EU e depois disso o Euro: se afinal a sua criação não era para a Europa contrapor o seu poder à asfixiante prepotência económica e financeira do dólar – ninguém consegue deter um país que tenha o poder e a capacidade de inundar o mundo com a sua moeda – então para que foi ela criada? Fácil: objectivamente e unicamente para colocar nas mãos de um único país o controlo económico e financeira de toda a Europa. Só que ainda não foi declarada oficialmente a III Guerra Mundial – apesar da decadência acelerada da Europa, com o esmagamento e aniquilação progressiva dos seus paradigmas civilizacionais de sustentação (deparando-se a nossa sociedade com uma pirâmide social em inversão) – nem Berlim é a capital dos Estados Unidos da América.
O que todos nós poderemos lamentar é a posição no meio de toda esta confusão, do país que com a sua iniciativa pretendia aparentemente ajudar a desenvolver o mundo (os Estados Unidos da América) – mesmo que fosse em seu benefício, mas também e de uma forma inteligente e empreendedora pensando nos outros – e que no final apenas conseguiu transmitir ao mundo a sensação do que é ter medo, viver num estado de permanente ameaças e terror e no fim poder ser violado e colonizado (sem pena nem remorsos) como se fossemos terroristas, traidores ou extraterrestres. Foi uma pena ou então uma inevitabilidade: o presidente Obama deixou-se levar pela extraordinária máquina de guerra norte-americana e se por um lado mandou regressar as suas tropas a casa, poderá ficar associado e mais tarde relembrado para todo o sempre – depois da morte e do funeral do célebre Yes We Can – como o Homem dos Drones. Como seu testamento político poderá no entanto invocar o Obamacare.
"We now see a new Russian military build-up around the Ukrainian border. At least a few thousand more Russian troops are now deployed".
"It seems Russia keeps the option open to intervene further in Ukraine".
"The international community would have to respond in a firm manner if Russia were to intervene further in Ukraine". (Anders Rasmussen – Secretário Geral da NATO)
(imagens: RIA Novosti/Pavel Lisitsyn e RT – texto em inglês: RT)