ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Japão – O Vulcão do Monte Ontake
Quando cheguei ao Algarve ouvi logo falar do vulcão de Monchique: mas nunca o vi, só provei das suas águas termais. O que não quer dizer que nunca tivesse existido ou que até pudesse ser um familiar (afastado) dele. Geologicamente falando, claro!
Erupção no vulcão do Monte de Santa Helena
(USA – 1980)
Em 20 de Março de 1980 uma sucessão de sismos registados no estado norte-americano de Washington (mais precisamente na região envolvendo o monte de Santa Helena) despoletou a actividade sísmica e eruptiva no vulcão aí existente (despertando-o). Dois meses depois o vulcão de Santa Helena explodiu (a 18 de Maio de 1980) provocando a destruição e o deslizamento de todo o flanco norte da montanha: o seu cume desapareceu deixando no seu lugar apenas um enorme buraco. Apesar de tudo apenas se registaram cerca de seis dezenas de vítimas mortais – originadas pelos efeitos devastadores da poderosa nuvem piroclástica criada após a explosão (com velocidades que poderão ter atingido os 1.000Km/h e um raio de acção de vários quilómetros).
As cinco crateras do vulcão Ontake
(Japão – 2014)
Mais um vulcão na Ásia a entrar de novo em erupção, neste caso o vulcão mais alto do Japão com uma altitude de mais de 3.000 metros (que até 1979 se pensava inactivo, entrando nesse ano em plena actividade). Situado na ilha japonesa de Honshu (a maior do conjunto de ilhas do arquipélago japonês) e a cerca de uma centena de quilómetros da cidade de Nagoya (e a 200Km da capital Tóquio). Na imagem anterior podemos ver as suas cinco crateras em acção – desde o dia 27 de Setembro deste ano – as quais apanharam muitos dos locais de surpresa (entre curiosos e habitantes locais) provocando uma dezena de feridos e obrigando quase três centenas de pessoas a procurarem protecção em refúgios na montanha. Até ao momento não existindo notícias sobre o aparecimento de lava, registando-se apenas a queda de cinzas e de pequenas pedras.
Montanhistas apanhados de surpresa
(Japão – 2014)
Com uma grande presença de locais e ocasionais nas imediações do monte Ontake – devido ao atractivo que o vulcão aí existente representa para todos os japoneses (e para a sua cultura) e sabendo-se que as montanhas cobrem quase 70% do seu território – a repentina erupção registada a 27 deste mês apanhou muitos deles de surpresa. Como se pode verificar na imagem anterior, com os elementos presentes nas imediações das encostas do vulcão a fugirem apressadamente, perante a rápida aproximação de uma densa e cinzenta nuvem de cinzas (tal e qual uma nuvem piroclástica). Tanto os Estados Unidos como o Japão têm assim (como em muitos outros campos) estreitas ligações entre si: neste caso tendo os vulcões (existentes nos seus territórios) como elemento comum.
(imagens – Web)