ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Rápido Ocaso do Cometa Siding Spring
Há cerca de quinze dias atrás toda a comunidade astronómica (e não só), falava constantemente e com algum entusiasmo de um cometa que passaria muito próximo de MARTE, fazendo-lhe uma verdadeira tangente: muita gente se fixou neste acontecimento científico (e social), enquanto que cumprindo a sua função de vender notícias, os órgãos de comunicação iam afirmando estarmos em presença de um Evento Extraordinário e Único numa Vida.
As consequências da passagem do cometa poderiam ser nefastas tanto para o planeta como para as sondas terrestres que lá se encontravam (até pela exposição de MARTE à cauda de SIDING SPRING), havendo sempre a possibilidade de existir algum tipo de impacto.
Passagem de Siding Spring a 140.000km de Marte
(imagem obtida por sobreposição)
Mas entretanto nada de extraordinário aconteceu e mesmo o importante factor de um cometa passar tão perto de um planeta (cerca de 1/3 da distância entre a TERRA e a LUA) despertou interesse entre as pessoas: isto apesar de se tentar associar esta passagem do cometa a um outro cenário em que MARTE seria substituído pela TERRA – de forma a cativar o público através desta informação e da sua imaginação – colocando-o o indivíduo num quadro virtual aqui na posição de um marciano.
E não houve impacto, a cauda do cometa não engoliu o planeta, as sondas terrestres seguiram incólumes – e não havendo notícia o cometa então esfumou-se.
Após a sua passagem no passado dia 19 nas proximidades do planeta MARTE, o cometa SIDING SPRING continuou a sua caminhada em direcção ao SOL: atingiu o seu periélio seis dias depois (a 25 de Outubro) virando-se então em direcção ao seu local de origem e iniciando a sua viagem de regresso às NUVENS DE OORT.
(imagem – NASA)
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As Órbitas dos Satélites
“Cada vez que olhamos para o Céu lembramo-nos que até lá há Lixeiras (e a Céu Aberto). Mas que também será a partir dele (o Céu) que Conquistaremos Novos Mundos (como os Grandes Descobridores Portugueses).”
ISS – Estação Espacial Internacional
Os satélites artificiais podem ter três tipos diferentes de órbitas: Elevada (satélites meteorológicos e de comunicação distando mais de 35.780km), Média (satélites de navegação e monitorização distando de 2.000 a 35.780km) e Baixa (satélites científicos distando de 180 a 2.000km).
Os três tipos de órbitas
A distância a que esses satélites se encontram da Terra tem influência directa no seu comportamento e desempenho. Como é o caso da velocidade a que cada um desses diferentes satélites se deslocam, sendo que quanto mais perto eles estiverem do nosso planeta, maior será a força da gravidade exercida sobre eles e maior a sua velocidade.
Órbita do Satélite Artificial | Distância S/T (km) | Velocidade S (km/h) | Tempo Orbital S (h) |
Elevada | > 35.789 | 11.199 | 1.436 |
Média | 2.000 – 35.780 | 13.900 | - |
Baixa | 180 – 2.000 | 27.500 | 1,65 |
Órbita do Satélite Natural | Distância L/T (km) | Velocidade L (km/h) | Tempo Orbital L (h) |
LUA | 384.000 | 3.679 | 40.320 |
(S – Satélite Artificial; T – Terra; L – Lua)
Poderíamos ainda considerar um número indeterminado mas certamente elevado de pequeníssimos satélites rodando numa órbita muito próxima da Terra, de cuja presença todos nós já temos conhecimento e que vulgarmente denominamos como lixo espacial: potencialmente perigosos pela possibilidade de ocorrerem impactos imprevistos e fatais.
Lixo espacial – 95% dos objectos em órbita
Como o caso ocorrido entre um satélite norte-americano em pleno funcionamento e um outro satélite russo que já não funcionava, que ao colidiram em órbita da Terra se desintegraram criando imediatamente um verdadeiro campo de minas contendo 2.500 artefactos (detritos).
(dados e imagens – earthobservatory.nasa.gov)
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Imaginação & Realidade
A Lua Misteriosa e a Cratera Manlius
Recordando um mistério (entre tantas anomalias entretanto registadas) com quase 50 anos. Isto porque o esquecimento não é solução e não leva a lado nenhum.
Lua – Lunar Orbiter3 – Frame 3073
(tirada a mais de 60km de altitude)
Ao olharmos com um pouco mais de atenção para algumas das fotografias obtidas utilizando as sondas enviadas da Terra para o Espaço (e que durante todos estes anos foram visitando Outros Mundos, como o nosso satélite a Lua), acabamos por vezes por encontrar inadvertidamente certos pormenores nessas mesmas imagens que nos tocam profundamente – essencialmente por se desenquadrarem do cenário expectável (previsível e aceitável). Esse é caso da imagem registada pela sonda norte-americana Lunar Orbiter3, lançada de Cabo Canaveral em Fevereiro de 1967 (já lá vão quase cinquenta anos). Inicialmente a frame 3073 parecia em tudo normal e conforme o esperado, apresentando-nos uma região da superfície do nosso satélite com uma cratera de maiores dimensões (na parte superior dessa imagem).
Em primeiro plano: Uma Estrada na Lua?
(surpreendentemente rectilínea e com uma extensão superior a 100km)
No entanto (e logo a seguir à segunda olhadela ao cenário apresentado) algo se destacou de imediato na imagem: ela era atravessada horizontalmente por uma recta quase perfeita e com uma extensão de várias dezenas de quilómetros (mais de 100). Se estivéssemos colocados em órbita da Terra (em vez de em órbita da Lua) e nos confrontássemos com imagens semelhantes a esta, a nossa reacção (e resposta natural) seria bastante clara: estávamos perante uma estrada (uma extensa recta) que atravessava de uma ponta à outra (da imagem) esta região do nosso planeta. Mas também sabemos como os nossos órgãos dos sentidos podem ser “traiçoeiros”, especialmente quando nos deixamos levar pelas nossas emoções (adaptadas às nossas percepções localizadas e não a um mundo que desconhecemos). Mais uma ilusão de óptica?
Ilusão de óptica (provocada pela depressão na cratera) ou nave espacial (com pelo menos 10km de comprimento)?
Se a imaginação se impuser à realidade um objecto verdadeiramente inacreditável
Só que no caso da frame 3073 existe mais uma potencial ilusão de óptica, apenas perceptível através da ampliação da imagem fornecida pela Lunar Orbiter3. A ampliação dessa imagem é agora dirigida à cratera Manlius e ao que aparece no seu interior. E o que parece lá estar (na depressão iluminada da cratera) é nada mais e nada menos do que uma nave espacial! Mais uma vez a depressão no terreno conjugada com as zonas iluminadas pelo Sol e as situadas na zona de sombra, poderão explicar aquilo que estamos a ver, atirando-nos de novo e irremediavelmente para uma ilusão e para mais uma projecção dos nossos desejos. Mas todos temos que concordar que se pretendêssemos obter propositadamente um trabalho deste tipo (e qualidade), este seria de certeza (e no mínimo) um dos seleccionados: muito parecido com um Vaivém da NASA mas aqui com cerca de dez quilómetros de comprimento (imagem colorida retirado de QG-UFO).
"A imaginação muitas vezes conduz-nos a mundos a que nunca fomos, mas sem ela não iremos a nenhum lugar." (Carl Sagan)
(imagens: lpi.usra.edu excepto última/colorida tirada de qgufo.blogspot.pt)