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Os Cinturões de Van Allen

Sábado, 29.11.14

Um terceiro Cinturão de Van Allen (conjunto de partículas sob a acção do campo magnético terrestre e actuando como barreira protectora dos efeitos nocivos da energia emitida pelo Sol) protegerá em determinados momentos a Terra: constituído por uma nuvem de gás carregado electricamente, ao interagir com as partículas dos outros dois cinturões, este agora descoberto cinturão (integrando a plasmasfera) cria uma verdadeira barreira protectora.

 

plasmaspherev5-01_3.jpg

O 3.º Cinturão
Mais uma barreira de protecção para a Terra
(contra os electrões mais rápidos)

 

Pelos vistos são três e não dois os cinturões que protegem a Terra (a sua atmosfera e os seus seres vivos residentes) da acção das partículas nocivas provenientes do Sol: o primeiro estendendo-se de 1.000 a 10.000Km de distância da Terra, o segundo entre os 13.000 e 65.000Km e finalmente o terceiro situando-se numa região intermédia (12.000Km – valor registado na última observação antes do cinturão voltar a desaparecer e que durou quatro semanas).

 

Se os dois primeiros cinturões já eram conhecidos desde que em 1958 James Van Allen os descobrira através dos dados recolhidos pela sonda Explorer 1 (lançada nesse ano e incorporando um aparelho para detecção de raios cósmicos), já no caso do terceiro cinturão foi mais complicada a sua identificação e confirmação, dado o mesmo aparecer e desaparecer sem qualquer tipo de aviso, pelo menos conhecido e bem compreendido.

 

Segundo James Van Allen com o primeiro cinturão (o mais interno) a ser constituído por uma camada de protões altamente energéticos (protegendo-nos dos raios cósmicos oriundos do exterior) e com o segundo a ser constituído principalmente por iões de hélio (transportados pelos ventos solares) e com os electrões a serem aqui as partículas mais energéticas.

 

Quanto ao terceiro cinturão agora identificado – a que os cientistas têm chamado “disco invisível” – a sua função seria a de eliminar os chamados “electrões assassinos”, responsáveis entre outros, pela destruição de satélites, efeitos nocivos na saúde dos astronautas e até para o próprio ambiente terrestre.

 

Mas ao contrário dos outros dois cinturões, este último tem demonstrado ser temporário: em todas as observações realizadas a este tipo de fenómeno, ele tem sempre apresentado um princípio e um fim. O último evento deste tipo ocorreu em 2013 e durou quase um mês: no final desse período uma grande tempestade solar atingiu este terceiro cinturão, fazendo-o desaparecer completamente.

 

(imagem – NASA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:23