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Europa – Eleições 2015

Sexta-feira, 23.01.15

Num ano em que diversos países do continente Europeu vão a eleições (só legislativas são mais de uma dezena), quatro países se destacam neste cenário eleitoral: Espanha, Grã-Bretanha, Grécia e Portugal. Os quadros seguintes apresentam-nos os últimos resultados eleitorais, acompanhados pelas últimas sondagens realizadas (dos cinco partidos com maior expressão nas sondagens). Em percentagem.

 

GRÉCIA – Janeiro (dia 25):

 

Partido Eleições 2012 Sondagens 2015
SYRISA 27 36
Nv. Democracia 30 30

POTAMI

-- 7
Aurora Dourada 7 6
Comunista 5 6
PASOK 12 5

 

GRÃ-BRETANHA– Maio (dia 7):

 

Partido Eleioções 2009 Sondagens 2015
Trabalhista 29 33
Conservador 36 31
UKIP 3 17
Britânico 2 --
Escocês 2 --
Verdes 1 8

 

PORTUGAL – Outubro (dia ?):

 

Partido Eleiçóes 2011 Sondagens 2015
PS 28 38
PSD 39 27
CDU 8 9
CDS 12 8
BE 5 4
PDR -- 3

 

ESPANHA – Dezembro (dia 20):

 

Partido Eleições 2011 Sondagens 2015
PP 45 29
Podemos -- 21
PSOE 29 19
Cidadãos -- 6
U.P. e Democracia 5 5
Esquerda Unida 7 4

 

E vendo este pequeno panorama Europeu (não contando aqui com os ex-países comunistas agora fanaticamente pró-americanos), é fácil de compreender a pressa com que Mario Dragui (o submarino norte-americano infiltrado na Europa) nos impôs esta semana a sua “conversa da treta”: ontem o chefe falou-nos da chegada ao paraíso e hoje os mesmos lacaios já nos ameaçaram com a subida dos combustíveis.

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:13

História de uma Terra

Sexta-feira, 23.01.15

Villa Epecuén was a tourist village that was located in the Buenos Aires Province, Argentina. Now abandoned, its ruins are found on the eastern shore of the Laguna Epecuén, about 7 kilometres north of the city of Carhué. (Wikipedia)

 

ve01.jpg

Antes e depois

 

Num local perdido do nosso planeta Terra, o dia a dia da sua população continuava desde há dezenas de anos inalterada, empobrecida e sem grandes perspectivas de futuro. Até que um dia alguém, talvez com o pretexto de melhoria das condições das explorações agrícolas e dos seus trabalhadores, resolveu construir uma barragem. A nascente o nível da água subiu (suportada pela barragem) inundando diversos terrenos à sua volta, enquanto que a poente o poder exercido no seu caudal pela presença da mesma, permitiu uma irrigação controlada de toda essa região e até a melhoria ou a construção de outras importantes estruturas adjacentes. Desse modo a modesta localidade surgida há quase de cem anos, acabou finalmente por dar o seu grande salto em direcção ao progresso: por volta dos anos setenta (aproximadamente cinquenta anos após o seu aparecimento) e aproveitando a presença nas suas margens de uma grande e tranquila extensão de água (um lago interior também alimentado pela barragem), ali foram construídas algumas estruturas de apoio à sua nova actividade comercial, agora na área do turismo. Acessível por via ferroviária e procurada pelas propriedades terapêuticas da sua água (salgada), a localidade chegou a atingir a cifra de 1.500 habitantes e a capacidade de acolher mais de 5.000 turistas. E até ao dia 6 de Novembro de 1985 tudo decorreu como era habitual.

 

Voltemos de novo à barragem. Como muitas vezes acontece, quando um projecto é terminado, um pouco mais tarde é esquecido. E então se houver outro engodo, é como se nunca tivesse existido. Aqui tratou-se de um caso semelhante: após a conclusão da sua construção, a manutenção nela realizada ao longo do tempo foi considerada inapropriada senão mesmo negligente, terminando esse factor por originar um incidente de enormes proporções. A barragem rebentou acabando por inundar toda a região situada a poente: a localidade acabou por ficar debaixo de dois metros de água, forçando os seus 1.500 residentes habituais a abandonarem-na e deixando atrás de si as suas casas, os seus negócios e a sua vida. Meia dúzia de anos depois a localidade encontrava-se submersa sob dez metros de água. Ninguém ficou para trás. No entanto há cinco anos atrás a situação começou a reverter-se: devido ao fenómeno global associado às alterações climáticas que se tem vindo a verificar nestes últimos anos um pouco por todo o mundo e no caso particular da nossa localidade à existência nas últimas duas décadas de pouca precipitação levando o lago a secar, a localidade começou a surgir de novo reerguendo-se das águas. Da localidade nada restou, senão os destroços daquilo que antes acolhera, a vida e o sonho de muitos. Hoje podemos no entanto afirmar que pelo menos um dos seus anteriores habitantes já regressou e talvez para recordar o seu passado, lá vá dando umas voltas de bicicleta pelas ruas desertas da sua terra.

 

(após leitura de artigo de Green Savers sobre Villa Epecuén)

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 02:39

Bolha monstruosa no centro da Via Láctea

Sexta-feira, 23.01.15

Com uma dimensão de 30.000 anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,5 triliões de quilómetros) e viajando a uma velocidade de 320.000Km/h, esta bolha gasosa está localizada muito perto do centro da nossa galáxia (com cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro).

 

No ano de 2010 cientistas da NASA utilizando na altura um telescópio para observação de largas áreas do espaço (LAT) e instalado na sua sonda FERMI (lançada em 2008 numa missão conjunta EUA/Europa), observaram a existência bem perto do centro da Via Láctea (a galáxia a que pertencemos) de grandes bolhas de gás formadas há muitos milhões de anos atrás.

 

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O quasar PDS 456, a bolha gasosa e o Sistema Solar

 

A partir desse momento e aproveitando esta oportunidade única, os cientistas debruçaram-se mais atentamente sobre este fantástico e interessante evento, deveras importante para o estudo e compreensão da formação e transformação do Universo: com a ajuda do telescópio LAT e a preciosa colaboração do telescópio HUBBLE, tentaram descobrir algumas características dessas bolhas gasosas até para melhor compreenderem a sua formação (e evolução futura).

 

Nas suas observações verificaram que essas bolhas gasosas se iam expandindo a partir do seu centro dividindo-se em dois lóbulos, com um deles a deslocar-se na direcção do Sistema Solar e a outra em sentido contrário: deslocar-se-iam a uma velocidade superior a três milhões de quilómetros por hora e ocupariam já uma área brutal de 30.000 anos-luz. Relembre-se que este acontecimento terá ocorrido há milhões de anos atrás e que só estamos agora a assistir, a um mero episódio de uma saga infinita (e com atraso de outros milhões).

 

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Telescópio Hubble

 

Utilizando o telescópio Hubble começaram a analisar essas enormes bolhas de proporções cósmicas visíveis no centro da nossa galáxia, servindo-se para o efeito das radiações emitidas por um distante quasar localizado no espaço para além das mesmas (quasar PDS 456) e determinando com a ajuda do espectrógrafo instalado no LAT, as modificações sofridas pelos raios ultravioletas oriundos de PDS 456 ao atravessarem as bolhas de FERMI: o material das mesmas estava a espalhar-se pela galáxia a uma velocidade vertiginosa (como atrás referido – quase 1.000Km/s), o que levava a concluir que o início do Evento poderia reportar a quase quatro milhões de anos atrás. E nesse material gasoso que constituiria as bolhas detectaram a presença de silício, carbono e alumínio (materiais produzidos no interior de estrelas), que seriam os fósseis sobreviventes do período de formação dessas mesmas e na altura ainda jovens estrelas.

 

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Via Láctea, buraco negro Sgr A e nuvens de gás

 

Entretanto os cientistas já apresentaram duas explicações possíveis para a ocorrência deste fenómeno (e de outros semelhantes). Aproveitando a proximidade relativa destas enormes bolhas gasosas e apoiando-se nos dados recolhidos pelos telescópios Hubble e Fermi chegaram a duas hipóteses:
- Estariam em presença de uma região da nossa galáxia onde em determinada altura teria ocorrido uma rápida formação de múltiplas estrelas, com várias delas podendo ter dado origem ao aparecimento de diversas supernovas, que ao explodirem teriam emitido uma grande quantidade de gás que posteriormente se teria expandido:
- A outra alternativa envolveria a existência de um grande buraco negro no centro da nossa Via Láctea, o qual teria engolido um determinado número de estrelas (uma ou um grupo), provocando como resultado imediato deste violento cenário o aparecimento de nuvens gasosas a altíssimas temperaturas, posteriormente espalhadas a grandes temperaturas e a alta velocidade pelo espaço em seu redor.

 

Ficamos a aguardar por novos episódios envolvendo a nossa galáxia (Via Láctea) e a possível ocorrência de outros fenómenos semelhantes na nossa proximidade (do Sistema Solar): sejam eles provocados por explosões ou por buracos negros. No fundo já poderemos ter o nosso destino traçado desde há milhões de anos e mo entanto ainda não nos apercebemos disso: problema talvez provocado pela nossa pequenez e pelo nosso isolamento no Universo (pelo menos até aos nossos dias e que se saiba sem se descobrir vida inteligente e organizada).

 

(dados e imagens: space.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:29