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Violenta explosão em Donetsk

Terça-feira, 10.02.15

EXPLOSÃO – DONETSK – leste da UCRÂNIA

 

A explosão provocou momentaneamente um grande clarão (parecendo provocar o aparecimento de um típico cogumelo), chegando a ser registado (devido à sua extrema violência) por satélites ao serviço da NATO. Mas nas notícias (quase) nada.

 

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Explosão registada no dia 8 de Fevereiro na região de Donetsk
(pouco antes das 21:00 de Lisboa)

 

No passado Domingo dia 8 de Fevereiro e pouco antes das onze horas da noite (locais), a região em torno da cidade rebelde de Donetsk localizada no leste da Ucrânia (região vizinha da Rússia) foi abalada por uma explosão de tal forma violenta, que após o aparecimento de um grande clarão luminoso que por poucos segundos iluminou toda a noite, ao mesmo se seguiu o efeito provocado por três ondas de choque consecutivas (bem audíveis) e com a última a ser aquela que teve mais impacto (destruindo janelas de edifícios). Segundo representantes dos rebeldes a explosão terá ocorrido perto da aldeia de Peski, numa zona onde aparentemente estaria instalada uma fábrica (do estado) de produtos químicos.

 

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A mesma explosão de 8 de Fevereiro em Donetsk
(aqui detectada pelos satélites da NATO)

 

As versões para o sucedido vão desde uma inocente e inesperada explosão numa fábrica de produtos químicos, até a um míssil deliberadamente dirigido para o interior da zona rebelde – e que terá atingido a dita fábrica (por sinal um míssil idêntico aos utilizados pelo exército ucraniano). Recorde-se que na Ucrânia decorre uma Guerra Civil não declarada, tendo por um lado as actuais autoridades no poder (fortemente apoiadas pelos EUA e por movimentos extremistas de direita com fortes ligações ao poder), por outro lado os rebeldes separatistas (fortemente apoiados pela Rússia e pela imagem libertadora da Crimeia) e no meio de ambos, as vítimas deste genocídio (a população ucraniana): uns olhando para o caos instalado em Kiev e outros observando compatriotas seus a serem (desde já) assassinados.

 

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Explosão registada na fábrica de produtos químicos na altura sob controlo dos rebeldes
(produtos provavelmente utilizados em armamento e cuja explosão – segundo Kiev – foi provocada por uma ponta de cigarro)

 

Tendo sido ocupada durante toda a sua história por diversos povos invasores (segundo estudiosos o território da Ucrânia é habitado há mais de quarenta séculos), a Ucrânia tornou-se num estado independente no ano de 1991, desligando-se definitivamente da URSS (em colapso) e procurando uma alternativa europeia (começando a virar-se para ocidente). Chegando a ter o terceiro maior arsenal nuclear do mundo (herdados da antiga URSS e entretanto desactivados), tendo organizado o último Europeu de Futebol em conjunto com a Polónia, a Ucrânia vê-se hoje à beira do seu colapso civilizacional, com uma economia falida e em total derrocada, assistindo sem nada poder fazer à destruição das suas infra-estruturas, ao desmembramento progressivo do seu território, observando ucranianos sem saberem porquê a matar outros ucranianos e até (talvez num ultimo suspiro da sua identidade) à fuga aterrorizada de quase 1.000.000 dos seus cidadãos, aos efeitos das armas diabólicas e mortais que os seus representantes (democraticamente eleitos) lhes reservaram. Para mim uns criminosos (com o número de vítimas a começar a equiparar-se ao registado no recente surto de Ebola).

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:06

Os Campos de Concentração Nazi na Estónia

Terça-feira, 10.02.15

Realidade, Manipulação e Ilusionismo

 

Um museu localizado na cidade estoniana de Tartu decidiu comemorar a passagem dos 70 anos sobre a libertação dos presos sobreviventes dos campos de concentração e de extermínio nazi, exibindo uma exposição intitulada “My Poland: Of Remembering and Forgetting” – mas de uma forma divertida e para que todos pudessem sorrir. As vítimas (sobreviventes, familiares, amigos) é que não gostaram.

 

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Realidade

(Kloog – corpos de prisioneiros para cremação)

 

Durante a II Guerra Mundial a rede de campos de concentração e de extermínio instalados na Estónia pela Alemanha Nazi, foram responsáveis pela morte de dezenas de milhares de pessoas, com os estonianos, os ciganos e os russos a serem as suas maiores vítimas. E com um parâmetro comum a muitas dessas pessoas: serem judeus. Só estonianos foram mais de 9.000 (entre eles 1.000 judeus), acrescidos de 15.000 soviéticos e finalizando com 10.000 judeus de outras nacionalidades (dados da Comissão de História da Estónia). Exemplos disso foram os campos de KLOOG, LAGEDI e VAIVARA.

 

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Manipulação

 

Fazendo as contas no nosso calendário saltitante (evoluindo entre os limites do tempo de Guerra e do tempo de Paz), verificamos que vivemos há já setenta anos num ciclo de baixa actividade (militar no nosso continente). Baixa mas não nula, ou não fossem os desejos (psicóticos) de alguns, o de eliminarem (cirurgicamente) todos os outros: como o foi na Jugoslávia e o é agora na Ucrânia.

 

Motivo bastante válido para se comemorar mais uma vez o fim do HOLOCAUSTO e a passagem dos setenta anos sobre a libertação dos prisioneiros dos campos nazis: só com a salvaguarda da memória se poderá proteger a cultura e a memória de um povo. Fazer o contrário será atraiçoar os nossos pais e destruir o futuro dos nossos filhos.

 

Mas será que conjugar humor grátis com tragédia real em momentos tão profundos e tocantes como estes (em que muita gente ainda recorda um mundo que poderia ter existido, mas que foi completa e irracionalmente obliterado, levando à sua frente uma multidão e a morte como bandeira) é a resposta apropriada? Comparar o holocausto a uma qualquer super produção de Hollywood ou ver crianças a brincarem numa câmara de gás antes de serem intoxicadas e mortas, que contribuição terá para uma melhor compreensão de um tempo de horror e genocídio que ainda hoje mal compreendemos? Só se pretenderem banalizar tudo e transformar a nossa vida num mero espectáculo: assim será fácil aceitar a morte (e talvez por outras mãos replicá-la).

 

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Ilusionismo

 

Desvalorizando talvez inconscientemente o ressurgimento um pouco por toda a Europa de novos grupos e poderosas forças bem organizadas de extrema-direita, muito particularmente nos países que anteriormente faziam parte da Europa de Leste (neles incluindo muitos estados que pertenciam à URSS ou eram seus satélites) como é o caso flagrante da Estónia, podemos perguntar como é que este país tão implicado no passado neste processo de extermínio indiscriminado de seres humanos (por omissão e colaboracionismo), ainda se dá ao puro luxo de se divertir com o tema (o seu crime). Indícios de que não é por acidente que surgem casos como o da Ucrânia, em que bandidos económicos são substituídos por criminosos legais, nada os travando ou lhes acontecendo. Para assim proteger as pessoas.

 

Os objectivos desta exposição seriam o de proporcionar uma visão mais confortável deste facto histórico traumatizante, de modo a proporcionar a todos com humor e ironia, um novo e inovador caminho para a superação desse mesmo trauma. Se calhar até resulta. Pelo menos é menos intrusivo que uma lobotomia.

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:04

CERES

Terça-feira, 10.02.15

Enquanto que na Terra o Homem desperdiça a substância química que o constitui maioritariamente e que lhe proporciona a vida (será que o mundo vai acabar?), em sentido contrário e misteriosamente, no Espaço a sua descoberta tornou-se prioritária (será que vamos viajar?). E o nome dessa substância é H2O.

 

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Falha na superfície gelada de Europa

 

Pelos vistos os cientistas da NASA estão bastante interessados em encontrar indícios da existência de água no espaço exterior ao planeta TERRA. Nesse sentido apontaram como um dos destinos prioritários das suas explorações espaciais, a descoberta de outros mundos onde essa preciosa substância química possa existir. Colocando de lado os corpos celestes situados mais perto da Terra (como por exemplo a LUA e MARTE, onde poderão existir depósitos de gelo nas regiões polares), os técnicos da agência espacial norte-americana decidiram apontar os seus telescópios para locais mais longínquos do nosso SISTEMA SOLAR, localizados nas proximidades dos planetas JÚPITER e SATURNO. O motivo foi uma consequência lógica da realização de diversas observações a luas destes dois gigantes gasosos, onde se verificou o aparecimento de fortes indícios da presença de água nalgumas dessas luas. Como foram o caso de EUROPA (lua de Júpiter) e ENCELADUS (lua de Saturno) – para além do planeta anão CERES, o maior corpo celeste pertencente à CINTURA de ASTERÓIDES e localizado entre Marte e Júpiter.

 

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O planeta anão Ceres

 

A sonda norte-americana DAWN continua a aproximar-se rapidamente do planeta anão Ceres, estando marcada para daqui a menos de um mês a data da sua chegada à vizinhança deste objecto pertencente à Cintura de Asteróides (6 de Março). Apresentando um diâmetro ligeiramente inferior a 1.000Km, este que é considerado o maior objecto integrado na região densamente povoada de asteróides do nosso sistema, tem ao longo dos últimos tempos e através das imagens obtidas a partir de missões de exploração como a da sonda CASSINI, revelado fortes indícios da presença de água à sua superfície. E se o telescópio HUBBLE já tinha detectado manchas brancas sobre a superfície de Ceres – o que poderia significar a presença de gelo – a partir do momento em que a sonda Dawn entrou em acção (e aproximação) as condições de observação melhoraram significativamente: o que até agora ainda não permitiu resolver nenhum dos mistérios de Ceres (como o das manchas brancas), nem mesmo o do aspecto geral da superfície deste mini planeta solar (um pouco diferente dos demais).

 

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A lua Enceladus

 

Enceladus faz parte desse grupo de corpos celestes (distantes) que apresentam sinais exteriores muito semelhantes e indicadores da provável existência de água. Neste caso num satélite natural orbitando o planeta Saturno: uma pequena lua com cerca de 500Km de diâmetro e reflectindo a maior parte da luz recebida (oriunda do Sol e até reflectida pelo planeta que orbita – caso da imagem anterior). Uma mistura um pouco caótica de superfícies envelhecidas carregadas de crateras resultantes de antigos impactos, com outras regiões muito mais jovens e ainda em formação

 

Na imagem obtida pela sonda Cassini (e sendo aparentemente ejectados a partir da superfície gelada de Enceladus), são visíveis jactos de material a serem atirados para a escuridão do Espaço (a partir da superfície gelada desta lua de Saturno), o que se por um lado veio confirmar as suspeitas dos cientistas da existência destas poderosas emissões (constituídas por vapor de água, outros gases, determinados cristais e partículas de gelo), por outro lado ainda mais relevou a presença de poderosas forças geológicas (extremamente activas) actuando no interior de Enceladus (capazes de criarem geysers de extraordinárias dimensões).

 

Uma das explicações para a ocorrência deste tipo de fenómenos na superfície da lua Enceladus (os geysers), residiria na proximidade do planeta Saturno relativamente a esta sua lua, situação essa que provocaria durante a sua trajectória em torno do planeta principal, um fenómeno muito semelhante (por simples associação simétrica) ao ocorrido entre a Terra e a Lua: aqui a Lua criava as marés, ali Saturno criava os jactos.

 

(imagens – NASA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 11:19