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A Sonda Rosetta e o Cometa 67P/C-G

Sexta-feira, 06.03.15

“E na escuridão profunda do espaço desconhecido e infinito (tal e qual como num desenho animado de infância), até a Dócil e Nobre Dama lá continua a acompanhar o Ilustre Mestre e Vagabundo. Um cenário que ainda há pouco tempo, não passaria dum sonho de criança.”

 

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Cometa 67P/C-G em 26 de Fevereiro
(tal como visto pelas câmaras da sonda ROSETTA)

 

Um leigo que olhe para as imagens do cometa 67P/C-G e se debruce apenas durante alguns segundos sobre a forma como este corpo celeste actualmente se apresenta, facilmente chegará à conclusão de que devido à velocidade com que o cometa se desloca na sua viagem através do Sistema Solar, assim como às características do seu próprio movimento de rotação, mais cedo ou mais tarde e respeitando a durabilidade temporal do mesmo, este objecto em movimento acabará (provavelmente mais uma vez na sua já longa vida) por se fragmentar.

 

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A Nuvem de OORT
(estende-se por uma área localizada a quase 2.000 X a distância da Cintura de KUIPER)

 

Este cometa actualmente a ser acompanhado pela sonda ROSETTA na sua trajectória de aproximação ao Sol, faz parte do grupo de objectos pertencentes e oriundos da Cintura de KUIPER, região localizada nos limites do nosso Sistema Planetário a 4.500 milhões de quilómetros do Sol e estendendo-se por uma faixa envolvente de outros 3.000 milhões de quilómetros. Viaja neste momento a uma velocidade de 23,68Km/s, estando em trajectória de aproximação não só ao Sol (a quase 325 milhões de km) como também ao planeta Terra (a quase 468 milhões de km): com o seu ponto actual de trajectória situado entre as órbitas de Júpiter e de Marte e cruzando a órbita deste último pelos finais do mês de Maio (deste ano).

 

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Cometa 67P/C-G em 14 de Fevereiro
(imagem da sua superfície obtida a cerca de 12km de distância)

 

O cometa 67P/C-G pode ser descrito facilmente por uma criança, que imediatamente e por associação de imagens anteriormente memorizadas, o associe à figura já tantas vezes percepcionada de um OSSO comum: mais largo nas suas duas extremidades e unidas a meio por uma estrutura claramente mais estreita. No caso do cometa com a sua forma a ser originada e trabalhada pelos movimentos do próprio objecto: que na sua movimentação através das forças da matéria e da energia que o rodeiam e sustentam, se vai naturalmente desgastando e desagregando. Provavelmente e num tempo não muito distante podendo quebrar-se pelo meio do osso e dar origem a outros dois novos calhaus. O que no entanto não nos deixa de fazer pensar de como este cometa se poderá ter formado e de onde poderá ter surgido e se o mesmo não poderia ser como muitos outros corpos celestes os restos ainda visíveis de antigos mundos e civilizações, talvez extintas talvez migrantes.

 

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PHILAE – A sonda enviada por ROSETTA e que aterrou no cometa 67P/C-G
(numa aterragem atribulada e que a deixou para já inconsciente)

 

É que já são tantas as estruturas (e mistérios) que vemos constantemente a aparecer nos mais diversos corpos celestes, que cada vez mais nos interrogamos porque é que umas simples, naturais e comuns imagens (senão mesmo banais) publicadas tão inocentemente e em princípio sem qualquer outro tipo de intenções subliminares (senão informar), tantas vezes nos tocam e nos tiram do sério (pondo-nos mesmo a delirar e sujeitando-nos às teorias da conspiração): não será porque nessas imagens encontramos inconscientemente algo de familiar? O Homem só reage a sensações depois de adquirir e percepcionar pelo menos uma vez (nem que seja por interposta pessoa, por exemplo os seus pais).

 

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O BIG BANG – Uma espécie de Religião certificada pela Ciência
(em vez de tentarmos descobrir a data de nascimento do Universo – como se o mesmo necessitasse de certidão de nascimento para se fazer notar e existir – o que será necessário fazer para compreendermos que o Universo é Infinito, não tendo princípio nem fim?)

 

O Homem é uma máquina biológica perfeita (pelo menos é assim que nos vemos quando nos olhamos de costas para o espelho) e de fortes ideias e convicções (pelas regras de movimento e comportamento obrigatoriamente impostas a outros). Além disso não é muito esquisito ou exigente com as propostas experimentais das quais ele é sistematicamente cobaia, desde que as mesmas sejam credíveis e levadas a cabo por supostos (por esticados ao limite das suas capacidades disponíveis) peritos especializados: mesmo que completamente errados nas suas interpretações, estes representam o que de melhor a espécie humana nos pode de momento oferecer.

 

(imagens – ESA/NASA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:05