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O Nosso Vizinho 4.º Planeta

Domingo, 03.05.15

“Hoje é mais fácil encontrar um Lunático que um Marciano”

 

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Spirit – Dust Devil

 

Quando habitamos um mundo cheio de vida, com animais, plantas e pedrinhas, todos vivendo em grandes comunidades e podendo ser potencialmente felizes, torna-se no mínimo um pouco incompreensível o interesse (senão mesmo a obsessão) por um planeta morto como Marte. Mesmo os mais optimistas na possibilidade de existência de vida no planeta (antes, durante ou depois da chegada dos terrestres a Marte) apenas lhe dão o estatuto de zombie: será um astro morto-vivo, num avançadíssimo estado degenerativo, sem possibilidade de qualquer tipo de retorno sem recorrer a alguma intervenção vinda do exterior (o que até já poderá ter ocorrido antes) e quando muito podendo apresentar vestígios circunstanciais de actividade, provocadas por desgaste e outras manifestações envolvendo energia e movimento. Não propriamente vida como a entendemos. Mas no entanto lá continua ele a chamar-nos a atenção, não sendo por acaso que o mundo que conhecemos não o larga (sondas dos EUA, China e Índia) parecendo querer mesmo conquistá-lo. Não haverá mesmo algum elo de ligação entre o planeta Terra e o planeta Marte?

 

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Curiosity Rover – SOL 971

 

Marte terá possuído há muitos milhões de anos um oceano. Terá sido um volume de água apreciável (mas menor que o da Terra), podendo até ter apresentado ondulação. Característica que o poderia transformar num paraíso para surfistas. As suas zonas costeiras apresentariam características muito semelhantes às nossas. Poderiam ser das zonas mais activas e um bom local para a descoberta de organismos (mesmo que primitivos) vivos. E porque não mais elaborados, inteligentes ou simples agentes invasores? Hoje Marte é um planeta árido e desértico, sem qualquer tipo de vida existente à sua superfície (ou noutro ponto qualquer do planeta), desprovido de atmosfera e sem esse oceano passado. Os terrenos que as sondas nos mostram são uma evidência dum corpo celeste em tudo oposto ao nosso. Mas que pensando melhor até que o poderia ser, num futuro talvez não muito distante. Marte poderia ser uma imagem do nosso próprio futuro, talvez um aviso talvez uma mera imagem aleatória (dirigida ou não por alguém), informando-nos do que ali sucedera num outro passado que lhes oferecera esse trágico futuro.

 

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Opportunity – SOL 4005

 

Que por qualquer tipo de sobreposição até que poderia ser o da Terra. Muito nos sugerem as imagens: um mundo varrido por um violento cataclismo; milhões de anos de erosão e deposição com as poeiras a cobrirem os destroços; um solo por vezes coberto por milhões de pequenas pedras como se algo as tivesse completamente desintegrado, por vezes parecendo ser percorrido (como se de uma verdadeira estrada se tratasse) por trilhos de fragmentos quase que aparentando terem sido montados como num puzzle e até sugerindo o aspecto de um qualquer tapete de uma via rápida; e onde mesmo assim ainda acreditamos que algo se terá passado por aquele planeta e que o que vê-mos agora só sugere que a Natureza sem objectivo nunca existiu por incompreensível e negação objectiva da evolução. Estamos a olhar para um antigo leito de um oceano que até poderia conter vida (reacções químicas ainda existentes) e os objectos que vemos à superfície são a evidência desse facto. O que deixa no ar duas questões distintas, mas interligadas no projecto (da NASA): a impossibilidade de existência de vida em Marte e o abandono prematuro do mundo mais prometedor e mais perto de nós – a Lua.

 

(imagens – NASA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:22