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O Nosso Clone

Terça-feira, 12.05.15

(FA /120.515)
Numa máquina colocada bem lá longe e controlada pelo seu dedicado operador, a projecção tridimensional continua a decorrer sem grandes perturbações. Para já não foram registadas queixas oriundas da parte dos espectadores, o ambiente da sala de projecção continua bastante agradável e convidativo e o hardware e o software utilizado na implementação do programa, tem-se mostrado até agora extremamente eficaz. Por vezes uma ou outra cabeça poder-se-á ter-se atravessado entre o projector e a tela (uma forma de descrever a incorrecção), mas para já não sendo nada de significativo.

 

A Presença Alienígena na Fundação e Desenvolvimento de Portugal

 

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Pode-se dizer que Portugal teve o seu Rei D. Afonso Henriques reconhecido como tal, aquando da assinatura do tratado de Zamora em 5 de Outubro de 1143. Comemorando-se este ano o seu 872.º Aniversário. Nesse momento da nossa Fundação um alienígena (Alien1) apoderou-se ilegitimamente do poder. Afastado o legítimo herdeiro da coroa portuguesa e substituído este por um impostor, a mãe do legítimo foi o seu segundo objectivo e a derrota desta na batalha de São Mamede a sua confirmação como Rei. Com a mãe em fuga pela vida, morrendo pouco tempo depois (o alienígena seria filho de um tal Egas Moniz, homem de confiança do pai do legítimo e traidor na sua morte). Como se vê um alienígena aterrou na região de Guimarães, usurpou o poder aos líderes indígenas e declarou-se o Senhor do Território. Talvez um dos primeiros passos executados nesta parte do mundo em direcção à definição de clone (e sua evolução).

 

612 Anos depois – mais precisamente em 1 de Novembro de 1755 (Dia de Todos os Santos) – e sob o reinado de D. José I outro grande desastre assolou Portugal. O território nacional foi submetido a um violento terramoto de magnitude muito próxima do nível 9 na escala de Richter, o qual afectou sobretudo Lisboa e toda a zona situada a sul do Tejo, provocando de seguida o aparecimento de um grande tsunami que devastou a capital e (em menor grau) muitas outras zonas litorais. Aí um outro alienígena (Alien2) tomou o controlo da situação, colocando de imediato todo o exército sob sua responsabilidade e metodicamente, enterrando mortos, cuidando de vivos e reconstruindo a capital. Tudo originado num fenómeno aparentemente natural com epicentro em pleno oceano Atlântico (Banco de Gorringe), como resultado da colisão de duas falhas tectónicas: a Euro-Asiática e a Africana (duas placas dois alienígenas).

 

E a confirmação da intervenção alienígena acabou por ser definitivamente confirmada a 13 de Outubro de 1917 (774 anos após Alien1 e 162 anos após Alien2). Na região da Cova da Iria localizada na vizinhança de Fátima e presenciado por mais de 70.000 pessoas deu-se o Milagre do Sol: vinda do horizonte uma brilhante nave alienígena acabou por parar e ficar suspensa sobre a população que apesar de espantada já a esperava (a sessão tinha sido previamente preparada em 13 de Maio), tendo do seu interior surgido três entidades de contornos humanóides de nomes José, Maria e Jesus. Segundo os contornos religiosos adaptados a mais esta intervenção considerada Divina, Superior e Exterior, estiveram presentes três das mais categorizadas individualidades desta religião adaptada, referenciadas neste caso como sendo a Mãe, o Filho e o seu Mestre Educador. Não existem qualquer tipo de referências à presença do fundador e líder deste grupo religioso (o Pai) nem do seu principal Ministro (o Espírito Santo). No entanto este fenómeno ímpar do fenómeno OVNI teve grande repercussão mundial, não sendo pois de admirar que a Igreja se tenha apropriado dele e construído à sua volta esse grande memorial à existência e presença de alienígenas no nosso planeta: o Santuário de Fátima.

 

No dia 25 de Abril de 1974 o território português sofreu uma nova e marcante convulsão. O aviso tinha sido dado uns anos antes, aquando do tremor de terra de 1969. 831 Anos após a coroação do Impostor alienígena como Rei de Portugal o povo revoltava-se contra uma brutal ditadura de quase meio século, agora que devido a queda inopinada o Agente morrera (Alien3) e os seus súbditos se demonstravam simplesmente vazios (de ideias) e incapazes (de movimento). O problema foi o dia seguinte. Enquanto durante uma semana o povo ingénuo e feliz festejou sem parar e sem pensar numa turbulência e comunhão jamais imaginada (de 25 de Abril a 1 de Maio), por outro lado este povo mal sabia que o processo já se encontrava desde há muito viciado e que outros híbridos já estariam prestes a tomar o poder (de novo em seu nome): mutantes até aí não devidamente catalogados e há muito entalados entre o poder intrusivo exercido pelos alienígenas e a desgraçada de vida existencial dos seus rebanhos (vivendo o Inferno na Terra e sendo-lhes prometido o Paraíso no Céu), num momento de indefinição e oportunismo tomaram em mãos as rédeas da estrutura e pensando ser capazes autopromoveram-se e tornaram-se Entidades. Estas criaturas teriam sido o resultado do descontrolo dos contactos estabelecidos indevidamente entre terrestres e seres estrangeiros, que se inicialmente se tinham diluído normalmente e sem grande visibilidade no corpo que era o nosso território, repentinamente emergiram e como consequência de um passado traumático e evidenciando logo sinais de prepotência, violaram sem piedade e remorsos os seus. Estes antigos capachos, desaparecida a grande maioria dos seus chefes mataram os restantes, escravizaram os outros colegas e transformaram-se nos novos senhores de todo o saber os Mutantes Especialistas. Mais do que nunca a verdade da afirmação de que desde há muitos e muitos anos que “eles andam por aí”!

 

E estamos agora a 5 de Maio de 2015. 872 Anos depois do nosso filho pródigo ter batido na mãe (libertando-se na realidade do jugo da madrasta terrestre) e dessa forma ter fundado Portugal (o futuro viveiro alienígena Made in PT). Neste interregno de tempo o único caso de assinalar (sobre presença alienígena) ocorreu perto de Tomar sobre a barragem de Castelo de Bode. Com o golpe de estado de 25 de Abril de 1974 já a uma longa distância (de uns alucinantes três anos de combate por vezes duro mas sempre contínuo) um furriel das Força Aérea Portuguesa tem um encontro inesperado com um objecto voador desconhecido. Esse acontecimento que quase que lhe provocou a morte (após o encontro com o objecto o seu avião ficou completamente descontrolado) ocorreu a 7 de Junho de 1977 e terá sido apenas mais um Evento ocasional intermédio. Como este muitos outros se terão registado. E também nesta data presente tomamos conhecimento de Algo Mais (Alien4).

 

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Recuemos mais de 2.200 anos. Na sequência da II Guerra Púnica Roma derrota Cartago e aí começa a grande expansão do Império Romano. O novo império domina agora o mar Mediterrâneo (a Republica de Cartago foi derrotada) enquanto por terra as suas legiões invadem a Gália e como consequência a Ibéria. Na Gália surge então Astérix (em sonhos) enquanto por cá (realidade) Viriato já lidera há muito o grupo dos Lusitanos. Esse é o momento zero da nossa tomada de consciência: tendo como enviado designado para a cerimónia oficial do nosso despertar um homem forte, corajoso e honrado, amado como nunca mais ninguém fora antes e pertencente à suprema elite celtibérica – Viriato. Alguém de cuja vida muito pouco se conhece talvez devido à sua mais que provável origem alienígena (Alien Zero).

 

Durante todo este tempo metade dele passamos entre espaços: de pobreza sobretudo, tentando organizar-nos e lutando pela sobrevivência. Estabelecendo alianças, protegendo recursos e estabelecendo contactos. E com o desenvolvimento das rotas e das trocas comerciais sobreveio a estrutura e a tentativa de a consolidar: estabelecendo fronteiras claras e impondo um poder legítimo. Um Sistema só sobreviveria se todos os seus elementos se conjugassem nos esforços comuns e colaborassem num mesmo e único objectivo. Chegamos então a mais de meio do nosso friso cronológico (com origem em Viriato) por volta do ano de 1143.

 

O Universo existe. Infinito (sem referências – destino e remetente), em constante transformação (alternando entre o caótico e o organizado) e ainda por cima misterioso (daí a nossa ideologia religiosa). Para ser aplicado a um mundo invariavelmente parametrizado, com uma origem de início de actividade, um percurso (mesmo que aparentemente) pré-determinado e um fim previsto, calculado e inevitável (e para nós inexplicavelmente cruel, por fisicamente mortos e apenas suspensos pela alma). Um Mundo incorporado num Outro Mundo? Ou a confusão criada pela sobreposição de muitos mundos (concorrentes ou paralelos)? E se fossemos mesmo o centro do nosso Mundo (a Terra), com tudo a girar à volta (em abstracto até o Sol), tendo o Homem como o Elemento (fundamental)? Até que seria uma excelente hipótese (para finalmente nos compreendermos) e com o Criador a retomar o seu lugar (a melhor seria mesmo, sermos o próprio Criador – digamos que na sua infância). Mas continuemos a velha versão (oficial e ideologicamente religiosa).

 

Na sede da New Solar Lottery Agency a execução do programa informático SS-T-33 continuava a cumprir perfeitamente o seu objectivo inicial (e final) de aplicação: apesar de alguns contratempos naturais existentes em qualquer processo criativo e extremamente elaborado como este (criação de vida original ou replicada num ambiente sustentado e possível de ser auto-gerido), todas as fases do projecto estavam a ser integralmente cumpridas, aproximando-se agora um novo momento de avaliação do conjunto de todo este processo de construção e implementação. A NSLA era responsável pelo estabelecimento regulado de ambientes habilitados a sustentar Vida (sendo a mesma capaz de se reproduzir de uma forma controlada e independente) e com a sua intervenção puramente experimental (mas dirigida) contribuindo de uma forma eficaz para a densificação particularizada dos vazios do Espaço (para esse fim disponibilizados): a diversificação de centros de ensaio reprodutivo poderia com a sua continuidade e expansão contribuir para a II Colonização do Universo, potenciando as capacidades destas novas espécies nas suas expectativas de sobrevivência e de desenvolvimento tecnológico (a componente de conhecimento científica seria previamente inserida tornando-se inapta) e levando-as na sua necessidade de movimento e evolução à Conquista de Mundos exteriores. As Entidades originadas pela I Colonização do Universo seriam agora os seus próprios Criadores, replicando-se experimentalmente noutros e perpetuando-se aleatoriamente neles. Então retirar-se-iam desta plataforma e como consequência subiriam de nível (de processamento): e um dia utilizada a ferramenta, ensaiado o mecanismo e compreendido todo o conjunto, estando logo disponíveis e como Deuses reais a oferecer-nos Outros Mundos, Outras Estrelas, Outros Universos. Que mesmo não controlados por eles, seriam de sua co-autoria.

 

A projecção do ficheiro SS-T-33 estava nas mãos do agente Alexandrino. Um operador relativamente jovem e oriundo desse mesmo mundo em contínua transformação criativa e induzida, destacando-se na actividade para o qual tinha sido escolhido pela sua ascensão meteórica na área da investigação experimental na criação de cenários controlados de vida e seu acondicionamento a parâmetros estreitos e bem definidos, evitando desse modo desvios indesejados de trajectos ou outros erros de simulação. Com a sua solúvel inexperiência racial (como terrestre) e com a sua colocação num posto de tamanho nível de responsabilidade, os seus superiores hierárquicos contavam não só com a sua ampla e leal participação na concretização deste projecto (agora também tornado pessoal), como esperavam também (e ansiosamente) que dele viesse algo de fora de comum que o confirmasse como mais um experiente simulador: a sua criação tanto poderia ser descontinuada, suspensa ou activada e lançada noutro nível. No entanto já há muito tempo que Alexandrino se desligara de memórias que pudessem de algum modo afectar a sua capacidade de processamento (e com a sua presença completamente desnecessária prejudicando a independência da sua intervenção) pelo que sem impedimento retomou o seu posto e iniciou o aplicativo. Nunca a sua origem num ponto minúsculo e perdido de uma serra do Algarve o induziria a recordar, muito menos a errar. O que não o impedira de tomar conhecimento de alguns factos ocorridos no seu mundo de origem e de alguns dos momentos do percurso evolutivo dessa raça (a sua) nessa estreita e diminuta extensão de terra denominada Portugal: tomando conta de intervenções de outros agentes em períodos anteriores ao seu, no friso cronológico terrestre, nesses casos contando com a colocação de um Elemento intrusivo no interior do ambiente sujeito a condicionamento e a partir do seu interior tentando redireccioná-lo e corrigi-lo). Como o foi o grande Viriato (Alien Zero), seguido pelo grande Impostor (Alien1), continuado pelo homem do grande Terramoto (Alien2), ainda pelo outro das Aparições (Alien3) e culminando no dia de hoje onde ainda não se vê no Céu qualquer sinal de mudança. Quem será (Alien4)?

 

(imagens – boingboing.net enatureworldnews.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:22

Cavaquismo Reciclado e Ultrapassado

Terça-feira, 12.05.15

“Não se iludam: todos os produtos reciclados são prejudiciais à saúde.”

 

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(henricartoon.pt)

 

Catroga após reciclagem agora transformado em Grão-Mestre da Culinária

 

Opinião CATROGA sobre o PSD:

 

Devia pedir desculpa aos portugueses.
Em vez do colossal aumento de impostos, deveria ter feito uma colossal redução da despesa.

 

Contra-Opinião Catroga sobre o PSD:

 

Cuidado comigo.
Eu voto PSD.

 

Opinião CATROGA sobre o PS:

 

Boa metodologia.
Uma viragem do PS a caminho do centro político e de uma política económica de rigor que nunca teve enquanto conduziu o Governo – a caminho do centrão político.

 

Contra-Opinião CATROGA sobre o PS:

 

Cuidado comigo.
Eu não voto PS.

 

Opinião CATROGA sobre o próximo PRESIDENTE:

 

Fernando Nogueira, Manuela Ferreira Leite e Marcelo Rebelo de Sousa (PSD).
Luís Amado, António Vitorino e Guilherme de Oliveira Martins (PS).
Artur Santos Silva, Carlos Monjardino, João Lobo Antunes, António Horta Osório e António Barreto (Independentes).

 

Contra-Opinião CATROGA sobre o próximo PRESIDENTE:

 

Não tenho visão partidária da política, um candidato fabricado pelos aparelhos partidários é mau.

 

(texto/itálico/negrito: tirado do Expresso – imagem: henricartoon.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:02