ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Asteróide 2015 HM10
Enquanto por cá estivermos acreditaremos sempre que nunca nada de irreversível nos acontecerá: só mesmo quando morrermos tal como com os dinossauros.
Para aqueles que gostam de estar sempre atentos à possibilidade de serem os primeiros a saberem de um possível impacto de um corpo celeste (cometa ou asteróide) com o nosso planeta Terra (ou de uma tangente espectacular ao mesmo, numa órbita muito inferior à da nossa Lua), o objecto que passará mais perto do nosso planeta nos próximos dois meses será o asteróide 2015 HM10.
No dia 7 de Julho este corpo celeste com cerca de 70 metros de comprimento passará a cerca de 460.000km da Terra (a Lua situa-se a cerca de 380.000km). É pois fácil de concluir que o pequeno asteróide não está em órbita de colisão com a Terra, passando mesmo a uma distância para lá da órbita do nosso satélite a Lua. Uma desfeita para aqueles que passam o tempo todo a ver lobos onde eles (ainda) não existem: não tendo ainda compreendido que quando tal acontecer, seremos mesmo dos primeiros a saber.
Neste intervalo de tempo (dois meses) o maior calhau a passar nas proximidades do planeta Terra será o asteróide 1999 JD6, com um comprimento superior a 1,5km e passando a mais de 2.800 milhões de quilómetros. Assim poderemos encarar os próximos dois meses com relativa tranquilidade.
Isso se por acaso não formos surpreendidos por algo de inesperado como o foi o meteoro de Chelyabinsk: um objecto voador com cerca de 20 metros de comprimento que há dois anos atravessou surpreendentemente os céus da Rússia a uma velocidade próxima dos 20km/s (nem a NASA o conseguiu numa primeira fase prever ou posteriormente detectar), explodindo no ar e provocando uma forte onda de choque. Tal como com todos os outros corpos circulando no Sistema Solar (ou numa outra grande via), existe sempre a possibilidade de incidentes e da Terra poder estar envolvida.
(imagem – todayifoundout.com)