ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Terrestres passando por Plutão
PLUTÃO é como ficou conhecido o DEUS dos mortos e das RIQUEZAS na mitologia romana.
(wikipedia.org)
Tendo passado no dia 14 deste mês nas proximidades de Plutão (e tendo-o entretanto deixado para trás), a sonda New Horizons encontra-se já a cerca de 15 milhões de quilómetros do planeta anão.
Plutão a 800.000km de distância
(13 de Julho de 2015)
Plutão é um planeta rochoso e gelado, com uma força de gravidade cerca 1/3 da Lua, uma temperatura média inferior a 200°C negativos, uma pressão atmosférica baixíssima (0,3Pa quando na da Terra ao nível do mar é de 101,325kPa) e tendo na composição da sua ténue atmosfera nitrogénio, metano e ainda outros gases (como o monóxido de carbono). E apresentando uma particularidade na sua órbita em torno do Sol: devido à sua inclinação e excentricidade (comparativamente com os outros planetas do Sistema Solar) a sua órbita periodicamente chega a cruzar a de Neptuno, colocando aí Plutão mais próximo do Sol.
Já depois de ter ultrapassado a 14 de Julho o seu ponto de encontro mais próximo do planeta anão PLUTÃO – e na continuação da sua viagem através do Cinturão de KUIPER – a sonda NEW HORIZONS presenteia-nos agora com uma imagem que a partir do local onde nos encontramos no nosso Sistema Solar (o longínquo planeta Terra), jamais poderíamos ter observado: apontando as suas câmaras em direcção ao corpo celeste há pouco tempo ultrapassado e aproveitando-se da interposição do planeta anão entre a sonda e o Sol, obteve uma imagem da metade da superfície de Plutão onde na altura era de noite.
Plutão já a mais de 2 milhões de quilómetros de distância
(15 de Julho de 2015)
Pôde-se assim comprovar que Plutão possui uma camada atmosférica envolvendo toda a sua superfície, podendo esta atingir uma altitude de mais do que uma centena de quilómetros: atmosfera essa composta por hidrocarbonetos e talvez responsável pela cor meio avermelhada de Plutão. Um corpo celeste escondendo-nos ainda muitos mistérios mas que desde já sabemos ser um mundo gelado, conter H₂O e parecer ser mais novo e geologicamente activo do que o inicialmente previsto.
Agora estamos condenados a ficar a aguardar uma nova visita a este ex-décimo planeta do Sistema Solar, sabendo desde já e de antemão que nada está reservado (para curto e médio prazo) especialmente para Ele e para Nós: um encontro que talvez não se repita em mais um momento (da nossa vida) e que entretanto num instante já passou por nós (e nunca mais voltará). É que os condicionalismos financeiros da NASA são hoje de tal maneira asfixiantes que qualquer dia nem para enviar DRONES (telecomandados) há dinheiro. E por isso também acredito que a NASA não pode ser só isto: nem o poder absoluto e ilimitado da maior potência da Terra (os EUA) o consentiria, até porque há outros muito curiosos, interessados e já lançados (como a Rússia, a China e até a índia).
(imagens: NASA)