ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Homens & Robots
Say hello to Nadine, a “receptionist” at Nanyang Technological University (NTU Singapore).
She is friendly, and will greet you back. Next time you meet her, she will remember your name and your previous conversation with her. She looks almost like a human being, with soft skin and flowing brunette hair. She smiles when greeting you, looks at you in the eye when talking, and can also shake hands with you. And she is a humanoid. Unlike conventional robots, Nadine has her own personality, mood and emotions. She can be happy or sad, depending on the conversation. She also has a good memory, and can recognise the people she has met, and remembers what the person had said before.
A robot may not injure a human being or, through inaction, allow a human being to come to harm.
(Isaac Asimov's "First Law of Robotics")
Prof Nadia Thalmann (left) posing beside Nadine
NTU-built EDGAR telepresence robot (right)
Como o SUJEITO (o HOMEM) se tem desvalorizado a uma velocidade alucinante face ao crescimento contínuo do valor do OBJETO (a COISA), é óbvio e natural que num MUNDO exclusivamente destinado à produção de MAIS-VALIA, tudo aquilo que apresente um desgaste rápido e irreversível para a manutenção do seu imprescindível nível mínimo de qualidade, nada valha – tendo de ser imediatamente eliminado por SUBSTITUIÇÃO (total se dele nada se aproveitar) ou por RECICLAGEM (parcial se algum dos seus componentes ainda não estiver contaminado). E se o SUJEITO já tão negativamente caracterizado na evolução da sua condição FÍSICA ainda-por-cima for constantemente INSTRUMENTALIZADO destruindo a sua já tão debilitada parte PSÍQUICA, então o HOMEM estará num impasse e aí alguém terá de escolher: o único problema é que provavelmente já não será o SUJEITO (o HOMEM) a fazê-lo pois então será certamente a hora do OBJETO (da COISA). E aí vencerá a CÓPIA: sempre nova e a pedido.
Tornando-se portanto cada vez mais ordinário e banal (nestes tempos de supremacia cada vez mais esmagadora e irreversível de todas estas COISAS que nos asfixiam) que tentando proteger a sua posição hierárquica bem paga e certificada (e como tal garantida), os privilegiados deste ADMIRÁVEL NOVO MUNDO (tão bem introduzido por GEORGE ORWELL em ANIMAL FARM e 1984) pouco se importem com os outros a não ser com o dinheiro deles (e com tudo expresso em COISAS, de preferência preciosas e em abstrato eternas – pelo menos temporariamente entre o nascimento e a morte). Mas todos nós sabemos que não é limitando um conjunto (ESPAÇO), que iremos usufruir da MATÉRIA aproveitando a sua ENERGIA: introduzindo o parâmetro TEMPO e equiparando-o ao ESPAÇO renegamos o que somos e declaramos a nossa extinção. Tudo porque nos quisemos colocar num quadro cronológico abstrato: em que ao contrário de nos TRANSFORMARMOS (pelo movimento e pela evolução) decidimos NASCER e MORRER (optando pela certeza absoluta mortal). O que interessa é VIVER BEM (que num conceito religioso fechado se equipara e confunde com o MAL) – mesmo que em sucessivos mínimos históricos de sobrevivência e de CONSCIÊNCIA. E como as COISAS não morrem (ROBOT) extinção só para o SUJEITO (HOMEM).
A robot must obey orders given it by human beings except where such orders would conflict with the First Law.
(Isaac Asimov's "Second Law of Robotics")
NTU is ranked No. 1
For the second consecutive year in QS young university rankings
O Futuro será portanto, o MUNDO das COISAS. Um mundo onde a subjetividade e todas as outras marginalidades terão desaparecido definitivamente (o que tem sido sonho biológico do Homem) e o local onde a objetividade do processo de execução da COISA suplantará o próprio e anterior criador (o que será o pesadelo mecânico da Máquina). Mas será mesmo esta a evolução que a TERRA terá? Como as duas parecem iguais apostaria no Outro Lado. Ainda acho que o ESPAÇO prevalece sobre o TEMPO. Mas como a nossa vida é tão curta e a pressão para apresentar resultados é tão forte, teremos inevitavelmente que acelerar e apresentar algo de novo (contabilístico e tecnológico): recusando no entanto novas experiências e replicando velhos processos – antes aplicados no Homem agora investidos na Máquina. Escolhendo polos de investigação ainda jovens (além de curiosos e ingénuos) e que acreditando em utopias ainda querem trabalhar (e não ter apenas um emprego, monótono e regressivo mas com muito dinheirinho). Como os do MERCADO asiático (no caso da NTU sediada em Singapura).
A robot must protect its own existence as long as such protection does not conflict with the First or Second Law.
(Isaac Asimov's "Third Law of Robotics")
Sendo este o caso da NANYANG TECHNOLOGICAL UNIVERSITY de Singapura, cotada entre as cem universidades com menos de 50 anos de existência, como a Primeira do Ranking Mundial (como se pode verificar no quadro seguinte, comparativamente com a primeira e única universidade portuguesa aí presente):
Ranking | Cotação | Universidade | País |
1 | 93,9 | Nanyang Technological University | Singapura |
45 | 38,2 | Universidade Nova de Lidboa | Portugal |
100 | - | University of Canberra | Austrália |
QS World University Rankings®
(topuniversities.com)
Criadora do novo robot EDGAR, uma MÁQUINA projetada com a finalidade de se tornar num agente intermédio otimizado e colocado à disposição do seu utilizador (o HOMEM): controlada de qualquer ponto do mundo e podendo replicar com perfeição expressões e movimentos. E até podendo ser autónomo (como o famoso C-3PO do filme Guerra das Estrelas). Um instrumento inicialmente de base mas com grandes perspetivas de expansão:
Such social robots are ideal for use at public venues, such as tourist attractions and shopping centres, as they can offer practical information to visitors.
In future, a renowned educator giving lectures or classes to large groups of people in different locations at the same time could become commonplace. Or you could attend classes or business meetings all over the world using robot proxies, saving time and travel costs.
Como sempre e como em todo o tipo de NEGÓCIOS e TROCAS de COISAS com vantagens mas também com desvantagens. Que poderão resultar num aumento em flecha da taxa de desemprego (acelerando a substituição de Homens por Máquinas, com a desculpa do envelhecimento progressivo da população) e (ainda melhor) chegando mesmo a substituir os humanos nas suas mais simples situações diárias, profissionais e até mesmo pessoais: porque não poderá o ROBOT ser mais perfeito do que o HOMEM?
(textos/legendas/itálico e imagens: ntu.edu.sg)