ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Meteorito de Blagoveschensk
An unidentified object flew over the city of Blagoveshchensk in the Russian Far East, breaking apart and leaving a blazing trail across the sky on Sunday.
E se a Terra estivesse agora em conjunto com o seu sistema a atravessar uma região mais confusa e um tanto congestionada do espaço (com tudo a girar à volta e com todos meio tontos)? Uma região de maior movimentação entre os diferentes elementos presentes, desde o maior ao mais pequeno interagindo entre si. Corpos celestes, sistemas planetários, galáxias e até mesmo universos. Que periodicamente ou não também compartilham espaços – por todos serem feitos de matéria e de energia (em constante movimento).
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An alleged meteor or comet, as some local residents suggest, brightened the sky between 9-10 p.m. GMT, January 17 in the Amur Region. “It looked like a plane’s trail but way bigger and brighter.”
Se tal acontecesse e sobre interação de sistemas (ou então de planetas simplificando o problema e reduzindo-lhe as dimensões), as probabilidades de se verificar um evento de consequências mais ou menos secantes (como um impacto direto) seriam naturalmente maiores. Suponhamos então que um dia um tal evento ocorre: um planeta até aí de existência desconhecida aparece nos radares terrestres descrevendo uma trajetória alongada e com um período de milhares de anos – acabando por integrar o sistema e tornando-se o seu nono planeta. Aproxima-se do seu periélio e aí dá-se a interação. Uma perturbação temporária atravessa o Sistema Solar libertando energia e deslocando matéria. Com o movimento a implicar choques como numa mesa de bilhar: falhando, tocando ou caindo no buraco.
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After streaking through the sky, the object exploded, disintegrating into a number of pieces with a dazzling flash. “At 9:40 p. m. GMT, January 17 the object exploded, but the sound came in after eight minutes. It was quite loud.”
Mas voltemos aos meteoritos: corpos celestes oriundos maioritariamente do Cinturão de Asteroides com outros (em menor número) resultantes da fragmentação de certos cometas (vindos do Cinturão de Kuiper). Visitantes usuais destas paragens na sua trajetória em torno do Sol, numa corrida contra o tempo e repetida no espaço (e talvez com uma missão) – ou não fossem estes corpos possíveis depósitos de água. E pela sua natureza e também pela sua velocidade podendo ser desprezáveis ou pelo contrário catastróficos: dependendo o efeito provocado pela sua passagem da sua massa, da sua densidade, da sua velocidade e da sua distância em relação ao planeta (neste caso a Terra) – numa trajetória externa, tangente ou secante.
Vestígios da passagem do objeto voador nos céus da região russa de Amur
On February 15, 2013, a 10,000-ton meteorite hit the Earth near the Russian city of Chelyabinsk. Its explosion inflicted damage on the infrastructure and injured 1,500 people with glass shattered by the shockwave.
E só de pensarmos nas consequências imediatas da sua velocidade média de deslocação (um indicativo para o tempo máximo de preparação de que a Terra disporia após ser dado o alerta) é só refletirmos um pouco: supondo que a velocidade média dum destes corpos celestes anda pelos 25km/s (dependendo a sua velocidade – podendo chegar aos 35/70km/s – da influência de muitos fatores como o da sua distância ao Sol – mais baixa se estiver afastado mais alta se estiver perto) e que quiséssemos dispor de um mínimo de 24 horas para nos prepararmos, teríamos que avistar este corpo viajante dirigindo-se para a Terra no mínimo quando ele estivesse a mais de 2 milhões de quilómetros de distância (ou seja 5,6 LD). E a essa distância para o mesmo ser detetado, qual teria que ser a sua real dimensão (certamente sabendo que nessa falsa peneira, por mais que nos esforcemos muitos monstros passarão)? E se tudo correr mal então será uma questão de horas (para evacuar a Terra?).
Na Rússia esteve-se perante dois simples meteoritos.
(1-2-3-4-5: trajeto do meteorito de Amur/Rússia ocorrido em 17 de Janeiro deste ano)
(texto/inglês/imagens: #метеорит #falcon9/Astro Channel/sputniknews.com – última imagem: Konstantin Pivkin/ufosightingshotspot.blogspot.pt)