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O Desespero dos Republicanos

Quinta-feira, 28.01.16

Por verem um candidato tão bem colocado…e logo sendo Republicano!
(apenas porque ele diz aquilo que todos eles pensam – de nós)
Especialistas no entanto em dar um tiro no pé!
(não sendo por acaso o partido pró-armas)

 

A Verdade é que eles ainda não compreenderam (ou aceitaram) que o tempo deles findou (do Estado) e que agora chegou o tempo das Corporações (do Privado) – a que os Democratas mais modernos (já) aderiram mas que ainda não quiseram reconhecer (por estratégia e calculismo – o que falta aos Republicanos por maior défice cultural…e provavelmente de memória).

 

E daí o espetáculo (deste episódio inter-republicano) tão típico e norte-americano.

 

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Donald Trump e Megyn Kekky

 

Tudo começa assim
(se assim se pode dizer pois há histórias sem princípio nem fim)

 

Numa entrevista concedida pela apresentadora da FOX Megyn Kelly considerada agressiva por Donald Trump (com que o mesmo certamente contaria dada a política da FOX – Republicana mas fortemente anti-Trump). Após a qual ele responde (atacando-a):

 

“She gets out and she starts asking me all sorts of ridiculous questions”
“You could see there was blood coming out of her eyes, blood coming out of her wherever.”
(Donald Trump – huffingtonpost.com – Agosto 2015)

 

Entretanto a apresentadora foi de férias. E passados menos de quinze dias não a esquecendo (como ele já disse “perdoa” mas não esquece) Donald Trump voltou à carga:

 

“The bimbo back in town.”
“I hope not for long.”
(Donald Trump – twitter – Agosto 2015)

 

O que não impediu a FOX de fazer um convite no sentido de poder contar com a presença do candidato presidencial Donald Trump num debate moderado por um painel de jornalistas (e no qual estariam os outros 10 candidatos republicanos), no entanto sendo recusado sob o pretexto da presença de Megan Kelly como uma das moderadoras convidadas (representando a FOX).

 

Trump 'Definitely Not' Participating In Last GOP Debate Before Iowa
Fox News Slams Trump Campaign's 'Terrorizations' Against Megyn Kelly
(Marina Fang e Ed Mazza –The Huggington Post – Janeiro 2016)

 

A que o candidato Donald Trump como um bom Cristão e tendo fé no que a Bíblia diz, respondeu de imediato – aproveitando a ocasião proporcionada pelo papel desempenhado por outro apresentador da FOX, no sentido a que aceitasse o convite (o apresentador do O’Reilly Factor):

 

Donald Trump Tells Bill O'Reilly It's 'An Eye For An Eye' In War With Fox News
(Ed Mazza –The Huggington Post – Janeiro 2016)

 

Num diálogo interessante (instrutivo e esclarecedor) entre O’Reilly e Trump:
(huffingtonpost.com)

 

O’Reilly – "In your Christian faith, there is a very significant tenet and that's the tenet of forgiveness. I think you should be the bigger man. Don't you think that's the right thing to do?"

 

Trump – "It probably is. But you know it's called an eye for an eye. I guess also you can look at it that way."

 

O’Reilly – "No, no, no. That's Old Testament. If you're the Christian, the eye-for-the-eye rule goes out. Here's what it is: Turning the other cheek."

 

Trump – (apelo ao qual rapidamente virou as costas aproveitando mas é para falar de si e da sua própria campanha – e do seu apoio ao Project Wounded Warrior (uma organização de caridade considerada um tanto suspeita)

 

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O’Reilly e Donald Trump

 

Para nós e que como com certas histórias nunca mais terminando (e durando enquanto eles quiserem):

 

Trump, Fox News at War After He Decides to Skip Debate
(Kevin Cirilli – bloomberg.com – Janeiro 2016)

 

Assim prevejo (pelo andar atual da carruagem da Convenção Republicana) que, ou aqueles republicanos que ainda acham que tem a razão e a verdade do seu lado mudam, ou e mais uma vez o seu partido fará BOOM!

 

E não será Trump a ir pelos ares.

 

PS – Agora uma nota final mas extremamente importante (e com a qual eu concordo):

 

Donald Trump is a serial liar, rampant xenophobe, racist, misogynist, birther and bully who has repeatedly pledged to ban all Muslims – 1.6 billion members of an entire religion – from entering the U.S.
(Note to our readers – huffungtonpost.com)

 

(texto/negrito: o indicado – imagens: huffingtonpost.com e slate.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:52

Ainda não vi os novos Ficheiros Secretos

Quinta-feira, 28.01.16

Mas já me apeteceu conspirar com eles

 

Ainda hoje vou até ao canal Memória da RTP assistir às aventuras de FOX e SCULLY iniciadas há mais de vinte anos nos ecrãs de televisão. Na monotonia do envelhecimento precoce que a nossa sociedade nos propõe (impõe), por vezes só as recordações (a memória) é que nos mantem vivos pensando ainda estar a sonhar (apesar de estarmos acordados). Talvez isso se passe por aqui, revivendo de novo (ultra) passadas ilusões. Por isso vou ver os novos X-FILES – que por acaso ainda não vi. Porque será? Autocontrolo de expetativas?

 

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Para sobreviver um Sistema necessita da contribuição de tudo, de todos e do que demais existir, seja isto, seja aquilo ou outra coisa qualquer – mesmo que seja o seu contrário e tudo o que estiver para além dele. E mesmo que ninguém o conheça e o seu apologista nunca o tenha visto: há que acreditar. A Verdade está por aí!

 

Regressados de novo aos grandes e eternos ecrãs de televisão (companhia inconscientemente adotada por multidões para afastar a sua grande solidão) e mais uma vez emitindo para todos os cantos deste mundo (único e imenso) onde ainda vivemos, eis que uma das grandes companhias ligada aos média (como a FOX) e certamente com o aval das corporações que a financiam, se lança agora (no início de 2016) no renascer de uma sua antiga série por muitos já considerada como um clássico e como uma série de culto: X-FILES (Ficheiros Secretos). Uma série que estreou no ano de 1993 (terminando em 2002) e que durante nove anos se tornou um sucesso a nível mundial para o canal de televisão da FOX – assim como para dois dos seus personagens os agentes do FBI FOX MULDER e DANA CULLY (ou seja David Duchovny e Gillian Anderson).

 

Uma boa maneira de confundir os nossos adversários é manter o objetivo mas alterando-lhe completamente os fundamentos dessa intervenção: mesmo que possa pôr significativamente em causa uma das partes passando-a dum aparente protetor ao principal predador. Invertendo o processo e pelos vistos para nós sendo apenas um sinal de evolução. Pois que aí venha ele – engolimos sem problemas.

 

E tal como com o sucesso da séria anterior de X-FILES (em que o enredo se baseava naquilo a que hoje em dia ainda chamamos as Teorias da Conspiração) outras teorias orientam agora esta nova série de episódios, mas assentando ainda (e sempre) nessas mesmas teorias (um pouco alteradas dizendo melhor reorientadas). Na primeira série com o Governo norte-americano a conspirar para esconder da opinião pública a existência de EXTRATERRESTRES (com um interesse indefinido mas agindo rigidamente e duma forma suspeita e em segredo) e na segunda série (a que agora se iniciou) a apontar para o mesmo objetivo (o Governo) mas num contexto completamente diferente: e se os extraterrestres fossem apenas mais uma das estratégias na política do medo implementado nos últimos anos pelo Governo norte-americano, não para esconder a possível existência de ET´s mas para dissimular os seus verdadeiros objetivos (do Governo e do Poder que serve) – Controlar os Cidadãos! Como se verificou após os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 nos EUA (no ano seguinte terminando a 1ªsérie de X-FILES).

 

Todos nós sabemos desde o dia em que fomos forçados a tomar consciência do parâmetro fundamental para a nossa vida e sobrevivência (num dia em que mudamos de armário), que é o Dinheiro que tudo dá, tudo controla e tudo dá a perder. Dependendo essa evolução de fatores de que muitos privilegiados têm conhecimento e dos quais muitos logicamente se aproveitam (se não forem eles serão outros): como o fazem David e Gillian.

 

Nesta nova temporada dos renovados X-FILES (com os seus personagens principais envelhecidos e readaptados às suas novas circunstâncias de vida – sendo reintegrados) a direção da luta de FOX MULDER é agora (pelos vistos) claramente o GOVERNO, deixando de lado a dúvida sempre presente nos episódios da série passada que sempre se inclinava para uma conspiração exclusivamente alienígena ou então compartilhada com os terrestres. Num caso ou noutro com o Governo a poder invocar também ser uma das vítimas, coagido a cooperar com os invasores exteriores ao nosso planeta. Mas agora não: o Governo poderá ser o único culpado e os extraterrestres não passarão duma treta. Porque será? Talvez porque alguém nos queira mais uma vez confundir servindo para isso dos Ficheiros Secretos e da nossa memória (e cultura) já bastante confusa. Uma realidade que dizem ser fruto da nossa Imaginação.

 

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Se olharmos para o mundo onde vivemos e para a sociedade que a esmagadora maioria de nós ajudamos a construir e a elevar à nossa imagem (numa ação levada a cabo duma forma forçada, mas assumida conscientemente por todos nós trocando liberdade por segurança – e utilizando para o efeito a “Máquina Divina com os seus Deuses a acompanhar”), facilmente concluiremos que em vez de usufruirmos como prometido de toda a liberdade de escolhermos o nosso futuro, as opções de vida postas pelo sistema à nossa disposição (e sendo inequivocamente invioláveis para o planeamento e sobrevivência do mesmo) são Uma e nunca nada mais do que isso: não existem alternativas (externa/alienígena ou interna/estado) apenas a prossecução de um plano previamente desenhado (e à medida da sua execução melhorado).

 

No início eram os agentes do Governo que eram postos em causa ao não protegerem os seus cidadãos de ataques violentos e desconhecidos vindos do exterior (nestes casos nem sequer podendo acusar os inimigos do período da Guerra Fria – 1945/1991), não só por ignorarem e descredibilizarem constantemente todos os testemunhos de vítimas desses eventos (alguns deles presenciais e com vestígios físico-psíquicos de atos violentos) como ao ridicularizarem-no fazerem deliberadamente que outros não o fizessem (o que logicamente e face à inação desses agentes federais levantou sempre muitas suspeitas, deliberadamente ou não alimentando-as e fazendo-as ao contrário do que estes deveriam desejar, crescer). Traduzindo isto tudo em miúdos (e tomando como únicos participantes neste guião o Estado, as Corporações, os Cidadãos e já agora os Alienígenas):

 

Terminada a Guerra Fria e eliminado o velho (de quase meio século) inimigo soviético, os EUA atravessaram um período de dez anos de uma certa indefinição (1991 a 2001): durante esse período o poder do Estado ainda era aparentemente prevalente, mas desde o fim da II Guerra Mundial as Corporações começavam a reivindicar maior poder de influência sobretudo decisório. E os políticos norte-americanos tinham conhecimento direto e antecipado disso, acabando por se refugiar (covardemente) nas estruturas administrativas e burocráticas criadas pelos próprios, pensando dessa maneira poder resguardar-se do poder impiedoso das Corporações que os mesmos tinham ajudado a criar: no entanto nem o escudo das leis os salvou e as Corporações decidiram então que era chegado o momento. Acabava-se aí uma era e o momento (aleatoriamente) escolhido tinha sido o 11 de Setembro (de 2001);

 

Para trás ficavam os últimos estertores do Estado (com as inúteis e contraproducentes Guerras do Golfo de G. W. Bush pai e filho a cujas graves consequências ainda hoje assistimos) e a chegada definitiva por parte das Corporações ao poder (económico, financeiro, absoluto) sob o slogan poderoso e subliminar (tendo como mensagem o Medo) do Combate ao Terrorismo Global. Ficava irremediavelmente esquecida (e sem qualquer hipótese de recuperação) a tese anterior da participação alienígena como um contrapoder do poder para se poder eternizar, acusando-se agora o próprio de ser o único executante. Eliminando-se assim o Estado de seguida as Elites e logo depois se verá;

 

Com os Ficheiros Secretos a serem na sua primeira série um marco representativo dessa época histórica intermédia entre o fim da Guerra Fria e o 11 de Setembro: em que a Conquista do Espaço fora abandonada pelo Homem e entregue a robots (até hoje). E era aí que os X-FILES se movimentavam num mundo parcialmente parado pelo fim da URSS, com um estado poderoso que tinha abandonado sem explicação a Lua e que sem saber o que fazer ou mesmo reinventar se entretinha em guerras inúteis e de consequências globais (e mortais). Fazendo-nos pensar que algo de mais haveria e que andaria por aí. Entretanto passando-se 14 anos. E com a nova série a ter-se já estreado no passado dia 26 (em Portugal).

 

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Para se manter a relativa sensação de segurança e de normalidade de uma forma ou de outra implementada ao longo da História da Humanidade (a nós atribuída e ensinada e que com o seu objetivo coletivo e primário de controlo, nos tem mantido indiferentes e disciplinados), a única medida a tomar pela nossa classe dirigente para se manter no poder (seja humana, mais ou menos, ou não) será o de mudar o menu duma forma radical – passando de vegetariano a carnívoro (instalando a ordem) e elogiando a via verde (preparando-nos para o caos). Uma receita Universal.

 

E tudo mudou com o Elevar das Corporações:

 

Surgindo de novo a série Ficheiros Secretos mas agora com um mais que identificado e certo adversário: aquela coisa que objetivamente indivíduos como todos nós (o sujeito) obviamente interiorizaram como o seu principal inimigo e que nos tem acompanhado como um vampiro ao longo de sucessivas e miseráveis gerações – e a quem chamamos Estado. E que pelos vistos a série da FOX escolheu e chamou agora até si;

 

Numa fase da evolução da nossa sociedade em que o poder absoluto das Corporações parece querer dispensar definitivamente o serviço prestado pelas elites – como se pode verificar pela diminuição de bilionários (desaparecidos ou ignorados em DAVOS e substituídos por verdadeiros artistas);

 

E é no interior deste cenário do século XXI sem nada de novo a dar ou sequer a acrescentar que Fox Mulder e Dana Scully agora mais velhos e amadurecidos irão circular, inesperadamente fazendo-nos refletir recuando no tempo e pensando aí ver, o original (repetido) do presente.

 

Uma das Teorias da Conspiração. Que podia ser tua, que podia ser minha, que podia ser de outro qualquer e que até poderia ser do próprio autor (não do que escreveu a peça mas do que a encomendou). O que nos leva de novo a pensar e a querer tirar sempre dúvidas – por exemplo vendo Scully agora uns anos mais velha. Mas nunca deixando de ver a RTP Memória (onde ainda passa a série anterior).

 

E nunca fez mal Imaginar – ou seja Pensar.
(imaginar é como comer, respirar e fazer sexo – uma necessidade fundamental)
E talvez até Conspirar – para Perceber.
(imaginar que alguém já o fez, mas não nós e na nossa vez)

 

(imagens: X-FILES)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:03