ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Cinturão de KUIPER
Versatile Instrument to Scout for Kuiper Belt Objects
Pulsar Caranguejo – PIA 20347
Observatório PALOMAR – Telescópio HALE – Instrumento CHIMERA
(Instituto de Tecnologia da Califórnia)
“This pulsar is the end result of a star whose mass collapsed at the end of its life.
It weighs as much as our sun, but spins 32 times per second.”
(texto/inglês e imagem: photojournal.jpl.nasa.gov)
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Solidão
Um Navegador Solitário foi encontrado Mumificado a bordo do seu barco Fantasma
Apesar da sua grande extensão marítima e da partilha conjunta da mesma região do Globo terrestre com outro gigante dos mares, ainda é possível de se atingir mesmo que esse não seja o nosso objetivo de momento a descoberta final da verdade e a identificação do artefacto: e tal como na terra e no ar e mesmo guardando segredo, a água tudo limpa como a vida tudo revela. Existindo no entanto exceções (temporárias) mas de não de origem natural (por pretensamente definitivas) – como o comprova a sigla MH370.
Um navegador solitário alemão (Manfred Fritz Bajorat) com cerca de 60 anos de idade e viajando há já vários anos no seu iate particular através dos muitos mares e oceanos deste mundo (a Terra), foi encontrado morto a bordo do seu barco quando atravessava o oceano Pacífico numa viagem que já decorria há alguns anos: sentado na cadeira da sua secretária e inclinado sobre a mesma, o corpo mumificado do navegador europeu parecia ter-se deixado levar pelo cansaço repetitivo do quotidiano, encontrando-se agora num sono profundo talvez partilhado por sonhos (ou até por pesadelos).
Foi descoberto no oceano Pacífico a cerca de 100Km das Filipinas (da localidade costeira de Barabo) muito perto da zona que divide este grande oceano de outro gigante dos mares: o oceano Índico. Segundo informações fornecidas pelas autoridades com o barco a ser encontrado por dois pescadores locais com a sua vela partida e completamente à deriva, indicando através de todos os vestígios aí encontrados que se poderia encontrar nesta situação há já vários anos. No seu interior contando com a presença do marinheiro alemão com mais de 20 anos de vida e de experiência no mar, morto, mumificado, solitário, mas nunca esquecido.
Manfred Fritz Bajorat: mais um de muitos no meio de muitos outros milhões que aleatoriamente ou por um mero acaso e/ou necessidade, escolheram um caminho diferente para a última etapa da sua presença consciente (ou aparentemente real) neste seu primeiro (e constantemente replicado) refúgio maternal, para dessa forma e fazendo integral usufruto dele, elaborarem um último e desesperado plano de escape e de divina ressurreição. Que como todos nós sabemos se encontra sempre entre o caos e a ordem, associada à organização, à inteligência e à interação – entre a matéria e a energia e conjugando movimento.
Uma viagem que se terá iniciado por volta de 1980 com a travessia num outro barco da linha do Equador (na altura na companhia da sua mulher) e que mais tarde em solitário e num outro barco terá prosseguido com uma viagem à volta do mundo. Com o derradeiro contacto visual com o navegador solitário alemão a ser registado no ano de 2009, no porto espanhol de Palma de Maiorca. Finalmente descoberto (7 anos depois) à deriva no Pacífico provavelmente já morto há anos (1 a 7 anos) mas muito bem conservado: virtudes dos ventos secos do mar, das temperaturas elevadas e do ar salgado envolvente – que como todos sabemos ajudam a preservar (em perspetiva física comparativa como se fosse carne fumada).
Concluindo-se que a morte ainda pode ser um ato solitário (na realidade sendo-o certamente) e que mesmo não se acreditando nela estaremos sempre à sua espera (a sua presença é um facto constante como um dos armários a frequentar – ou a esconder para revelar). Como diriam os JAFUMEGA (grupo de rock do Porto dos anos 80):
“A ponte é uma passagem para a outra margem”!
(dados: Rosella Lorenzi/Discovery News – imagem: Barabo Police Station)
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O Peixe Mercuriano
A pouco mais de um mês de distância da comemoração do 1º aniversário do suicídio da sonda norte-americana MESSENGER (ao despenhar-se violentamente sobre a superfície do planeta MERCÚRIO) – em 30 de Abril de 2015 e com pouco mais de onze anos de idade – algumas imagens provenientes deste planeta situado tão perto do SOL (apenas 58 milhões de Km) ainda nos conseguem surpreender e fazer sonhar. Como é o caso do personagem observado na imagem seguinte que facilmente identificarão como uma espécie nossa familiar: um PEIXE como muitos iguais aos existentes no nosso planeta Terra.
Olhamos Mercúrio e vimos o Peixe
Um peixe bem integrado e disfarçado na extensa paisagem da região de CARNEGIE RUPES (aqui retratada), num cenário distribuído e aqui assinalado entre zonas de alta (a vermelho) e baixa (a azul) altitude. Que por acaso do destino e com alguma atenção e ampliação sobressaiu, assinalando a sua presença e a vitória da imaginação: levando-nos a ver neste Inferno (com temperaturas superiores a 400⁰C) um peixe (ainda) por grelhar – e até com o azul-do-mar a compor o nosso quadro. Num planeta que sendo o mais próximo do Sol e apesar das altas temperaturas médias atingidas à sua superfície (mais de 160⁰C), ainda dispõe de zonas de sombra (e talvez frescura) podendo atingir temperaturas mínimas mesmo negativas. Talvez refúgios subterrâneos onde ainda possa existir algum tipo de ação e de movimento, como reação pela existência de vida e de inteligência (seja qual for o organismo).
(imagem: messenger.jhuapl.edu)