ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Turquia – Matar não é Solução
Depois do Iraque e da Síria talvez a vez da Turquia!
“Se antes do pretenso golpe militar Erdogan ainda era obrigado a manter a torneira relativamente controlada (no fluxo e refluxo fronteiriço entre a Turquia e a Síria – com refugiados, terroristas, armas e petróleo a cruzarem-se na canalização), após este último episódio (de suicídio golpista) vê-se agora justificado e completamente de mãos-livres. A Alemanha que se proteja contra uma vaga de atentados.”
Consequências de mais um ataque aéreo no interior do território da Síria
Levado a cabo pela coligação liderada pelos EUA
Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a virtude da utilização de armas para a resolução de conflitos, basta olhar para a imagem seguinte com um mínimo de atenção e de sensibilidade animal (afinal de contas os animais só matam por necessidade/para comer), para imediatamente se compreender que de armas só se socorrem os assassinos.
Como é o caso deste momento brutal e criminoso aqui exposto como testemunho e em papel, demonstrando como ataques aéreos lançados contra os terroristas do ISIS por potências exteriores ao conflito (neste caso os norte-americanas como poderiam ser os russos) acabam por se transformar em verdadeiros genocídios de civis.
Levado a cabo nas proximidades da localidade síria de Manbij (pretensamente num bombardeamento a locais controlados por grupos de terroristas), mas que no final acabou por provocar a morte de dezenas de inocentes civis, por azar aí presentes como sua terra de nascimento. Como milhares de outros casos (com velhos, mulheres e crianças) nunca relatados.
Num momento de grande gravidade e tensão para todo o Mundo e para todos os seus 7 biliões de habitantes, em que uma Guerra Civil generalizada que se estende por todo o território do Iraque e da Síria desde há já vários (e muitos) anos, se prepara por contágio e com a colaboração preciosa de mais um ditador (já numa fase de purgas pós-golpe) para alastrar à Turquia.
BREAKING NEWS:
Police suspect terror in Munich mall shooting amid reports of at least 6 dead
Hunt for one or more shooters underway
(foxnews.com)
(imagem: Twitter/Haidar Sumeri/@iraqsecurity)
Autoria e outros dados (tags, etc)
O Grande Golpe do Ditador Erdogan
“E enquanto o presidente turco ERDOGAN endurece o seu regime (ditatorial), os EUA de OBAMA esperam (para gerir) e a EUROPA de MERKEL morre de medo (até de falar).”
O BOM
Presidente da Turquia – Recep Tayyip Erdogan
(no poder há 13 anos como 1ºMinistro e Presidente)
Quando na noite de sexta-feira dia 15 as televisões de todo o mundo começaram a falar de um Golpe Militar em curso na Turquia, a maioria das pessoas minimamente informadas sobre os acontecimentos a decorrer nesta zona do globo, acharam desde logo que algo de estranho se passava: como era possível um regime construído em torno de uma figura carismática e todo-poderosa dominando atualmente e em absoluto toda a estrutura do poder no interior do seu território, distrair-se de tal forma pondo a sua vida em causa. Ainda-por-cima num período de aparente viragem de direção e estratégia política do intocável presidente Erdogan e no preciso momento em que a Turquia se reaproximava da Rússia, tentando de algum modo afastar-se do problema da Guerra Civil a decorrer na Síria.
“Um Golpe em que o vencedor se confunde com a vítima e estrategicamente apresentando um plano extremamente brilhante e ainda-por-cima sem grandes chefes para culpar.”
OS PORCOS
Jovens militares pertencentes ao Exército da Turquia a serem atirados deliberadamente, sem qualquer tipo de preparação e como bodes expiatórios, às feras da política turca atualmente no poder
(ou seja Erdogan e os súbditos do seu partido AKP)
Um golpe que (dadas as circunstâncias e factos comuns a muitos destes acontecimentos) só poderia ter sido levado-a-cabo pelos apoiantes do Governo, pelos apoiantes da Oposição ou então pelos militares (com uma possível quarta hipótese a poder muito bem ser a de um golpe conjunto Governo e ISIS, necessária e minimamente com o conhecimento dos EUA). E que na sua apresentação às ideias que pretendia difundir, pediu ao povo já tanto sofrido e que desejava sobretudo servir (o pretexto de todos os golpistas), para não se expor outra vez ficando protegido em casa (exclusivamente com esta atitude cometendo Haraquíri). Tendo nas consequências à vista, a resposta para todas as dúvidas (ainda hoje sem se conhecerem os cabecilhas do golpe): um Contra Golpe Ilusório como segunda fase do Golpe.
“Numa estratégia dúplice pós-golpe em que Erdogan chega a acusar o piloto que abateu o caça russo de ser simpatizante do ISIS (para satisfazer a Rússia), ao mesmo tempo que manda prender todos os militares anti-ISIS (para satisfazer os terroristas).”
O MAU
Clérigo líder da Comunidade Islâmica na Turquia – Fethullah Gulen
(exilado nos EUA)
Excluindo como autores do Golpe os Opositores e alguns Militares. Uns porque mesmo críticos (do regime) se opuseram ao golpe, outros porque dos militares só vimos jovens a levar (sem se poder identificar a hierarquia golpista). E se não fosse mais nada pelo início da caça-às-bruxas com milhares de demissões, fugas, mortes ou prisões – neste momento de loucura a caminho dos 100.000. Com a declaração por três meses do estado de emergência e com a suspensão da convenção (europeia) dos direitos do Gomem na Turquia. Num tempo alucinante da História da Turquia (que a poderá lançar por contaminação num clima de Guerra Civil) em que um ditador aproveita para seu benefício a situação periclitante de uma sociedade por si próprio manipulada, dividida e sobretudo asfixiada, socorrendo-se de uma situação pelo mesmo propiciada (senão mesmo oferecida) de modo a assim se reforçar, eternizar e eliminar os seus inimigos.
“Restando ficar à espera da reação ao golpe por parte da hierarquia militar turca – agora que a sua credibilidade é mais uma vez posta em causa (militares esses mais utilizados do que participantes no golpe do último fim-de-semana); e da atitude a tomar face à evolução futura deste golpe por parte dos EUA (devido à presença do clérigo turco Gulen em território norte-americano, um exilado político e suposto líder do golpe).”
(imagens: theguardian.com/telegraph.co.uk e AP/GETTY IMAGES/REUTERS)