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Amplitudes Extremas

Sábado, 20.08.16

Se na Época Baixa de Verão não passamos de meros Escravos relativamente bem comportados (nota: os marginais também são necessários para um melhor equilíbrio do Sistema), na Época Alta de Verão enlouquecemos e intoxicamo-nos:

- E finalmente é o regresso ao normal;

(para felicidade da nossa Elite = E-Little)

- E à morte desde sempre anunciada.

(para mais um ano perdido num esquema de pagamento recorrendo a passatempo)

 

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Vivendo num corpo celeste esférico e irregular com mais de 7 biliões de habitantes (considerando apenas a espécie humana) e girando há cerca de 4.5 biliões de anos em torno de uma estrela anã-amarela da categoria G2V chamada Sol (neste momento a aproximadamente metade do seu ciclo de vida), a primeira coisa que interiorizamos ao longo da nossa curta e condicionada fase de desenvolvimento, adaptação e integração ao meio ambiente que nos é destinado (para dele todas as espécies usufruírem, mantendo o necessário equilíbrio da Natureza), é que vivemos atualmente num mundo extremamente perigoso e imprevisível (pela intervenção da espécie dominante, o Homem) em que nem sequer a Lei da Selva prevalece nem que seja para a sobrevivência do mais forte.

 

Colocando-se nas mãos daqueles que têm vindo sistematicamente a destruir a Terra tanto a nível de recursos (matéria-prima) como de capital humano (mão-de-obra), o futuro da nossa espécie e a nossa esperança de sobrevivência: privilegiando sempre o lucro (que lhe dá acesso às armas) e ignorando quase 7 biliões (nomeando alguns dos restantes como seus mercenários privados).

 

Pelo que em mais este período festivo das férias grandes de Verão, as únicas notícias que ainda perfuram a monotonia deste quotidiano pretensamente lúdico, de prazer e de relaxamento (em que todo o Portugal que se preze está a banhos), são como sempre os incêndios, os crimes de sangue, os óbitos, os escândalos de praia e a paranoia Olímpica (entre muitos outros), enquanto lá longe e banalizados pelo tempo (é sempre a mesma coisa) e pelo espaço (nas mesmas zonas do planeta) os crimes continuam em grande escala e como sempre impunes (ou não fossem as grandes potências a provoca-los) – e como tal sem indicação de culpados apenas com um número crescente de vítimas (só na minha geração visto numa escala de Milhões de mortes).

 

Concluindo-se que a Terra não interessa (pelo menos no Hemisfério Norte onde me encontro) nesta época festiva do ano: com o calor e com o álcool (e outros delírios mais naturais) levando-nos à liquefação cerebral.

 

“The still nameless planet is believed to be Earth-like and orbits at a distance to Proxima Centauri that could allow it to have liquid water on its surface — an important requirement for the emergence of life. Never before have scientists discovered a second Earth that is so close by.” (Der Spiegel)

 

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Mas olhando para o exterior (o grande Céu que nos rodeia) deixando-nos uma réstia de esperança: enquanto na Terra a nossa aventura acabou com o planeta ainda vivo mas constantemente procurando a morte, ao olharmos para o Espaço Exterior por mais morto que nos pareça sabemos que lá algo existe, bem vivo e por encontrar mas com brutais indícios presentes – como o Movimento (num Universo Nómada), a Matéria (e a complementar Anti Matéria) e a Energia (sob as suas mais variáveis formas conhecidas – como elétrica e magnética – ou mesmo desconhecidas numa provável 5ªforça).

 

Levando-nos desde a Antiguidade a respeitarmos o Céu e a homenagearmos os Astros (como se estes fossem Deuses no caso da Terra ausentes).

 

Dispondo de um extenso Sistema planetário ainda por descobrir e compreender (Sistema Solar), de uma enorme galáxia à qual pertencemos por desvendar e interiorizar (Via Láctea) e de todo um Universo profundo, ainda mal conhecido e mergulhado numa escuridão misteriosa e sem limites, mas no nosso cérebro já milenar (arquivo de culturas e memórias passadas) convidando-nos à Aventura, ao Descobrimento e à Conquista (para o Homem uma necessidade básica como o de ter pão para a boca – ou de viver em vez de sobreviver).

 

E assim todas as notícias que nos chegam referentes ao Espaço Exterior que rodeia o nosso planeta (sistema, galáxia, universo), pela sua novidade, mistério e possível descoberta do que elas possam esconder atrás de si (para nos dar a conhecer), facilmente ultrapassarão em interesse e curiosidade por parte do Homem todas as outras notícias que tenham origem no seu Interior. Tendo em atenção que a nossa espécie procura desde que se conhece e como se o Universo fosse um Espelho Seu, uma outra imagem sua (idêntica ou semelhante, no mínimo replicada) que confirme no Espaço e no Tempo a nossa existência e presença: num Evento eventualmente a ocorrer dentro de um curto período de anos, com a descoberta final e já há tanto tempo esperada de um planeta em tudo igual ao da Terra e localizado bem pertinho de nós – nas proximidades da estrela anã-vermelha Próxima do Centauro a pouco mais de 4 anos-luz de distância do nosso planeta (ou seja a 40 triliões de Km).

 

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Só nos faltando uma nave espacial que nos leve lá em pouco tempo (com uma velocidade obviamente superior à da luz = 300000Km/s) ou então um outro trajeto (verdadeiramente alternativo e revolucionário) que ultrapasse os obstáculos (como o é o das distâncias): no primeiro caso com um artefacto voador capaz de atingir a V = 10 x V Luz (o que encurtaria a viagem Sol/Proxima Centauri de 4 anos para pouco menos de 5 meses) e no segundo caso conseguindo aplicar através da concretização prática e objetiva de muitas das interpretações teóricas de cientistas e especialistas todo o conhecimento sobre buracos-negros (até como canais de comunicação possivelmente instantâneos).

 

 (imagens: eso.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:01