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Tudo se resolve a Tiro

Quinta-feira, 13.10.16

[De preferência na Cabeça tal como no caso dos Zombies]

 

Um militar da GNR morto, mais dois feridos e um casal de civis baleado, tendo o homem morrido. Terá sido tudo obra de um único suspeito que continua a ser procurado.

(jn.pt)

 

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Death is just an illusion: we continue to live in a parallel universe

(texto e imagem: messagetoeagle.com)

 

“Matamos porque nos colocaram as armas nas mãos, porque nos ensinaram logo a disparar e também porque nunca nos disseram que aqueles a abater eramos nós.”

 

Quando nos deparamos com certas notícias (que nos tocam e sensibilizam) e somos imediatamente confrontadas por elas (tal a intoxicação informativa), as duas primeiras coisas que nos vêm à cabeça e para as quais procuramos resposta (compreensão do fenómeno ocorrido pelo estudo da relação causa/efeito), são como seria lógico a sua compreensão (por perceção do ocorrido na origem) e a verdadeira extensão das suas consequências (através do processamento de todas as sensações entretanto recolhidas): no caso do triplo homicídio ocorrido na madrugada da última terça-feira no distrito de Viseu (dia 11), o conhecimento dos antecedentes sociais, profissionais e criminais do respetivo homicida (entre muitos outros parâmetros psíquico-físicos a valorizar e de modo a perceber-se com rigor o motivo da concretização deste ato criminoso e extremo) e a razão da escolha deste preciso momento para finalmente se exprimir (impondo-se de uma forma unilateral e violenta), sem limites e sem valores (ou seja matando).

 

“Como todos nós sabemos as tendências da moda nada tem a ver com os seus clientes, mas com todos aqueles que querem obter do seu produto o lucro máximo possível num mais curto espaço de tempo: e como tempo é dinheiro a melhor forma de resolver um conflito será sempre a tiro, até para se ser claro e se obter um grande impacto – sendo preciso, sempre eficaz.”

 

Deparando-nos neste caso particular com um indivíduo socialmente descrito (e visto na sua terra) como um cidadão normal (com virtudes mas também com alguns defeitos), filho de boas famílias e aparentemente sem grandes problemas financeiros (seria até piloto de aviação), com alguns problemas legais (e criminais) como qualquer descendente rebelde (daí a sua apresentação como ovelha-negra da família) e que adicionalmente (numa construção elaborada pelos media) apresentava desde logo algumas anomalias (pelos vistos relevantes mas nunca antes detetadas), que pelos vistos poderiam ser sintomas da doença que aí vinha. Num acontecimento dramático (3 indivíduos mortos, 1 em morte cerebral e 1 outro ferido) ocorrido num curto espaço de tempo e tendo a cabeça das suas vítimas como alvo (apenas um agente da GNR foi atingido nas pernas), explicado de uma forma infantil, ingénua, senão mesmo deliberada, socorrendo-se de dois episódios que (apesar de poderem ter sido explosivos) foram apenas a manifestação do potencial problema e não a sua causa: matamos porque somos condicionados para tal (percecionando e sentindo tudo o que nos rodeia e estrutura de uma forma desfocada, limitando-nos a perceção, baralhando a transmissão e originando erros na sensação) e não porque estivemos na África do Sul (= violência), porque somos caçadores (= morte) ou porque temos a casa cheia de animais exóticos (= trauma).

 

“Desde a Queda do Muro de Berlim não foi só o muro que caiu mas com ele todo o Mundo – interrompendo-se (pensava-se estar a acabar) aí a guerra entre o Bem e o Mal com a vitória do Bem. No entanto desde a queda das Torres Gémeas tudo mudou – deixando-os especados e sentindo-nos vulgarizados (verdadeiramente nas mãos do Diabo) com a evolução científica dada ao termo terrorista (sendo tudo e o seu contrário e impondo Bem = Mal).”

 

A nível de uma região de província, de um país pequeno, pobre e periférico da Europa, uma imagem fiel e de dimensão micro do que na realidade se passa um pouco por todo o Mundo: com os maiores exemplos a serem proporcionados a nível interno pelos EUA, com a perseguição impiedosa a todos os seus cidadãos que mexam e sejam de cor negra (em episódios todos os dias relatadas em toda a imprensa mundial e esmagadoramente terminando na morte do Preto (antes tinham sido os índios); e a nível externo com a vergonha (por ser tanta a hipocrisia presente e vinda de todos os lados) de vermos a maios potencia militar mundial (os EUA) a ter de se socorrer de todo o tipo de terroristas que tenha mais à mão (Exército Islâmico, Al-Qaeda, mercenários e ainda outros contingentes de menos bons e de menos maus) de modo a conquistar (neste caso um quintal historicamente russo) ou manter a sua supremacia (face à previsão da futura tomada de poder do bloco Russo/Chinês).

 

(imagem: a indicada)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:38