Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



À procura de Água em Marte

Sexta-feira, 30.12.16

[Já que na Terra se desperdiça]

 

“Opportunity is continuing its great 21st century natural history expedition on Mars, exploring the complex geology and record of past climate here on the rim of the 22-km Endeavour impact crater.”

 

Opportunity-Sol-4587_1b_Ken-Kremer-.jpg

MARTE – SOL 4587

(19.12.2016)

 

Tendo aterrado em Marte em 25 de Janeiro de 2004 o ROVER OPPORTUNITY (em mais uma iniciativa da NASA utilizando sondas automáticas não tripuladas) encontra-se neste fim-de-ano de 2016 no seu 4600º dia de permanência (de trabalho, de estudo e de investigação) sobre a superfície do Planeta Vermelho: tendo como objetivo da sua missão projetada inicialmente para se estender por apenas 90 dias marcianos ou SOL (um dia marciano tem quase mais 40 minutos que um dia terrestre), o estudo da geologia marciana, a procura da existência de água e a possibilidade de Marte ter tido no passado um ambiente propício ao aparecimento de vida.

 

“Opportunity has begun the ascent of the steep slopes here in the inner wall of Endeavour impact crater after completion of a survey of outcrops close to the crater floor. The goal now is to climb back to the rim where the terrain is less hazardous, drive south quickly about 1 km south, and arrive at the next major mission target on the rim before the next Martian winter.”

 

Hoje (30 Dez) e perto de atingirmos o seu 13º Aniversário Terrestre de permanência sobre a superfície de um planeta para os terrestres alienígena, podendo-se desde já afirmar que com a colaboração preciosa da sua colega mais nova CURIOSITY (em Marte desde 6 de Agosto de 2012), o nosso conhecimento no presente se encontra muito mais perto do que este planeta é e terá sido no passado: e olhando para um dos nossos vizinhos mais próximo e aparentemente mais familiar (os outros dois candidatos seriam o planeta Vénus e a nossa Lua) podendo ver na sua imagem um dos episódios (objetivos) da História da Terra (talvez no futuro).

 

“Endeavour crater dates from the earliest Martian geologic history, a time when water was abundant and erosion was relatively rapid and somewhat Earth-like. So in addition to exploring the geology of a large crater, a type of feature that no one has ever explored in its preserved state, the mission seeks to take a close look at the evidence in the rocks for the past environment. Thus we are trying to stick to the crater rim where the oldest rocks are.”

 

Amanhã com o veículo motorizado da sonda OPPORTUNITY de momento continuando ativo e circulando (tendo até 13 de Dezembro deste ano percorrido 43.65Km), escalando as elevações que se lhe vão deparando pelo caminho à medida que vai deixando para trás outros terrenos já percorridos pelo mesmo no vastíssimo interior da cratera ENDEAVOUR (uma cratera de impacto com 22Km de diâmetro): dirigindo-se para uma elevação localizada no flanco ocidental que limita a referida cratera, evidenciando no aspeto apresentado à superfície vestígios de erosão talvez provocados pela presença e deslocação de água (no passado remoto de Marte talvez há biliões de anos).

 

(texto/itálico: Larry Crumpler New Mexico Museum of Natural History & Science – imagem: NASA)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:19

Um Mundo Perdido no Tempo

Sexta-feira, 30.12.16

Apesar de todo o Espaço que nos compõe e rodeia

 

58657633c46188305c8b45c9.JPG

Aleppo a 25 de Dezembro de 2016

Numa Sociedade destruída por adultos onde as Crianças poderão ser a única Esperança

(imagem: Khalil Ashawi/Reuters.com/rt.com)

 

Quando assistimos à assinatura do acordo triplo estabelecido entre a Rússia, o Irão e a Turquia no sentido de em colaboração com o regime governamental sírio e as forças rebeldes e de oposição chegarem a um acordo para pôr fim ao conflito instalado há já 5 anos na Síria, para além do que de bom ou de mau possa advir do acordo agora alcançado e que todos esperam vir a ser desenvolvido o mais rapidamente possível, a pergunta que toda a gente se coloca e que pelos vistos nunca parece ter resposta (pense cada um o que pensar sobre o assunto) será: mas afinal de contas qual é o verdadeiro papel da permanência dos USA nesta região?

 

Numa repetição tornada banal de muitos outros conflitos armados contando com a participação dos US, uma vez mais, face ao tempo decorrido e sabendo-o sem solução à vista, os norte-americanos saem de novo derrotados na sua estratégia de intervenção e no seu objetivo de manutenção da supremacia global: tal como na sua derrota na Guerra do Vietnam ainda no século passado (1959/1993) abandonando os seus aliados, entregando-os aos seus inimigos e iniciando também aí (danos colaterais) o engrandecimento da China.

 

Agora numa negativa e vergonhosa demonstração de força física e moral, já que depois de mais de 5 anos de Guerra Civil Síria sem nada acontecer senão mais morte e destruição e sabendo-se da forte intervenção dos US na região (armamento) contando com apoio turco (criando portas) e saudita (financeiro), se vêm numa posição ridícula e confrangedora de continuarem envolvidos num conflito onde já não são parte senão em certos guiões: como o poderá ser o da ONU mas que eles tanto desprezam.

 

Cessar-Fogo na Síria

A Melhor Notícia de NATAL

 

snapshot 1.jpg

 

snapshot2.jpg

snapshot.jpg

Sem problemas de mostrar ao mundo a felicidade das crianças sírias

Mesmo com imagens oriundas de uma estação russa comandada por Putin

(Maria Finoshina/rt.com)

 

Já no século XX (e entre outras) com a Guerra do Afeganistão (iniciada em 2001), com a Guerra do Iraque (iniciada em 2003), com a Guerra na Líbia (iniciada em 2011) e com a Guerra contra o Estado Islâmico (iniciada em 2014) e envolvendo diretamente a Síria, todos vistos como exemplos de Vitória (dos US e seus aliados) e no entanto pelas suas consequências contínuas e persistentemente dramáticas (até para a aparentemente longínqua Europa) evidentemente registadas como clamorosas Derrotas (terríveis por também o serem morais).

 

E assim no final do ano de 2016 e a cerca de 3 semanas da saída de Obama e da entrada de Trump (respetivamente como ex-Presidente e Presidente dos USA – o que o 1º parece não ter ainda entendido muito bem), assistimos a mais um episódio deprimente de mais uma Administração Norte-Americana de saída e desrespeitosa (principalmente para aqueles que representam e votaram neles), tentando torpedear Trump e o seu futuro Governo (na sua ação face aos russos e a Putin) e no entanto esquecendo-se do seu fabuloso fracasso (talvez criminoso – afinal de contas Obama tal como Kissinger/associado a crimes de guerra no decurso da conflito no Vietnam, recebeu um Nobel da Paz) – o último e brutal na Síria.

 

snapshot3.jpg

Finoshina has been covering the Syrian conflict visiting the war zone with the Syrian military.

 She has even interviewed militants from Islamic State.

(rt.com)

 

Ficando-se agora à espera da cerimónia de tomada de posse do novo Presidente dos USA (enquanto Obama se vai entretendo a expulsar russos enviando-os para junto de Putin) para confirmarmos se ao contrário do pretendido pelos Democratas e conforme afirmado por aquele que será Presidente a 20 de Janeiro – mas dito antes de ser eleito – a atitude perante a Rússia mudará, aceitando-os para o diálogo, para novas conversações e talvez para outro e renovado equilíbrio mundial. Mesmo com os Estados Unidos por cima mas reconhecendo outros eixos e o seu real poder (como a Rússia e a China). Até lá com águas revoltas de base aleatória (democrata) que tanto poderão dar em nada (umas expulsões de agentes) ou então em algo de mau (na morte do boneco).

 

E nunca se esqueçam que os Sírios são Gente como Nós.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:05