ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Alerta – Vulcão
SUPERVULCÃO de CAMPI FLEGREI
(Nápoles – Itália)
Quando já nos tínhamos de preocupar por estarmos nas proximidades de uma das mais importantes falhas tectónicas terrestres (passando a sul de Portugal e separando a placa Euroasiática da placa Africana) responsável entre outros acontecimentos pelo terramoto de 1755 que atingiu particularmente Lisboa e o sul do nosso país (acompanhado por um tsunami), eis que nas proximidades da nossa região do Algarve, implantado em terra e no mar Mediterrâneo e apenas a 2000Km de distância, um SUPERVULCÃO localizado no sul de Itália e há muito adormecido (mas com antecedentes preocupantes) parece querer acordar e entrar de novo em atividade (ou talvez não limitando-se a uns roncos de alguém ainda a dormir).
Um SUPER-VULCÃO localizado a apenas 2.000Km da cidade de ALBUFEIRA e adormecido há cerca de 478 anos (a última erupção de que há registo data de 1538, tendo durado oito dias e dado origem ao aparecimento do monte NUOVO), começa a mostrar sintomas algo preocupantes de poder quere entrar em atividade.
Sabendo-se que o mesmo se integra numa região do sul de Itália onde residem meio milhão de pessoas – NÁPOLES – e conhecendo-se desde há muito tempo os antecedentes históricos e cronológicos deste SUPERVULCÃO Europeu: formado há várias centenas de milhares de anos, com uma violentíssima erupção há cerca de 200.000 anos e com outras há 40.000, 35.000 e 12.000 anos.
Particularmente relevantes pelas consequências negativas para o ecossistema terrestre (e para a sobrevivência do Homem e de muitas outras espécies) nos Eventos registados há 200.000 e 40.000 anos:
No 1ºcaso com uma erupção vulcânica maciça a escurecer os céus de todo o planeta originando um Inverno Vulcânico (especialmente na Europa), tendo este Evento sido considerado o maior de sempre (em termos vulcanológicos) na História do Continente;
No 2ºcaso já mais recente (ocorrido há 40.000 anos) com muitos historiadores a acreditarem que essa grande erupção poderá ter contribuído para a extinção definitiva do Homem de NEANDERTAL.
Agora começando a emitir os seus primeiros sons ao fim de quase meio século de inatividade e com o seu ribombar começando a confirmar alguns dos dados já recolhidos previamente pelos cientistas (por prevenção e segurança de uma das áreas mais densamente povoadas da Terra), alertando-os face aos sinais e preocupando-os e a nós todos.
Com a deformação e o aquecimento detetada no terreno a poderem quere indicar que o SUPERVULCÃO se aproxima de um dos seus estados mais críticos (pelo aumento da pressão interna), podendo a qualquer altura começar a ejetar nuvens (de gases vulcânicos) e até dar origem a uma erupção (que num caso extremo poderá ter efeitos catastróficas dada a grande densidade populacional).
Um SUPERVULCÃO que nos faz logo lembrar o seu colega situado do outro lado do oceano Atlântico em pleno interior do território dos Estados Unidos da América e integrado num dos seus maiores e mais famosos Parques Nacionais – o SUPERVULCÃO de YELLOWSTONE – também ele (neste caso italiano e denominado CAMPI FLEGREI) não sendo constituído por um único vulcão (um só cone) mas integrando no seu caso um complexo sistema vulcânico estendendo-se subterraneamente até ao mar Mediterrânico e integrando 24 crateras (além de outros tipos de manifestações vulcânicas).
No caso da principal cidade integrada na região incluindo o complexo do SUPERVULCÃO de CAMPI FLEGREI – a cidade de NÁPOLES – com os cientistas a acrescentarem a informação da existência de uma grande caldeira subterrânea localizada mesmo debaixo da cidade italiana apresentando uma extensão de quase 12Km. Garantindo no entanto que apesar dos sinais observados em torno do SUPERVULCÃO o mais natural é que nada aconteça pelo menos durante as nossas vidas – o que não significa que não seja, possível acontecer já amanhã. Por isso continuarão a vigiar.
Observando o mapa dos vulcões atualmente ativos em todo o Mundo (de momento em erupção ou não, mas no mínimo enviando sinais), estando aí assinalados e referidos ao continente Europeu e à zona do oceano Atlântico quatro pontos de relevo: um a Vermelho/STROMBOLI (atualmente em erupção), dois a Laranja/ETNA e SETE CIDADES (atividade baixa mas com alguns sinais de aviso) e um a Amarelo/CAMPI FLEGREI (com sinais de alguma agitação mas sem previsão em dias/semanas de próxima erupção).
Vulcão | Sete Cidades |
Localização | Açores – Portugal |
Coordenadas | +37.86/-25.79 |
Caracterização | Estratovulcão Caldeira Cones piroclásticos (856m) |
Estado atual de atividade | Baixa atividade Sinais reduzidos de possível erupção (3 em 5) |
Tipo de erupção típica | Explosiva |
Última erupção | 1500 AD |
Sismos recentes nas proximidades | Não registados |
Como se pode constatar analisando os dados fornecidos pela “volcanodiscovery.com” com a maior atividade vulcanológica a nível da Europa e neste início de 2017 a centrar-se num único país a ITÁLIA (tês casos assinalados em quatro), mas com o arquipélago dos Açores através do vulcão das Sete Cidades a poder ser também uma preocupação no futuro (ver dados da tabela anterior).
(dados: Brian Howard/nationalgeographic.com – imagens: UPStrat-MAFA/youtube.com)