ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Avalanche
Depois da avalanche em Itália uma outra em Caxemira
(nestas zonas certamente o normal no Inverno, mas por má prevenção com vítimas)
Num território desde logo associado ao terrorismo global
(e a muitos dos mais violentos atentados praticados)
Ocorrida na parte indiana do território de Caxemira (com outra parte incluída no Paquistão e uma terceira anexada pela China) localizada em torno da região onde se situa o vale de Caxemira: entalado entre o conjunto montanhoso de Pir Panjal (a sul) e os Himalaias (a norte) e atravessado (nos seus mais de 130Km de extensão e 30Km de largura) pelo rio Jhelum.
Região de Caxemira
Numa região encravada entre a Índia e o Paquistão e localizada no extremo ocidental da cadeia dos HIMALAIAS (a maior do mundo estendendo-se do Butão ao Paquistão e incluindo a maior montanha da Terra – o EVEREST com 8848 metros de altitude) encontramos o vale de CAXEMIRA.
Mundialmente conhecido pela qualidade dos seus têxteis (as lãs de caxemira) como pelo interminável conflito existente entre indianos e paquistaneses (nos últimos 70 anos com três guerras declaradas e milhares de vítimas mortais – 1947, 1965 e 1999).
Sendo um dos motivos para esse conflito e dada a importância extrema como recurso natural e vital o controlo da água, nascida nas montanhas rochosas da cordilheira dos Himalaias (ocidental) e descendo pelas suas encostas até atingir as terras secas do território de Caxemira: recolhendo nos seus vales este precioso conteúdo líquido (significado de vida) e tornando-os apetitosos, férteis e produtivos (e alimentando muita gente com frutas e com legumes).
Inverno em Caxemira
Além da questão mais falada pretensamente de origem étnico-religiosa e estando na base do estalar do conflito, agravada aquando das suas Independências (da índia e do Paquistão) na partilha de Caxemira: com a Índia de maioria Hindu a ficar com uma parte desse território de maioria Muçulmana.
Num território que segundo censos de 2001 (wikipedia.org) 67% da sua população era muçulmana, 30% era hindu e os restantes 3% siques e budistas.
Um território sendo agora notícia não por qualquer tipo de ação violenta (terrorismo) levada a cabo pelo Homem e provocando vítimas inocentes (por não terem nada a ver com conflitos entre outros), mas pela ocorrência de mais um fenómeno da Natureza afetando a vida das populações locais.
Mesquita de Srinagar
Tal como o ocorrido há mais de uma semana numa estância de esqui italiana (dia 18 de Janeiro em Farindola, junto à cadeia dos Apeninos, registando mais de uma dezena de mortes), agora com uma série de avalanches a afetar a região de Caxemira no território administrado pela Índia (e a provocar mais de duas dezenas de mortes).
Provocando já este ano entre civis e militares várias vítimas mortais em várias localidades (como por exemplo uma família em Badugam e um grupo de militares de Kupwara ambos soterrados no interior das suas casas/postos) como resultado de um dos piores Invernos registado em várias décadas com forte queda de neve e com a temperatura a baixar até aos 7⁰C negativos.
Levando a que as autoridades locais lançassem um alerta para possíveis avalanches (um processo preventivo que dentro de outros parâmetros e considerações parece ter sido descurado no caso italiano), aconselhando as populações a limparem os telhados, as estradas e naturalmente a estarem atentos atentos aos sinais (de perigo).
Jardins de Nishat Bagh
Com uma das últimas grandes avalanches a registar-se em 2012 no lado controlado pelo Paquistão e causando 140 mortos (como habitualmente com os militares a serem as principais vítimas – mais de 90% – até pelo seu trabalho de constante vigilância em locais extremamente perigosos de fronteira (até pelas condições extremas de tempo).
Tanto no caso da avalanche em Itália como nas agora ocorridas no território indiano de Caxemira, com estas manifestações naturais a ocorrerem no Hemisfério Norte terrestre durante a estação de Inverno, com ambas a terrem um denominador comum provavelmente justificativo deste tipo de incidentes (provocando vítimas mortais): a sua proximidade a duas importantes falhas tectónicas, numa zona constantemente assolada por sismos e podendo também originar avalanches (ou até desabamentos e deslizamento de terras).
Num Mundo hoje pretendendo-se cada vez mais uniforme por descaracterizado (quando tudo é igual, nada se distingue), atualmente com a nossa sociedade ocidental dividida (num trilho cada vez mais estreito) entre o Azul e o Vermelho (as cores dos dois partidos norte-americanos com acesso ao poder), com uma delas acreditando no Aquecimento Global e com a outra considerando-o uma fraude (mas com as duas contando explorar ao máximo e se necessário para além do permitido todos os recursos terrestres existentes) e ao mesmo tempo como se nada de particularmente grave se estivesse a passar nada fazendo (de prático, de ativo e de eficaz) mantendo o para ambos precioso (para a prossecução dos seus negócios) Status quo Ambiental.
Com Hillary ou com Trump (já para não falarmos da Rússia e sobretudo da China) e tal como o Mundo tem existido (e cada vez mais reconhecido), com a corda bem à volta do nosso querido pescoço (umas vezes mais, outras vezes menos apertada, pelo menos até se morrer de vez e asfixiado).
(imagens: wikipedia.org)