Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



O Glaciar de Pine Island

Quinta-feira, 16.02.17

As imagens documentam a perda de mais uns blocos de gelo pertencentes ao glaciar de Pine Island, num fenómeno ocorrido sobre as águas do oceano Atlântico há cerca de três semanas.

 

pineisland_oli_2017024.jpg

Glaciar de Pine Island

24 Janeiro 2017

(antes)

 

Para muitos de nós mais uma das muitas evidências sobre os efeitos provocados pelo Aquecimento Global e que tem levado ao progressivo e significativo degelo das calotes polares. Mostrando-nos a fragilidade desta afinal tão fina camada de gelo.

 

Neste caso com a placa de gelo constituindo a frente do glaciar localizado na Antártida e considerado na região como aquele que mais rapidamente se derrete, a fraturar-se em várias partes acabando por cair no mar – e com o seu grande volume de água (derretida e entrando no mar) tornando-se responsável por 1/4 das perdas totais do gelo deste continente do Pólo Sul.

 

Um grande glaciar perto do qual (e debaixo de várias camadas de gelo) se encontra um antigo vulcão (hoje aparentemente inativo e com a sua última erupção a ser reportada a mais de 2000 anos no passado), mas que no futuro poderá ter um papel importante (se não mesmo fulcral) a desempenhar no aceleramento do processo da perda de gelo no continente da Antártida.

 

No caso aqui retratado do glaciar de Pine Island – e por ser um dos maiores e um dos mais rápidos a derreter sendo não só responsável pelo progressivo desaparecimento do gelo no continente da Antártida como pelo aumento generalizado do nível da água do mar – e face às cada vez mais comuns fissuras, fraturas e colapsos ocorridos nas várias camadas de gelo (desde há milhares e milhares de anos sendo sobrepostas) que cobrem e escondem o seu continente rochoso, com estas imagens a mostrarem-nos a frente do glaciar a quebrar (parcialmente), as placas a entrarem em colapso caindo na água, formando pequenos icebergues flutuando suavemente e posteriormente, no prosseguimento do seu inevitável processo de transformação físico-química (passando do estado sólido para o estado líquido) desaparecendo progressivamente no oceano e finalmente no horizonte.

 

pineisland_oli_2017026.jpg

Glaciar de Pine Island

26 Janeiro 2017

(depois)

 

Segundo os especialistas apenas mais uma réplica de outros acontecimentos semelhantes – mas mais intensos – ocorridos anteriormente naquela zona mas que infelizmente se repetem cada vez mais nas regiões em torno das duas calotes polares: e para o comprovar utilizando mais imagens fornecidas pelo instrumento OLI (registo de imagem) instalado no satélite Landsat 8 (um satélite norte-americano de observação terrestre) – mostrando-nos mais fraturas aparecendo na superfície da camada de gelo (mesmo a vários Km da frente do glaciar) e sugerindo por alguns sinais já visíveis (à superfície) que outras poderão estar prestes a surgir mas vindas de níveis mais baixos.

 

Toda esta tragédia causada pela erosão provocada nas zonas mais baixas da camada de gelo cobrindo o continente submerso da Antártida, ao serem invadidas na sua própria base pelas águas mais quentes provenientes do oceano – destruindo a camada de gelo e logo pelo seu interior.

 

(imagens: earthobservatory.nasa.gov)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:54

Moçambique – E o ciclone Dineo já passou

Quinta-feira, 16.02.17

Tendo atingido a costa sul com rajadas de vento chegando aos 130Km/h

 

nw08o44cudqutixuqkj1.jpg

 

Confirmando as previsões meteorológicas de que o ciclone tropical DINEO se dirigia para a costa sul de Moçambique atingindo-a a partir da meia-noite UTC (na passagem de quarta para quinta-feira e especialmente na província de Inhambane),

 

Após a sua passagem e posterior desaparecimento os residentes nas áreas mais afetadas vêm-se agora perante um cenário de fragmentos de telhados e outros detritos espalhados por todo o lado, árvores partidas ou arrancadas pela sua base,

 

mtak1qhpeolpji9b22pr.jpg

 

E até (como informa o Times Live/ timeslive.co.za) um grupo de golfinhos presos contra a sua vontade numa das suas praias – para aí atirados e procurando refúgio durante o período de passagem do ciclone e acabando por encalhar).

 

Infelizmente de um grupo de 16 apenas se salvando metade.

 

ln8xnvgnkdsxkhscfmzl.jpg

 

E para além disso afetando algumas infraestruturas básicas (para a população e para o turismo) como estradas e depósitos de água.

 

No caso de Moçambique e ao afetar a costa sul do país prejudicando certamente a Indústria Turística local:

 

bmkil99i8xnkjwq3mdho.jpg

 

Depois de um dia de chuvas intensas, levando ainda-por-cima com um ciclone com ventos a mais de 120Km/h, danificando praias e estruturas, inundando alguns hotéis e restaurantes e deixando a região isolada por falta de comunicações (e já com estradas cortadas).

 

Felizmente e após a passagem do ciclone tropical Dineo (diminuindo de intensidade e transformando-se agora numa depressão tropical) e para além de alguns estragos materiais verificados (provocados pela chuva intensa e pelo vento forte), não se tendo para já notícias de vítimas para além dos desafortunados golfinhos.

 

(dados/imagens: timeslive.co.za/ewn.co.za)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:05