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Uma Aventura na ONU

Quarta-feira, 22.03.17

Nem três meses passados sobre a sua eleição, o novo Secretário-Geral da ONU começa a mostrar o seu poder (por opção igual a zero): ou seja, tal como os outros a dar o dito por não dito e logicamente (como todos os outros que por lá passaram) apoiando os que na realidade possuem (e o possuem) e mandam (até nele). Dando razão a Donald Trump (ainda-por-cima um dos que possuem e mandam) sobre a inutilidade da ONU (e das palavras se ocas do seu Secretário-Geral).

 

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António Guterres

Ex-Alto-Comissário da ONU para os Refugiados (onde brilhou)

Atual Secretário-Geral da ONU (onde parece começar a perder o brilho)

 

Tendo tomado posse a 1 de Janeiro de 2017 como Secretário-Geral da ONU com o apoio entre outros estados dos representantes da Rússia (embaixador Vitaly Churkin) e dos EUA (embaixatriz Samantha Powell),

 

Com um dos mais entusiastas na nomeação de António Guterres tendo sido o embaixador russo na ONU, entretanto falecido em condições um pouco estranhas (ataque cardíaco para quem antes nunca demonstrara tal problemas de saúde),

 

E por sinal na sequência da morte de outros diplomatas russos em circunstâncias muito idênticas,

 

Vitaly Churkin tal como os outros diplomatas estariam envolvidos na resolução de conflitos como o da Guerra Civil na Síria (luta contra o terrorismo global), envolvendo interesses também norte-americanos, turcos e de muitos outros participantes e intervenientes (já agora para esclarecimento não sendo obra ou ajuste de contas da parte de Vladimir Putin dado Vitaly Churkin ser um dos seus representantes preferido e pelo Presidente russo mais elogiado),

 

O português António Guterres eleito pela maioria da Assembleia para o exercício de tal cargo (até pela sua passagem pela mesma ONU como Alto-Comissário para os Refugiados e pelo seu trabalho desenvolvido na defesa dos mais desprotegidos e desfavorecidos deste Mundo)

 

Vem pela primeira vez demonstrar (pelo menos para quem ainda não compreende os mecanismos do poder e os seus exercícios eleitorais) que para lá do que o Secretário-Geral pensa e diz, existe muita mais vida e pessoas para além dele, que falam, manipulam e jogam muito mais alto: batendo-o na parada, invertendo-lhe as ideias e isolando-o logo no início,

 

E naturalmente iniciando a destruição da sua equipa (com o seu consentimento).

 

Num trajeto eleitoral iniciado no final de 2015 quando António Guterres deixou o seu cargo de Alto-Comissário para os Refugiados na ONU, perfilhando-se de imediato como um dos potenciais candidatos à sucessão do sul-coreano Ban Ki-Moon como Secretário-Geral da ONU;

 

Apesar da oposição de alguns países integrando a ONU (grandes potências ou países satélites) como o terá sido a Alemanha (com Ângela Merkel à cabeça apoiando uma candidata búlgara), acabando por atingir o seu objetivo não propriamente pelo seu currículo conhecido, mas certamente pela situação de indefinição que então se vivia no Mundo (e que ainda hoje se vive desde a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA);

 

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O israelita Benjamin Netanyahu e a jordana Rima Khalaf

1ºMinistro de Israel (origem da pressão)

ex-Subsecretária-Geral da ONU (a vítima da contradição)

 

Ainda antes da sua tomada de posse e pelo seu posto ocupado nestes últimos 10 anos ao serviço dos mais desprotegidos (na ONU desde 2005 e ao serviço dos refugiados), deixando muitos dos povos dos mais martirizados do mundo como o da Palestina (sem terra, sem soberania, sem liberdade, sem existência reconhecida, sem os mínimos direitos e sempre acusado e assassinado em nome dos seus/e dos outros políticos) esperançados e ansiosos pela chegada (finalmente) do há tanto sonhado momento de mudança;

 

E no entanto na sua primeira e mais notória intervenção como Secretário-geral desde que tomou posse (menos de 3 meses) num conflito envolvendo atualmente mais de 11 milhões de pessoas e que já se arrasta há mais de 100 anos (e pelos vistos continuando sem fim à vista)

 

Numa primeira indicação negativa (por situacionista) do que poderá suceder com outros dos vários conflitos (violentos) também a decorrerem

 

Deixando-se levar (por uma das suas secretárias), sendo chamado à atenção (pelos EUA e Israel), tentando inverter a opção (mandando sentar a secretária) e sendo necessário (para salvar a sua face) aceitando a demissão (da tal secretária) e justificando esta atitude por falha de comunicação (não é que não tivesse razão mas não tendo autorização).

 

E assim, depois de Israel exigir a retirada de um relatório para si aparentemente comprometedor, o secretário (o Geral) assim fez, pondo logo em polvorosa o outro lado do conflito, sentindo-se enganado por um seu antigo amigo, visitante assíduo e defensor:

 

Criticando a retirada do relatório (como se tal não fosse o mais natural desde as declarações deste sobre Jerusalém atribuindo aos judeus a origem do Monte do Templo – uma das mais duras provocações a ser feita a um palestiniano)

 

E provocando nos seus antigos amigos palestinianos uma demonstração de grande repulsa pela sua atitude de deixar cair a sua colega e eliminar o relatório.

 

Mal começando Guterres ao virar as costas logo à primeira, àqueles que disse representar e defender durante esta última década – razão que o levou ao lugar que hoje ocupa.

 

Será que chegamos ao momento da reedição (agora a nível internacional) do tempo em que António Guterres era 1ºMinistro de Portugal – celebrizado pela sua afirmação inicialmente reflexiva, logo tornada definitiva “é só fazer a conta”?

 

(imagens: uol.com.br/globo.com/Yahoo.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:07

Litosfera e Magnetismo

Quarta-feira, 22.03.17

Com uma anomalia magnética a ser detetada na República Centro Africana (campo magnético mais forte), podendo ser atribuída a um impacto de um meteorito há mais de 540 milhões de anos atrás.

 

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Campo magnético litosférico terrestre

 

Observando o planeta Terra na tentativa de compreender melhor a atuação do seu campo magnético sobre o ecossistema em que nós e todas as outras espécies vivemos – não só exercidos pela deslocação de material rico em ferro no interior do seu núcleo interno, como também pelas rochas existentes à superfície e sofrendo também a ação de intensas correntes eletromagnéticas rodeando o nosso planeta – um grupo de cientistas ligados à Agência Espacial Europeia (ESA) e trabalhando na missão SWARM (estudo do campo magnético terrestre através de dados recolhidos a partir do Espaço), acaba de divulgar ao fim de 3 anos de trabalho um estudo interessante sobre a intensidade desse campo magnético mas registado à superfície da Terra – ou seja ao nível do manto superior e da crosta terrestre.

 

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Litosfera terrestre

 

Isto apesar de 94% das forças produzidas e formando o campo magnético terrestre serem criadas bem no interior do núcleo da Terra pelo movimento no seu interior de materiais ricos em ferro (a profundidades superiores a 3000Km), restando apenas 6% originadas no exterior (fortes correntes eletromagnéticas originadas no Espaço) ou de pedras magnetizadas existentes à sua superfície (em dada altura expelidas do interior). Segundo esses mesmos cientistas integrados na missão Swarm (apoiando-se também noutros dados complementares recolhidos por satélites alemães) e apesar deste campo magnético litosférico ser de muito baixa intensidade, fornecendo-nos dados preciosos sobre esta camada mais rígida (casca) cobrindo toda a Terra (mesmo os 70% debaixo de água) e onde todos nós colocamos os pés.

 

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Campo magnético litosférico

(República Centro Africana)

 

Proporcionando-nos através de diferentes listras (coloridas) cobrindo maioritariamente o leito dos oceanos, uma história possível do magnetismo terrestres, das suas variações de polaridade (conforme as diferentes cores o dizem) e até da movimentação das placas tectónicas.

 

“These magnetic stripes are evidence of pole reversals and analysing the magnetic imprints of the ocean floor allows the reconstruction of past core field changes. They also help to investigate tectonic plate motions,” said Dhananjay Ravat from the University of Kentucky in the USA. “The new map defines magnetic field features down to about 250 km (155 miles) and will help investigate geology and temperatures in Earth’s lithosphere.” (watchers.news)

 

Já no decurso do século XXI com o campo magnético terrestre (originado no seu núcleo interno pela movimentação de materiais ferrosos) a apresentar algumas anomalias em certas regiões do planeta (no seu núcleo e no manto interior) – como se pode já constatar no centro/sul do continente Africano em que a polaridade poderá apontar o N estando nós no entanto virados para sul – sugerindo senão mesmo confirmando estar a decorrer de momento uma possível mudança da polaridade terrestre (ou então mais um reajustamento voltando tudo ao estado e polaridade inicial), tendo como consequência (seja qual for o caso em presença) o enfraquecimento mesmo que temporário do campo magnético (envolvendo e protegendo a Terra) e logicamente aumentando os perigos não só para o Homem e para todas as outras espécies, como para a manutenção de todo este ecossistema apenas existindo e prevalecendo graças à presença do mesmo (campo magnético): bastando olhar para Marte para se poder verificar o que acontecerá à Terra quando todos os movimentos no seu interior cessarem – face ao desaparecimento do campo magnético marciano, indo-se a água, perdendo-se a atmosfera e desaparecendo a Vida. Num fenómeno (mudança de polaridade) segundo os cientistas já ocorrido por diversas vezes no nosso planeta, no entanto ainda mal compreendido e com o último a ter ocorrido (provavelmente) há quase 800 milhões de anos. No entanto alarmados por uma evolução de parâmetros sempre no mesmo sentido e contínua: nos últimos anos registando-se um enfraquecimento progressivo da intensidade (e proteção) do Campo Magnético Terrestre.

 

(imagens: watchers.news/esa.int)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:17