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2017 GM – Outro Calhau que passou perto de Nós

Quarta-feira, 05.04.17

Mas este vindo do Espaço Exterior

 

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2017 GM (ao centro)

A caminho do seu ponto de maior aproximação à Terra

(ocorrido cerca de três horas depois)

 

Cometas: “bola de neve suja” que orbita o Sol; detrito maioritariamente composto por gelo e poeira, que se encontra mais longe do Sol que o planeta Plutão, e que ao passar perto do Sol (e vê-se nos céus a partir da Terra) ganha uma cauda brilhante devido à sublimação do gelo do cometa.

Asteroides: rocha que orbita o Sol, que (já) não tem gelo, e que se costuma encontrar numa órbita entre Marte e Júpiter, apesar de existirem por todo o Sistema Solar.

Meteoroides: pequena rocha, mais pequena que o asteroide.

Meteoros: quando o meteoroide entra na atmosfera de um planeta, e podemos ver a bola de fogo a rasgar os céus. O fenómeno luminoso que popularmente chamamos de estrela cadente.

Meteoritos: quando fragmentos dos meteoros atingem a superfície do planeta.

(astropt.org)

 

ImpishOldAnophelesmosquito.jpg

2017 GM (órbita)

No início de Agosto já a mais de 155.000.000Km da Terra

(hoje a cerca de 11.500Km)

 

Preocupados com o aumento eventual de registos de passagem de pequenos objetos na proximidade do nosso planeta, este ano os interessados neste tipo de objetos e segundo a sua contabilidade iniciada a 1 de Janeiro (contabilizada até ao dia de hoje 4 de Abril) detetaram até ao momento 15 asteroides passando a menos do que 1LD da Terra – ou seja passando a uma distância menor que 384.400Km (= 1LD). Com o 15º objeto a passar hoje por volta das 10:30 UTC a pouco mais de 11.500Km da Terra a uma v = 18.5Km/s e tendo uma dimensão entre 3/6 metros – o asteroide 2017 GM. Como a grande maioria destes 15 objetos (senão mesmo todos) a serem detetados no melhor dos casos no dia anterior, outros no próprio dia e ainda outros já depois de terem passado: só para se ficar a saber como estamos preparados para os receber. E alertando qualquer um de nós face a tal procedimento (já que poderemos ser nós já no solo a detetar a sua chegada) bastando-nos para tal lembrar do meteoro de Cheliabinsk: um objeto com menos de 20 metros de comprimento que ao entrar na atmosfera terrestre a uma velocidade de 30Km/s a cerca de 00Km de altitude explodiu e desintegrou-se, provocando mais de 1.200 feridos e danos materiais – tudo devido à onda de choque provocada pela explosão do objeto num evento que terá durado pouco mais de 30 segundos.

 

nea_vs_time_chart.jpeg

Número de asteroides descobertos (1980/2017)

Num crescimento nos últimos 10 anos de mais de 250%

(c/ a melhoria dos instrumentos de observação aumentando os registos de menor dimensão)

 

No caso do objeto 2017 GM com o mesmo a ser observado pela 1ªvez ontem (dia 3), a ser observado novamente hoje (dia 4) e hoje mesmo tendo a sua trajetória definida – horas antes da sua passagem numa tangente ao planeta. Mas com a questão a residir no problema de para objetos circulando nas nossas proximidades e de pouca dimensão, muitos deles só acabarem por ser descobertos no momento ou mesmo depois da passagem (deixando-nos sem hipóteses de reação); e se para estes já é assim, não sendo grande o conforto face à possibilidade de por qualquer motivo não detetarmos um outro objeto um pouco maior dirigindo-se para a Terra ou mesmo que detetando-o e face à sua dimensão, não podermos fazer nada senão ver e esperar. É que se de tangente passarmos a secante então a geologia da Terra responderá imediatamente, podendo alterar o ecossistema terrestre e as condições necessárias para a nossa existência (e sobrevivência de todas as espécies). Como sempre nestes casos e devido ainda a uma certa incerteza na sua trajetória orbital, sendo-lhe atribuído o código 7 numa escala de 0-9. Desde o início do ano com 15 pequenos objetos de pequenas dimensões passando perto da Terra (a menos de 1LD = 384.000Km), os mais afastados entre 300.000/350.000Km de distância e os mais próximos entre 11.000/19.000Km de distância (90% a 150% do diâmetro da Terra). E com 60% deles (9) a menos de metade da distância Terra/Lua – sendo o mês de Março o que teve mais registos com 7 de um total de 15 (em Abril já com dois sendo um deles o mais próximo).

 

(texto/itálico: astropt.org – imagens: virtualtelescope.eu/gfycat.com/cneos.jpl.nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:20