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O Sol está mais Tranquilo

Quinta-feira, 06.04.17

Com a Primavera ainda no seu início, os dias de praia e de mar já chegaram a Albufeira.

 

Com o vento solar a atingir agora velocidades mais baixas (andando hoje pelos 480Km/s) e com as explosões na coroa solar a emitirem chamas de classe C (poucas consequências para a Terra) – a mancha mais ativa será a AR 2645 brevemente e tal como a AR 2644 passando para o outro lado d Sol – parece que finalmente todos os amantes do Sol poderão usufruir de alguns dias tranquilos de praia, sem se preocuparem tanto com o efeito extremamente nocivo dos raios ultravioleta (na pele).

 

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O Sol a 6 de Abril de 2017

(00:56:34 UT)

 

Com a mancha solar AR 2644 a deixar de estar virada na direção da Terra devido ao movimento de rotação do Sol (uma mancha solar conforme se encontra mais próxima do equador ou dos polos poderá reaparecer entre 24,5 dias e 38 dias depois) – adaptando-se arbitrariamente pela comunidade científica os 26⁰ a partir do equador (região onde se encontram a maioria das manchas solares) para definir o período de rotação em 25,4 diasa nossa estrela voltou de novo a um período de maior acalmia, agora que a mesma mancha deixou de enviar na nossa direção mais uma série de chamas solares de classe M. E para já mesmo que a mancha AR 2644 subsista durante o período de rotação da superfície solar (diferente do seu interior e núcleo central) com a mesma a regressar apenas daqui a mais de 3 semanas; e de momento confrontando-nos apenas com outras duas manchas mas para já pouco ativas AR 2645 (à direita) e AR 2648 (à esquerda).

 

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Red Stripes e Elves a 2 de Abril de 2017

(19:26:37 e 19:53:14)

 

Ainda no início deste mês com o nosso planeta a ser sobrecarregado com várias emissões de CME atingindo a nossa atmosfera com chamas solares da classe M (e até classe M), segundo notícias vindas do oriente afetando certas transmissões de rádio na região do Índico/Pacífico (com grandes interferências e interrupções) e noutras zonas do globo terrestre provocando o aparecimento de auroras e outros fenómenos atmosféricos como Red Stripes e Elves (comuns a latitudes elevadas mas agora aparecendo um pouco por toda a Europa) – como o caso registado por Martin Popek na Republica Checa (latitude 49⁰45´N). Neste caso com estes dois tipos de fenómenos luminosos logicamente associados a grandes perturbações eletromagnéticas ativas em camadas mais altas da nossa atmosfera (como a ionosfera), a estarem relacionadas com intensas descargas elétricas entre diferentes camadas da atmosfera, tendo como extremos a ionosfera e a própria crosta terrestre. E no caso das Red Stripes (podendo até ser observada por 1 segundo ou mais) a serem um fenómeno mais conhecido devido à sua duração comparativamente com os Elves (mais rápidos, com a duração de 1/1000 de segundo e difíceis de observar – sendo emissões de Luz a baixa frequência provocadas por impulsos eletromagnéticos).

 

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Raios Ultravioleta

(previsão para sábado, dia 8 – escala de 1 a 11)

 

No caso de Portugal com o índice de raios ultravioletas ainda num nível elevado até ao próximo fim-de-semana, após o qual e caso as condições se mantenham (de atividade solar e “limpeza atmosférica” – céus claros e limpos) se verificará um decrescimento progressivo dos índices UV até níveis considerados normais. E com estes índices de raios ultravioletas a significarem para todos os terrestres circulando na superfície de Portugal, um risco considerado elevado e aconselhando a utilização de tudo o que esteja à mão para nos proteger dos seus efeitos nocivos (e não só para a pele): entre os vários instrumentos mencionados pelo IPMA (e aconselhados a serem utilizados) tendo óculos-de-sol (UV), chapéus, t-shirts, guarda-sóis e protetor solar – e claro está não abusar no tempo de exposição nem escolher o período em que as mesmas são mais intensas e perigosas.

 

(imagens: Martin Popek/astrónomo amador/Republica Checa/spaceweather.com e meteovista.co.uk)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:09

Snooker – Intervalo no Feminino

Quinta-feira, 06.04.17

Qualificação para o Campeonato do Mundo

1ªRonda de Qualificação

Reaane Evans (ING) – 10 Robin Hull (FIN) – 8

 

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Reanne Evans (31 anos)

Líder do RM/Feminino e 11X Campeã do Mundo

(eliminada nas MF deste ano pela atual Campeã do Mundo)

 

Enquanto ainda decorre a 1ªronda de Qualificação para o Mundial de Snooker de 2017 (com 128 jogadores a lutarem por 16 lugares entre eles duas mulheres), a nota mais surpreendente e sem dúvida relevante (para originar esta notícia) destes 2 primeiros dias de competição (5 e 6 de Abril) é o apuramento da inglesa Reanne Evans sobre o finlandês Robin Hull – eliminando-o merecidamente por 10-8.

 

Depois da sua participação em 2009 no Six-red World Championship (com 4 vitórias e uma derrota, vencendo entre outros o escocês John Higgins – no ano em que foi pela 3ªvez Campeão do Mundo – e integrando os 32 melhores/de 118 jogadores antes de ser eliminada) – a 1ªvez que competiu com profissionais;

 

Depois de ganhar o direito à participação na sua 1ªprova contando para o Ranking Mundial – o Wuxi Classic 2013 – após passar a fase de Qualificação batendo o jogador tailandês Thepchaiya Un-Nooh por 5-4 (o que na realidade não aconteceu) – a 1ªvez que ganhava num torneio contando para o RM);

 

Eis que em 2017 logo na 1ªronda de qualificação e quando se esperavam mais dificuldades por parte da jogadora inglesa, a mesma elimina o 47ºRM conseguindo segundo esta a melhor vitória da sua carreira – e apurando-a para a 2ªronda.

 

No ano em que por coincidência perdeu o seu título de Campeã do Mundo de Snooker Feminino (onde é a líder incontestável do RM, um tipo de Mark Selby mas no Feminino), agora na posse da chinesa (de Hong Kong) Ng On Yee também presente neste Mundial (entretanto eliminada pelo inglês Nigel Bond/73ºRM por um resultado esclarecedor – 10-1). Adicionalmente sendo de acrescentar que Reanne Evans nos últimos 13 anos foi 11 vezes Campeã do Mundo.

 

Qualificação para o Campeonato do Mundo

2ªRonda de Qualificação

Reanne Evans (ING) – Lee Walker (GAL)

 

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Ng On Yee (26 anos)

Campeã do Mundo de Snooker 2017/Feminino

(e nesta prova eliminada logo na 1ªRQ)

 

Qualificação para o Campeonato do Mundo

1ªRonda de Qualificação

Ng On Yee (HK) – 1 Nigel Bond (ING) – 10

 

Com a sua colega e Campeã do Mundo de Snooker Feminino 2017 eliminada logo na 1ºronda (Ng On Yee), restando apenas a inglesa e mais 63 profissionais (mas do sexo masculino) para atingirem os 16 – e assim se juntarem na Fase Final aos outros 16 garantindo desde logo um prémio de 16.000£ só pela sua presença (na Crucible Theatre em Sheffield). Defrontando na 2ºronda o galês Lee Walker/93ºRM tendo eliminado na 1ªronda o seu compatriota Matthew Stevens/40ºRM por 10-8.

 

(imagens: WLBS)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:50

Os Gigantes – Tão Distantes, Mais Perto e de Novo Perdidos

Quinta-feira, 06.04.17

No dia 15 de Setembro de 2017 a presença Humana nas proximidades dos dois maiores planetas do Sistema Solar – Júpiter e Saturno – limitar-se-á à sonda Juno. E com esta a demonstrar já indícios de alguns problemas técnicos, devido à poderosa influência do campo magnético de Júpiter (a obrigar os responsáveis da missão nas órbitas de Juno em redor do planeta, a fazê-lo o mais seguro e distante possível).

 

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Cassini Over the Top

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Demonstrando para quem quiser ver como é tão fácil em poucos segundos dar cabo de um investimento de cerca de 3.3 biliões de dólares (sendo 20% desse investimento Europeu) – numa cronologia de quase 20 anos – a agência governamental norte-americana dedicada à Exploração Espacial e criada vai fazer 59 anos (em 29 de Julho), à falta de melhor e face à cada vez mais gritante escassez de recursos financeiros (com o Governo dos EUA a financiar a NASA e com esta a ver todo o seu dinheirinho a ir direitinho para os privados seus associados) – e hoje com os seus grandes projetos em prática a estarem limitados à ISS e às sondas automáticas – recorre cada vez mais ao seu Elogio Fúnebre e à prática agora tornada empolgante do suicídio (chegando mesmo a imaginá-lo e até a ilustrá-lo) numa última tentativa e já numa fase desesperada de puro autoconvencimento: ou uma morte gloriosa e depois de tantos sacrifícios (nas diversas missões morreram mais de 20 astronautas), não merecesse um grande funeral.

 

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Cassini Grand Finale Dive

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Abandonada a Conquista do Espaço e limitando-se agora e exclusivamente à Exploração (não presencial) do mesmo – mas preferencialmente em zonas mais próximas como Marte (com todo o restante trabalho a ser entregue a instrumentos de observação instalados na Terra ou em órbita da mesma – a NASA vendo os seus veículos espaciais a degradarem-se e a caminharem tal como acontece com tudo para o seu fim, além de se ir entretendo com temas que não interessam a ninguém (como imaginar o planeta Júpiter, tendo como função decorativa, o de fazer de papel de parede), vem agora e com quase 5 meses de antecedência imaginar e ilustrar o futuro suicídio da sonda Cassini, no seu mergulho final em direção ao outro Gigante Gasoso o planeta Saturno – numa morte anunciada para 15 de Setembro. Das grandes sondas do passado – entre outras as Pioneer, as Voyager, as Viking e até a Huygens (a companheira de Cassini terminando a sua missão ao aterrar na lua Titã no início de 2005) – nada mais ficando de verdadeiramente relevante para além da mais nova a sonda Juno (em torno de Júpiter), da sonda Dawn (em torno do planeta-anão Ceres) e da sonda New Horizons (depois de passar Plutão dirigindo-se agora para o interior do Cinturão de Kuiper).

 

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Cassini versus Saturn

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Com muitas das sondas hoje em dia enviadas para o Espaço evitando esmagadora e incompreensivelmente a Lua (com os chineses a serem a exceção com as suas sondas Chang’e) e dirigindo-se quase todas para Marte, um destes dias criando algum tipo de congestionamento nunca antes visto em torno do planeta (pelo menos nos últimos biliões de anos e intervindo alienígenas – o que serão os terrestres para os marcianos) e no entanto nunca descobrindo Vida ou algo de minimamente parecido (fossem vestígios ou indícios): com poucas das sondas a saírem da linha e dirigindo-se para outras fronteiras – como por exemplo a sonda Rosetta (orbitando o cometa 67P/C-G) ou as velhinhas Voyager 1 e 2 (com a 1ª tendo já saído do Sistema Solar e com a 2ª a caminho). E até no caso da ISS (Estação Espacial Internacional) – e demonstrando a encruzilhada em que está a NASA tendo que optar entre a Conquista (com a presença obrigatória de astronautas e a construção de naves adequadas) ou a simples Exploração do Espaço (utilizando sondas automáticas controladas à distância mas sem presença do Homem) – com a mesma missão a só poder prosseguir graças a foguetões russos (veja-se lá) e futuramente à iniciativa privada (se tudo correr bem norte-americana) e até com os chineses face ao seu poder económico e até financeiro 8cheios de dólares e de ouro) a prosseguirem sozinhos na construção da sua própria Estação Espacial (num processo já iniciado).

 

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Huygens Descent Sequence

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Num episódio a que a NASA já nos vai habituando (desiludindo e confirmando suspeitas), transformando o fim da missão num espetáculo deprimente e elevando a um Grande Final a destruição total da Cassini: quando já tínhamos assistido a algo de muito semelhante com o mergulho da Huygens em Titã (há uma dúzia de anos atrás e com o fim da transmissão pouco tempo depois da aterragem), colocando-se aí a questão de face à longevidade de Cassini, se o mesmo não poderia ter sido feito com a outra sonda Huygens. Face aos prós e aos contras ficando-se por saber qual o verdadeiro motivo para tão forte decisão, quando ela ainda nos serve e nem sequer disse que não. Numa conclusão teatral antecedida por 22 órbitas, rodeando o planeta e atravessando anéis, acabando com um tiro certeiro para o olho do planeta e nada mais transmitindo senão o silêncio do Espaço. E já com o cenário traçado: “Cassini will plunge into Saturn's atmosphere on Sept. 15, 2017. Using its attitude control thrusters, the spacecraft will work to keep its antenna pointed at Earth while it sends its final data, including the composition of Saturn's upper atmosphere. The atmospheric torque will quickly become stronger than what the thrusters can compensate for, and after that point, Cassini will begin to tumble. When this happens, its radio connection to Earth will be severed, ending the mission. Following loss of signal, the spacecraft will burn up like a meteor in Saturn's upper atmosphere.” (nasa.gov)

 

(imagens e legendas: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 11:47