ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Terra e Júpiter em Oposição
Para se dar um pulo até Júpiter, ontem terá sido o melhor dia!
(agora só daqui a 13 meses)
Entre os corpos celestes constituindo o nosso Sistema Solar e localizado a uma distância de cerca de 40’ do Sol (o tempo que a luz do Sol demora a lá chegar), encontra-se não só pela sua dimensão como pelo que esconde para lá da sua espessa e turbulenta camada de nuvens, o Gigante Gasoso Júpiter (mais de 11X o diâmetro da Terra, mais de 317X a massa da Terra e quase 2.5X a massa de todos os outros 7 planetas juntos e integrando o Sistema Solar) – um dos mais misteriosos pelo que poderá ter escondido, tanto no espaço (O que existirá para lá das nuvens?) como no tempo (com Júpiter a ser considerado uma estrela-falhada!).
A Terra e Júpiter em Oposição
No ponto de maior aproximação entre ambos
E com os dois planetas tendo já ultrapassado o seu respetivo periélio
(7 de Abril de 2017)
Para aqueles que ainda pensam que estar na oposição é uma coisa má (vejam a política), basta olhar para o Espaço (que nos rodeia) para compreendermos que até aí a realidade que prevalece, não depende de um único molde mas de vários sobrepostos: absorvendo tudo (matéria e energia,) num movimento perpétuo (aleatório) e num processo evolutivo (onde tudo se transforma) expondo as opções e deixando-as ao critério dos mecanismos – no caso do Sistema Solar com a Terra a encontrar-se em oposição relativamente a Júpiter e no entanto estando os dois ainda mais perto (um do outro) e como não mais estarão nos próximos 13 meses.
Com a Lua ao centro
Um pouco acima/à direita Júpiter (ponto brilhante)
E um pouco abaixo deste algo de artificial – Spica
Um telescópio espacial de infravermelhos (menos brilhante)
O que significa que ontem dia 7 de Abril de 2017 (no próximo ano será a 9 de Maio) a Terra se encontrava alinhada com Júpiter no seu ponto orbital de maior aproximação entre ambos: apenas 666 milhões de Km numa distância percorrida pela luz em cerca de 37 minutos. Com os dois planetas a terem já atingido o seu periélio (ponto da sua trajetória mais perto do Sol) primeiro a Terra em 4 de Janeiro, sendo seguida de Júpiter a 16 de Fevereiro. Pelo que para quem tiver um bom telescópio esta será uma boa altura para observar Júpiter, já que por aqueles lados a sonda Juno pouco nos tem enviado (de imagens).
(imagens: earthsky.org)